Investidos novos ministros extraordinários da Sagrada Comunhão de seis vicariatos da arquidiocese

O arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, investiu 716 novos ministros extraordinários da Sagrada Comunhão, durante missa na Catedral de São Sebastião, no Centro, no dia 14 de outubro.

Os novos ministros investidos, provenientes de sete dos 12 vicariatos da Arquidiocese do Rio de Janeiro (Norte, Oeste, Campo Grande, Santa Cruz, Cascadura, Anchieta e Madureira) foram apresentados pelo assistente eclesiástico do Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão (Mesc), padre Marcelo Batista de Araújo, com a presença do bispo referencial, Dom Célio da Silveira Calixto Filho.

“Acolhemos num grande abraço os 716 novos ministros em nossa Igreja Mãe da arquidiocese. Junto com os antigos, ultrapassamos 9,5 mil ministros. Estamos recuperando o número após as limitações da pandemia. É um exército de evangelizadores. Agradecemos vigários episcopais, párocos e sacerdotes que os escolheram, apresentaram e prepararam os candidatos para receber o ministério”, disse o arcebispo.

O Encontro dos Ministros com o Pastor foi um momento de comunhão e unidade. A Catedral de São Sebastião estava lotada de sacerdotes acompanhando seus ministros e os parentes que vieram para acolher e rezar juntos, num sinal de uma Igreja que caminha em sinodalidade.

“Agradecemos a Deus pelos nossos ministros, como também por todos os ministérios presentes em nossa arquidiocese. Neste Ano Vocacional, nosso desejo é que exerçam a missão com entusiasmo para atender a um número maior de pessoas nesta grande cidade, junto com os sacerdotes e diáconos. Que o Senhor confirme a missão de cada um com a sua graça, para que possam viver a comunhão e a unidade, já que a Eucaristia é comunhão e unidade”, acrescentou o arcebispo.

 

CNBB

Na ação de graças, Dom Orani lembrou os 71 anos de fundação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que estava sendo comemorada no mesmo dia. “Nossa Conferência Episcopal nasceu no Palácio São Joaquim, na Glória. Após 25 anos de presença no Rio de Janeiro foi transferida para Brasília. Agradecemos a Deus pela missão de unidade e comunhão que ela desenvolve juntamente com os bispos em nosso país”.

 

Rito

No rito da investidura, seis candidatos, um de cada vicariato, e em nome de todos os eleitos, dirigiram-se ao presbitério. Após exortação e a oração de investidura, Dom Orani entregou a cada um a teca, a carteira e o manual do ministro. Investidura vem do latim, a junção da preposição ‘in’ e do verbo ‘vestire’, de ‘vestis’, que significa manto. Teca é o pequeno estojo em que os ministros levam a Eucaristia para os doentes.

 

Testemunhas da paz e da misericórdia

No final da celebração, o bispo auxiliar e referencial dos Mescs, Dom Célio Calixto, lembrou que o ministério é “belo e importante”, e desejou que os novos ministros, a exemplo da Virgem Maria, “possam ouvir e colocar em prática a Palavra de Deus”.

Recordando a memória de São Calixto, Dom Célio Calixto destacou que ele viveu numa época de controvérsias teológicas, quando um “grupo radical defendia que alguns pecados graves não teriam perdão”. Porém, o Papa e os teólogos de então disseram que “a misericórdia de Deus é maior e, com a devida penitência, todo pecado pode ser perdoado”.

“Que o Senhor abençoe os ministros extraordinários da Sagrada Comunhão para que sejam testemunhas anunciadoras da paz e da infinita misericórdia de Deus”, desejou o bispo auxiliar, concluindo com as invocações: “Rainha da Paz, rogai nós. São Calixto, rogai por nós”.

 

Já o assistente eclesiástico dos Mescs, padre Marcelo Batista, agradeceu aos sacerdotes que escolhem e apresentaram os candidatos, acolheu os novos e antigos ministros, e destacou que o ministério é um belo trabalho.

 

Exemplos na vida da comunidade

“O ministro conduz o Santíssimo Sacramento aos enfermos, distribuiu o sacramento nas missas e acaba sendo um braço direito do pároco, exercendo outras funções na paróquia e nas comunidades, no zelo e cuidado pela liturgia e na organização da credência. Uma amizade que cresce e amadurece com o sacerdote e, assim, o ministro se torna exemplo na vida da comunidade paroquial”, disse.

“Sejam felizes e abençoados. Que Deus continue iluminando o coração e a fé, dando a cada um a esperança sempre viva no seguimento da vocação, da missão e do trabalho. Sintam-se amados, pertencentes a uma Igreja viva da qual fazemos parte. O Cristo conta com cada um como instrumento da paz, do amor e da caridade ao serem enviados aos nossos enfermos e idosos e a todas as pessoas que precisam do carinho de vocês. Por tudo que fazem e já ofereceram a Deus, nossa oração, amizade e gratidão”, concluiu padre Marcelo Batista.

 

Envio

Antes da bênção final, Dom Orani evidenciou que o ministério não se restringe em ajudar os padres e de distribuir a comunhão nas missas. “Levar a Eucaristia às casas e hospitais é um trabalho evangelizador. É o anúncio de em quem acreditamos, e que é a nossa vida. Vocês levam em suas mãos o Cristo Jesus, que veio trazer vida e salvação para todos.”

“Louvamos a Deus pela vida e vocação, e pedimos que Ele fortaleça a caminhada de cada um, para que possam desempenhar bem a missão de evangelizadores. A Igreja conta com vocês nesta missão de evangelizar a nossa grande cidade. Que a bênção de Deus possa guardar seus corações na paz, e sejam iluminados, conduzidos e fortalecidos na centralidade de Jesus Cristo”, acrescentou o arcebispo.

 

Orações pela paz na Terra Santa

Sobre o conflito na Terra Santa, Dom Orani solicitou aos fiéis um dia de jejum e oração pela paz e reconciliação, no dia 17 de outubro. Em acordo com o pedido do Patriarca Latino de Jerusalém, Cardeal Pierbattista Pizzaballa, o jejum foi organizado com adoração eucarística e recitação do rosário.

“Precisamos rezar para que reine a paz nas fronteiras da Terra Santa, que os homens encontrem o caminho do diálogo e a paz, e que o ódio desapareça. São situações de ódios que também estão presentes entre nós de várias formas, mas que não nos cansemos de proclamar a fraternidade, o perdão e a paz para todos. A nossa missão é ser uma presença cristã na sociedade que leve a paz e a solidariedade a todas as pessoas machucadas com tantas situações de dor, sofrimento e violência, e o nosso compromisso de anunciar a paz por meio da nossa vida e missão”, concluiu o arcebispo.

 

Carlos Moioli

 

 

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