Frei Gilson: ‘A JMJ está gravada no meu coração, na minha memória, porque de fato fui um peregrino no Rio de Janeiro’

O último momento da celebração dos 11 anos da Jornada Mundial da Juventude, na Catedral de São Sebastião, no Centro, no início da noite do dia 27 de julho, foi o show do frei Gilson Azevedo, sacerdote da Congregação Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo.

Após cinco horas de evento, mais de 20 mil pessoas continuavam ávidas por louvor e oração conduzidas pelo religioso, um dos cantores mais solicitados pelos ouvintes da Rádio Catedral. Em entrevista ao Sistema de Comunicação da Arquidiocese do Rio de Janeiro, frei Gilson agradeceu a todos pelo carinho, e disse ser grato a Deus por suas músicas poderem alcançar tantas pessoas.

“Um abraço muito especial para todos os fiéis da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. É uma alegria estar aqui, mais uma vez, depois de tanto tempo. A Bíblia diz para orarmos sem cessar. Precisamos orar o tempo todo, porque os dias são difíceis para todos, para as nossas famílias, cidades e o nosso Brasil. Precisamos orar. Fico feliz de a minha música ajudar as pessoas a rezar, de rezar o Rosário, na madrugada, em ajudar tantas pessoas a rezar. Vamos continuar a orar, porque quando a gente reza, vencemos as batalhas”, destacou.

No repertório de sua apresentação na Catedral, frei Gilson, que exerce seu ministério na Diocese de Santo Amaro (SP), cantou suas canções mais famosas, e o público retribuiu com sorrisos, lágrimas e muita demonstrações de fé em Jesus Cristo.

Frei Gilson iniciou o show fazendo uma saudação a Nossa Senhora com a canção “Colo de Mãe”. Ao longo do espetáculo, o cantor declarou diversas vezes que, sem Deus, nada somos. “A Bíblia diz que temos a presença de Deus 24 horas por dia e isso é a melhor coisa que temos em nossa vida”.

Sobre a JMJ, frei Gilson disse: “A JMJ está gravada no meu coração, na minha memória, porque de fato fui um peregrino no Rio de Janeiro. Dormi em uma escola, na areia, tomei banho gelado, não tinha comida, era lanche o tempo todo. Vivi como todos os jovens que estavam ali vivendo a JMJ. Foi incrível ver o Papa, os pronunciamentos, tudo o que Deus foi nos falando. Em cada canção que canto, ou na pregação, tudo deve apontar para Cristo. Fico feliz quando recebo testemunhos e aqui na Catedral recebi muitos, dizendo que encontrou Jesus através da música. Quando a música é usada para falar de verdades, ainda mais, para falar e cantar a Palavra de Deus, ela tem uma força muito grande. Ela abre e fala com o coração, entra e penetra na alma”.

Depois de uma hora de música e muita euforia, frei Gilson se despediu do público com uma de suas canções mais tocadas nas plataformas streaming, ‘Eu Seguirei’, e ao concluir, disse: “Revejo, vocês, no Rosário da madrugada, às 4h da manhã”.

 

Dom Tiago: ‘Todos nós somos convidados a fazer missão’

Um dos responsáveis pela participação de frei Gilson no evento, que comemorou os 11 anos da JMJ Rio2013, foi o bispo auxiliar do Rio de Janeiro Dom Tiago Stanislaw, que participou do evento desde o início. Ele disse que a Jornada Mundial da Juventude semeou frutos que “permanecem nos corações dos cariocas, e nos vieses da nossa Igreja Católica do Rio de Janeiro até os dias de hoje”, declarou.

Dom Tiago partilhou que uma das inspirações de convidar frei Gilson para esse evento é o seu ministério alinhado ao momento missionário vivido pela arquidiocese, através do Segundo Sínodo Arquidiocesano sobre as Missões. Para o bispo, ao contemplarmos a missão como título deste evento, “Ide Sem Medo para Servir”, a Igreja deseja reacender a chama missionária que nos leva a Jesus.  “A nossa Igreja é muito viva. Os gritos das pessoas mostram o quanto de ânimo elas têm em seus corações e, com alegria, seguem o Nosso Senhor Jesus Cristo”, alegrou-se.

Dom Tiago acredita que a oração e a fé em Jesus podem salvar o Rio de Janeiro e o mundo de conflitos e inseguranças que atormentam o povo. E eventos como esse proporcionam esse importante ato de orar juntos, que também é uma maneira de preparar as pessoas para a missão em suas comunidades.

“Em todos os momentos de oração do nosso evento, nós fizemos pedidos importantes, sobretudo, pelo Rio de Janeiro; pedimos também por aquilo que nós, como Igreja, queremos realizar, que é a missão. Todos nós somos convidados a fazer missão e reconhecer que Jesus é o Senhor de nossas vidas, e que nós somos filhos de Deus”, concluiu Dom Tiago.

 

Rita Vasconcelos / Carlos Moioli

 

 

 

 

 

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