Igreja dos Capuchinhos realiza neste domingo visita guiada aberta ao público

Situado no bairro da Tijuca, o Santuário Basílica de São Sebastião, também conhecido como Igreja dos Capuchinhos e Igreja de São Sebastião receberá neste domingo, 15 de setembro, das 10h em diante, grupos de interessados em conhecer sua história, seus vitrais e suas imagens, entre outras atrações.

A Igreja de São Sebastião do Morro do Castelo foi demolida em 1922, durante uma reforma urbanística na cidade do Rio de Janeiro. A última missa na igreja foi realizada em 1º de novembro de 1921. O Morro do Castelo foi um dos pontos de fundação da cidade no século XVI e abrigou marcos históricos como fortalezas coloniais e edifícios jesuítas.

A demolição do morro foi motivada pela ideia de que era um obstáculo para o crescimento urbano e para o combate a epidemias. A região onde ficava o Morro do Castelo continua a ser conhecida como Castelo, entre a Avenida Rio Branco, a Santa Casa de Misericórdia, a Praça XV e a Igreja de Santa Luzia.

Construída entre 1928 e 1931 na Rua Haddock Lobo, a Igreja dos Capuchinhos substituiu a antiga Igreja de São Sebastião, que ficava no extinto Morro do Castelo, no centro do Rio.

A demolição do morro, em 1922, levou à mudança dos frades capuchinhos para a Tijuca, onde o novo templo foi erguido. O projeto original da igreja, em estilo neobizantino com influências neorromânicas, é de autoria desconhecida, mas seu interior é um testemunho impressionante do estilo revivalista europeu, com vitrais, mosaicos e mármores coloridos inspirados no Mosteiro de Beuron, na Alemanha.

A igreja é um marco histórico e cultural, refletindo a rica herança religiosa e arquitetônica do Brasil colonial. Seus vitrais coloridos e intricadas esculturas convidam os visitantes a uma viagem no tempo, mergulhando na história e devoção que perpassam suas paredes.

Além de seu valor histórico, a Igreja dos Capuchinhos também é um importante centro de atividades comunitárias, acolhendo eventos religiosos, culturais e sociais que fortalecem os laços entre os moradores. Frequentemente, celebrações como missas, casamentos, batizados e festas do padroeiro (São Sebastião) reúnem fiéis e visitantes, reafirmando a fé e a tradição que a igreja representa.

Atualmente, o Santuário Basílica de São Sebastião comporta diversos objetos históricos e artísticos importantes. Entre eles, o marco de pedra da fundação da cidade com o escudo português esculpido, a imagem original de São Sebastião da igreja antiga e a lápide tumular de Estácio de Sá, fundador da cidade.

A grandiosidade da construção, com seus arcos góticos e detalhes barrocos, impressiona a todos que a visitam, testemunhando a habilidade e a dedicação dos artesãos que a ergueram. Em cada canto, há uma história a ser contada, uma memória a ser preservada, fazendo da Igreja de São Sebastião dos Capuchinhos um verdadeiro tesouro para a cidade do Rio de Janeiro.

Ao entrar, o visitante será imediatamente cativado pela arquitetura neogótica, com seus vitrais coloridos que contam histórias bíblicas e de santos capuchinhos. As paredes, adornadas com afrescos detalhados, revelam a dedicação e o talento dos artistas que contribuíram para a construção deste espaço sagrado.

Numa visita guiada, o guia compartilhará a história fascinante da ordem dos Capuchinhos, desde sua fundação até seu papel na comunidade carioca ao longo dos séculos. Ele mostrará os rituais e tradições que ainda se mantêm vivos, além de curiosidades sobre os objetos litúrgicos e as relíquias guardadas na igreja.

“O Santuário Basílica de São Sebastião dos Frades Capuchinhos é uma das mais belas obras arquitetônicas do Rio de Janeiro”, diz o guia Manoel Tavares, diácono no Santuário.

Para ele, a visita guiada visa despertar nos participantes um encantamento pela história de quase 500 anos das relíquias, imagens, pinturas, vitrais e, o mais importante, que é a simbologia dos altares laterais, da imponência do altar-mor e do baldaquino.

“Os participantes não podem deixar de admirar a cúpula dos 12 Apóstolos, o túmulo de Estácio de Sá, fundador da cidade; a pedra fundamental deixada pelos portugueses no século XVI; imagens centenárias e todo o conteúdo devocional, histórico, catequético e religioso”, destacou o diácono.

Quem visitar o templo não pode deixar de apreciar o belo altar-mor, uma obra-prima que exibe impressionante riqueza de detalhes. A serenidade do ambiente proporciona um momento de reflexão e paz, permitindo ao visitante desconectar-se do ritmo acelerado da cidade e vincular-se a algo maior.

Ao final da visita, há oportunidade de visitar a lojinha da igreja, onde poderá adquirir lembranças, contribuindo assim para a manutenção deste patrimônio histórico e cultural.

 

Pascom

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