Na sexta-feira e sábado, dias 25 e 26 de março, que antecedem o 4º Domingo da Quaresma, acontecerá mais uma edição da jornada de oração “24 horas para o Senhor”, que neste ano tem como lema: “Nele temos o perdão” (cf. Cl 1,13-14).
A iniciativa, fruto da inspiração do Papa Francisco, vem sendo organizada desde 2014 pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, como uma ocasião especial durante a qual muitos fiéis experimentam a abundância da misericórdia de Deus (cf. Misericordiae Vultus, nº 17).
O coordenador arquidiocesano de Pastoral, cônego Cláudio dos Santos, lembrou que o Papa Francisco, na sua mensagem para a Quaresma deste ano de 2022, exortou para que os fiéis não se cansem de rezar.
“Jesus ensinou que é necessário ‘orar sempre, sem desfalecer’ (Lc 18, 1). Precisamos rezar, porque necessitamos de Deus. A ilusão de nos bastar a nós mesmos é perigosa. Se a pandemia nos fez sentir de perto a nossa fragilidade pessoal e social, permita-nos nesta Quaresma experimentar o conforto da fé em Deus, sem a qual não poderemos subsistir” (cf. Is 7, 9), diz o Santo Padre na mensagem.
As atividades propostas para a Arquidiocese do Rio de Janeiro, segundo informou cônego Cláudio, devem ser realizadas por todas as comunidades paroquiais:
Na sexta-feira, 25 de março, 18h: Oração do Ângelus e do Terço Mariano; 19h: Santa Missa da Solenidade da Anunciação do Senhor; 20h: Via-Sacra; e 21h: Momento de espiritualidade sobre o tema: “n’Ele temos o perdão” (cf. Cl 1, 13-14). No sábado, 26 de março, das 8h às 12h: atendimento de confissões individuais (neste horário ou em outro); 9h: Hora Santa (conforme o subsídio arquidiocesano); 12h: Oração do Ângelus e do Terço Mariano; 15h: Terço da Misericórdia; 18h: Oração do Ângelus, seguida da Santa Missa do 4º Domingo da Quaresma.
“Com a finalidade de favorecer a participação do povo de Deus, as atividades e os horários podem ser alterados segundo o costume vigente em cada comunidade. Recomenda-se que, tendo alteração na programação, mantenha-se a Hora Santa proposta e haja oportunidade para confissões”, disse cônego Cláudio.
O arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, reforçou que as paróquias devem organizar uma programação para facilitar a participação dos fiéis. “Todas as paróquias devem se envolver e de alguma forma promover a jornada de oração, e ser uma oportunidade para que os fiéis criem uma intimidade com o Senhor e participem do Sacramento da Reconciliação”.
Dom Orani observou sobre a necessidade de orientar os fiéis de como fazer uma boa confissão e a importância do sacramento. Por meio do sacerdote, os fiéis estão diante do próprio Cristo, que acolhe com Seu amor e perdoa os pecados.
“Participar do Sacramento da Confissão e da Reconciliação requer uma preparação prévia. Não é somente chegar na igreja e já confessar. Devemos fazer nosso exame de consciência, rever nossas atitudes e pecados e pedir a luz do Espírito Santo para realizar uma boa confissão. As ‘24 horas para o Senhor’ são um momento propício para fazer uma boa confissão e assim se preparar para a Páscoa do Senhor”, disse.
Os três pilares da Quaresma, segundo lembrou o arcebispo, “são o jejum, a oração e a caridade”, e as 24 horas para o Senhor é um momento propício para colocar em prática as três virtudes.
“Normalmente, as sextas-feiras da Quaresma são dias que devemos praticar o jejum e a abstinência de carne, como forma de participação nos sofrimentos de Cristo. Colocaremos em prática a oração, rezando diante de Jesus sacramentado e, por fim, podemos praticar a caridade, sobretudo, ouvindo o próximo e aproximando-o do Senhor”, disse.
Carlos Moioli
Foto: Vatican News