Visita das relíquias de Santa Teresinha no Rio de Janeiro

Entre os dias 16 e 24 de julho, recebemos em nossa Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro a visita das relíquias de Santa Teresinha do Menino Jesus. Ela é considerada a “maior santa dos tempos modernos”, conforme afirmou o Papa Pio X. Esta é a terceira vez que as relíquias vêm para o Brasil, dessa vez é por ocasião dos 150 anos de seu nascimento (que foi no ano passado) e também pelos 100 anos de sua canonização (que se completam no próximo ano).

As relíquias são ou fragmentos de ossos e peças de roupas, ou algum objeto que tenha pertencido ao santo. No caso de Santa Teresinha, são fragmentos de ossos e ficam expostos para a veneração dos fiéis. É uma maneira dos fiéis e devotos sentirem de perto a presença daquele santo em especial, como, por exemplo, dando forças para seguir em frente. É uma grande graça para a nossa arquidiocese receber as relíquias de Santa Teresinha, pois sentimos mais de perto a sua presença nos encorajando para a missão, ainda mais neste II Sínodo Arquidiocesano sobre as Missões que estamos vivendo em nossa arquidiocese.

Santa Teresinha, que morreu muito jovem (24 anos) como bem sabemos, é a padroeira das missões, mesmo sem ter saído do carmelo, pois de dentro dele rezava por toda a Igreja. Suas relíquias percorrendo o mundo fazem um trabalho missionário de chamar as pessoas ao encontro com Cristo. Ela tinha um carinho especial por Cristo e por sua Igreja, para a qual rezava incessantemente. Receber as relíquias de Santa Teresinha em nossa arquidiocese significa que ela está intercedendo junto a Jesus por nossa arquidiocese.

Confiemos aos cuidados de Santa Teresinha do Menino Jesus nossa arquidiocese, os bispos, os padres, os diáconos, seminaristas, religiosos, religiosas e todo o povo de Deus. Que por intercessão dessa grande santa nossa arquidiocese continue a missão de levar adiante a Palavra de Deus.

As relíquias foram veneradas em alguns pontos de nossa arquidiocese, como por exemplo, na basílica dedicada a ela na Tijuca, outras em Botafogo, Campo Grande, na Catedral de São Sebastião, no Centro, e no Carmelo São José, em Jacarepaguá, e de Santa Teresa, no bairro de Santa Teresa.

Nossa Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro tem uma história especial com Santa Teresinha do Menino Jesus. A Igreja de Santa Teresinha, na Tijuca, recebeu o reconhecimento pontifício como basílica logo após a sua canonização, em 20 de julho de 1927. Essa igreja foi confiada aos padres carmelitas descalços. Uma outra igreja dedicada a Santa Teresinha foi erigida em 1938, em Botafogo, em local escolhido pela irmã de Santa Teresinha. Temos ainda no Rio de Janeiro duas outras paróquias dedicadas a Santa Teresinha do Menino Jesus, uma no conjunto Urucânia, em Santa Cruz, erigida em 1996, e outra no bairro Santa Teresinha, em Campo Grande, erigida em 1999.

Santa Teresinha é “Doutora da Igreja”, proclamada pelo Papa São João Paulo II em outubro de 1997. Ela recebeu esse título devido aos inúmeros escritos que ela deixou cheios de conteúdo de fé e que animam a vida dos fiéis. Segundo também o seu exemplo de vida. O exemplo de vida de Santa Teresinha já diz por si só o porquê ela foi canonizada.

De acordo com a programação preparada para esses dias, escolha um dia mais apropriado para ir em algum local, visitar as relíquias e pedir a intercessão de Santa Teresinha por você, sua família e pela Igreja de São Sebastião do Rio de Janeiro.

No dia 16 de julho pela manhã, as relíquias foram transladadas de barco pela Marinha do Brasil do Seminário Diocesano de Niterói. Aconteceu uma Santa Missa no Comando Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, na Ilha das Cobras. Ao meio-dia as relíquias chegaram à Basílica de Santa Teresinha. No dia 17 pela manhã, o dia foi aberto para visitação das relíquias na basílica, na Tijuca, e visita da urna ao monumento e Santuário Cristo Redentor. Após isso, as relíquias voltaram para a basílica.

Nos dias 18 e 19 de julho, as relíquias ficaram no Mosteiro Santa Teresa, em Santa Teresa – chegaram na manhã do dia 18. No dia 20 pela manhã, missa no Carmelo São José, em Jacarepaguá. No dia 21 pela manhã, missa no Carmelo São José, em Jacarepaguá, e à tarde na Igreja Santa Teresinha, em Campo Grande.

No dia 22 de julho, a imagem ficou na Catedral Metropolitana; à noite, as relíquias retornaram para a basílica, na Tijuca. No dia 23 pela manhã, as relíquias estiveram na Igreja Santa Teresinha, anexa ao Palácio Guanabara, e à tarde visitaram a Paróquia Santa Teresinha, em Botafogo, e ainda a Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema. À noite, a urna com as relíquias retornou para a basílica. Por fim, no dia 24 de julho, a urna com as relíquias foi transladada para Petrópolis.

Agradecemos a Deus pela oportunidade da presença das relíquias de Santa Teresinha entre nós. Peçamos a bênção e a proteção de Santa Teresinha por nós, pela nossa arquidiocese e por toda a Igreja.

 

Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

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