Monsenhor Lindolfo Lisboa na casa do Pai

Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2024

 

Com profundo pesar, comunicamos a partida do vigário paroquial no Santuário São Judas Tadeu, no Cosme Velho, monsenhor Lindolfo Lisboa, para a Casa do Pai, ocorrida neste domingo, 15 de setembro, às 21h, na CTI do Hospital São Lucas, no Rio de Janeiro, aos 95 anos e 63 anos de sacerdócio.

O corpo de monsenhor Lindolfo será velado no Santuário São Judas Tadeu, em Cosme Velho, na segunda-feira, dia 16 de setembro, e a missa de exéquias será às 14h30, seguida de sepultamento na quadra dos padres da Irmandade de São Pedro, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju.

Filho de Filinto Lisboa e de Leopoldina Fernandes de Melo, ele nasceu em Alecrim, munícipio de Pão de Açúcar, no Estado de Alagoas, no dia 1º de agosto de 1929.

Formou-se no Seminário Arquidiocesano de São José, cursando Filosofia de 1955 a 1957, e Teologia de 1958 a 1961. Recebeu a ordenação diaconal no dia 12 de março de 1961 e, pelas mãos do Cardeal Jaime de Barros Câmara, a ordenação sacerdotal, no dia 29 de junho do mesmo ano.

Como sacerdote, monsenhor Lindolfo, exerceu os ofícios de coadjutor na Paróquia Santo André, em São Cristóvão (nomeado em 1962), capelão do Hospital São Sebastião (nomeado em 1962), pároco da Paróquia Menino Jesus de Praga, em Bangu (nomeado em 1965), vigário cooperador na Paróquia Nossa Senhora de Copacabana, em Copacabana (nomeado em abril de 1971), pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Marechal Hermes (nomeado em outubro de 1973), pároco da Paróquia Nossa Senhora da Luz, no Rocha (nomeado em setembro de 1999), e vigário paroquial no Santuário São Judas Tadeu, no Cosme Velho (nomeado em fevereiro de 2005).

 

No dia 30 de maio de 2016, o Papa Francisco lhe conferiu, por nossa proposta, o título de Capelão de Sua Santidade, mais conhecido como monsenhor, em reconhecimento pelos serviços que prestou à Igreja do Rio de Janeiro.
À luz da liturgia deste 24º Domingo do Tempo Comum, podemos afirmar que, nos primeiros anos de sua vida, monsenhor Lindolfo foi convidando pelo Senhor a segui-lo (Mc 8, 34). Renunciando a si mesmo ele aceitou o chamado, e na presença do Senhor carregou sua cruz (Sl 114, 9), proclamou que Cristo é o filho de Deus (Mc 8, 29), deu testemunho de sua fé pelas obras e (Tg 2,18), na hora de sua partida para a eternidade, teve a certeza que salvou sua vida por causa de Cristo e do Evangelho (Mc 8, 35).

Ao reitor e pároco do Santuário São Judas em Cosme Velho, monsenhor Henrique Jorge Diegues, ao clero diocesano, familiares, amigos e fiéis que conviveram ou estiveram sob o pastoreio de monsenhor Lindolfo, manifesto minha unidade, solidariedade e orações.

Monsenhor Lindolfo combateu o bom combate, completou a corrida, guardou a fé e agora lhe está reservada a coroa da justiça (2Tm 4,7-8). Fortalecidos pela esperança que não decepciona (Rm 5,5), conquistada na cruz, pelo sangue de Jesus Cristo, Nosso Senhor, rezemos pelo seu descanso eterno e louvamos a Deus pela sua vida e vocação, pelo bem que fez e os exemplos que dele recebemos.

Que Maria Santíssima, a Senhora das Dores, que contemplamos pela fé, aos pés da cruz, tendo nos braços o corpo sem vida de seu Filho, seja a intercessora de monsenhor Lindolfo para que ele, sem dores e sofrimentos, possa viver a bem-aventurança eterna.

Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno. E que a luz perpétua os ilumine. Descansem em paz. Amém.

 

Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist.
Arcebispo metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro-RJ

 

 

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