Museu Cristo Redentor será o mais visitado do Brasil

O Cristo Redentor comemora 100 anos em 2031 e a primeira iniciativa rumo ao centenário é a construção do museu, com previsão de inauguração no início de 2026.

Segundo o padre Omar Raposo, reitor do Santuário Cristo Redentor, os visitantes terão a experiência “de entrar no monumento do Cristo Redentor, ir lá no braço do Cristo, na cabeça do Cristo. Certamente será o museu mais visitado do Brasil”. Outra ação anunciada: em 29 de dezembro, o Cristo Redentor vai vestir a camisa de Pelé, um ano após o seu falecimento.

O Museu Cristo Redentor, que será instalado no quarto andar do Centro de Visitantes Paineiras, será uma oportunidade para o visitante conhecer o monumento a partir da “narrativa da Igreja”, explicou o padre Omar Raposo, que também é pároco da Paróquia São José da Lagoa.

Padre Omar observou que “o Cristo Redentor, ao longo da sua história, foi reduzido a um ponto turístico quando, na verdade, desde a sua origem, foi pensado e erigido naquele lugar para ser um lugar sagrado, de encontro com a natureza, de encontro entre os irmãos, de encontro com o Redentor. E hoje a gente ressignifica aquele espaço, retoma esse principal tema original e coloca ali um museu, como um importante equipamento de cultura profundamente integrado àquele Complexo Turístico do Corcovado”.

Rumo ao centenário

O lançamento da pedra fundamental do museu aconteceu em julho de 2022 e a previsão de inauguração é para o início de 2026. O espaço vai contar os 92 anos de história de um dos maiores patrimônios culturais do mundo e símbolo do Brasil, através de material digital produzido a partir do Acervo Digital Colaborativo, que conta com imagens e documentos compartilhados por centenas de pessoas através da internet. A organização está a cargo do Núcleo de Acervo e Memória do Santuário Cristo Redentor.

Pedro Trengrouse, assessor jurídico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), afirmou que através da CBF tem ajudado a viabilizar patrocinadores e equipes para poder subsidiar essa construção. Um exemplo é a empresa que vai trabalhar na gestão do museu com tecnologias inovadoras que interligam a história à arte, numa intensa imersão, como as utilizadas recentemente no Museu do Flamengo.

“O Cristo comemora 100 anos em 2031 e, nesses 100 anos, ele foi testemunha da história do Brasil, de empresas brasileiras, da cultura brasileira. Esse museu tem vocação para contar essa história pela perspectiva do Cristo Redentor. Não somente a história do Cristo Redentor, mas tudo que ele viu nesse tempo inteiro acontecendo no Brasil e no mundo. É um museu que realmente promete muita coisa!”, afirmou Pedro Trengrouse.

Padre Omar acrescentou: “vamos ter a experiência, por exemplo, vou dar um spoiler aqui: de entrar dentro do monumento do Cristo Redentor, ir lá no braço do Cristo, na cabeça do Cristo. Isso tudo vai acontecer dentro desse lugar de experiência. Certamente será o museu mais visitado do Brasil”.

Cristo Redentor veste a camisa de Pelé em dezembro

Em vista do centenário do maior santuário a céu aberto, padre Omar conta que, além do museu, estão sendo intensificados os estudos sobre o direito patrimonial, o direito de imagem e da proteção de dados do Cristo Redentor. Também já está sendo estabelecido um calendário com shows em diversas capitais do Brasil, assim como iniciativas locais:

“No dia 29 de dezembro, acontecerá no Cristo Redentor uma homenagem a Pelé, marcando um ano do seu falecimento. O Cristo Redentor vai vestir a camisa do Pelé! E que vem numa hora muito importante depois das declarações do Papa Francisco em que ele disse que conheceu Pelé e que ficou impressionado com a natureza humana que Pelé demonstrou na conversa que tiveram e que sempre foi marca da sua atuação profissional”, disse padre Omar.

O Cristo, assim, comentou padre Omar, “se posiciona em nome do amor, abrindo espaço para que todos possam ser incluídos na sua dinâmica salvadora”.

É um lugar de culto e de cultura, de peregrinação e dinâmica social:

“O Cristo não é um salão de festas, o Cristo não é um espaço de eventos descontextualizados da nossa realidade cultual. Ao contrário, as realidades têm igual valor e a dinâmica e a importância sagrada do monumento estão sempre mantidas em todas as nossas ações. Só que é um Cristo aberto, realmente encarnado. A gente não fica apenas ali olhando para o céu, é um Cristo que olha para a cidade. Então, nada passa desapercebido do seu olhar”, disse padre Omar.

“Nada passa desapercebido do olhar do Redentor. Tudo que acontece no Rio de Janeiro e no Brasil todo acaba tendo uma importante convergência”, concluiu o reitor.

Andressa Collet – Vatican News

 

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