“Em 1998, recém crismada da Paróquia São José Operário, no bairro de Campo Grande, tive a minha primeira experiência como catequista na Pastoral do Pré-jovem. No ano de 2000, fui servir como catequista na Pastoral da Crisma, onde junto à equipe ajudei a preparar jovens e adultos para o sacramento. Servi durante cinco anos como catequista do crisma. Em 2006, fui morar no bairro de Sepetiba, onde sem esperar, por falta de catequista na recém Capela São Vicente de Paulo, comecei a servir como catequista do infantil. Foi uma experiência muito difícil e nova para mim, pois eu era a única catequista, não aparecia ninguém para me ajudar e eram muitas crianças sem noção de nada. Elas que buscavam a igreja, sem os responsáveis. Costumo dizer que foi aí que o Senhor me fez crescer e amar meu chamado como catequista. Busquei aprender a saber lidar e evangelizar uma realidade de criança tão difícil, mas aos poucos senti Deus me capacitando, me inspirando. Foram dez grupos de crianças que evangelizei e preparei para a Primeira Comunhão. Em 2017, por necessidade de catequista, fui também ser catequista da Pastoral da Crisma, que não tinha na capela. Em 2023, recebi o convite do padre Licinho, que já vinha acompanhando o meu trabalho com a catequese, de ser uma candidata ao Ministério de Catequista. Na hora levei um susto, pois não queria isso para mim, muita responsabilidade, mas não sei o que houve, não conseguir negar. Aceitei com um frio na barriga, mas foi. Em julho de 2023, iniciou a formação, na qual pude perceber que, aos poucos, Deus ia me moldando e fazendo eu entender que Ele que me escolheu para fazer parte desse novo ministério. Foi uma experiência muito boa, muito profunda no decorrer da formação. Eu estava muito empolgada, mas ainda me achava não merecedora e até não preparada para essa tamanha responsabilidade. Até que eu já no final da formação, no dia do retiro espiritual, senti muito forte Deus falando comigo, tirando de dentro de mim toda incerteza, insegurança, medo. Enquanto Deus falava, eu só conseguia chorar, não conseguia rezar, era algo muito forte. O Senhor falou comigo assim: ‘Filha, fui eu que te escolhi, não porque tu sabes tudo, mas porque tu foste fiel até aqui e não deixou o medo te parar’. Essas palavras do Senhor para comigo me mudou por dentro. Entendi que os planos do Senhor são maiores que os meus.
Hoje, estou servindo em uma nova paróquia, São Sebastião, em Sepetiba, onde estou como catequista e coordenadora da catequese, onde junto comigo estão 13 catequistas só do infantil, e juntas procuremos fazer o melhor na evangelização das crianças infanto-juvenil.
O grande dia aconteceu, dia da instituição do Ministério de Catequista, e foi muito lindo, muito emocionante! Não consegui conter as lágrimas no momento do recebimento do crucifixo. Senti o Espírito Santo de Deus confirmado mais uma vez. Vai ficar marcado na minha vida esse dia! O Senhor é que me escolheu e é Ele que vai me capacitar.
Gratidão ao Senhor por tudo na minha vida e na minha vocação de catequista, agora pela vontade d’Ele, ministra da catequese.”
Jane Andrade Pereira Sousa, Paróquia São Sebastião, em Santa Cruz – Vicariato Santa Cruz
‘A Humanidade necessita de cristãos autênticos’
A celebração da instituição do Ministério de Catequista foi um dia muito importante em nossa jornada catequética, eu estava tranquila, fui entregando cada momento que acontecia nas mãos de Deus, e acredito que para cada um de nós teve momentos especiais preparados individualmente por Deus para nós, pois ensaiamos de uma forma e alguns momentos o Espírito Santo conduziu de outra forma. No final do terço, na hora da consagração a Nossa Senhora, senti a presença de Deus e Maria, desabei a chorar, no momento de receber o crucifixo também não segurei as lágrimas, na hora da Sagrada Eucaristia, que no ensaio não era para eu ir comungar com Dom Orani, mas na hora o seminarista conduziu a fileira onde eu estava para receber a Sagrada Comunhão com Dom Orani e, no último momento, receber das mãos de Dom Catelan a Sagrada Escritura. Senti o corpo arrepiar, não eram emoções porque eu estava na presença dos bispos, era porque eu sentia o Espírito Santo em todos os momentos que vivenciei hoje, as emoções deste dia foram inexplicáveis. Tudo estava direcionado por Deus, os nossos formadores tão dedicados e carinhosos desde o início de nossa formação até hoje, os textos tão inspirados feitos por nossos irmãos de caminhada, cada gesto, cada lembrança, tudo muito lindo e cheio de carinho. Agradeço a Deus por ter dividido este dia com minha família, meus catequistas, minha coordenadora forânea de jovens e adultos do Vicariato Anchieta, Mônica Ferreira, e cada um de vocês meus irmãos do ministério, que caminharam comigo e os meus queridos formadores: irmã Lúcia, irmã Patrícia, padre Allexsandro e Dom Catelan. Deus os abençoe e continue fortalecendo e guiando seus passos nesta jornada cristã.
Cada dia que se aproximava o dia da instituição, eu, por muitas vezes, entrei em meu quarto e falava com o Senhor, pois o medo, o frio na barriga aumentava e o coração acelerava, e na noite anterior ao rito, busquei mais ainda ao Senhor, para controlar esses estados emocionais, e disse: ‘Meu Deus estou com medo, estou igual criança, meu Pai, estou me sentindo igual a Jeremias, como uma criança. Por que eu Senhor, será que vou conseguir assumir tamanha responsabilidade? Pois com meu testemunho levarei o nome da tua igreja, da minha paróquia, me capacite meu Deus para assumir o ministério que receberei diante do bispo consagrado em tua amada Igreja!’. E o Senhor me respondeu com tamanho carinho de Pai: ‘Eu sou o Deus dos profetas, Deus de Abraão, de Isaque e Jacó, confie, o que quero é que leve a minha mensagem de amor, de confiança e restauração a todos aqueles que andam desacreditados do verdadeiro Evangelho, pregue o Evangelho que cura, resgata, santifica e restaura famílias, zele e lute por uma Humanidade que grita por socorro e necessita de cristãos autênticos, não tenha receio, te capacitarei filha minha, como os meus apóstolos, abra o coração e recepcione os dons do Espírito e fale do meu Reino às nações.’ Gratidão.”
Maria Divanece da Silva Cabral, Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Parque Colúmbia, na Pavuna – Vicariato Anchieta
Comprometimento com Deus
“Quando participei da reunião dos coordenadores com Dom Catelan, padre Alexsandre, as irmãs Patrícia e Lúcia, no Edifício São João Paulo II, na Glória, foi anunciada a formação do Ministério de Catequista, explicando os critérios para participar. Estudar no início era um ano, mas foi estendida por dois. Retornei para casa pensativa e orante, pedindo a Deus que o padre pensasse com carinho e que o Senhor mostrasse um ou uma candidato(a) para a formação.
No domingo, após a missa, tivemos uma breve conversa e falamos sobre a formação. E lhe disse que estaria em oração por ele, pela sua escolha, pois é difícil sim, ele enviaria todos.
Numa manhã de terça, ele envia a mensagem com a carta dos candidatos. O meu coração acelerava tanto que parecia que ia explodir com tanta alegria e, ao mesmo tempo, a responsabilidade e o melhor: o comprometimento com Deus!
Tive altos e baixos na minha caminhada sim, mas Deus sempre me sustenta e fala comigo. Por isso digo: Eis-me aqui, Senhor!”
Maria Granzieri Jorge – Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Sepetiba – Vicariato Santa Cruz
Experiência e oração
“Nossa preparação foi muito proveitosa e com muita objetividade, tendo em vista se tratar de catequistas já experientes. Tudo fundamentado nos documentos da Igreja referentes à catequese. Muito importante foi também delimitar tudo aquilo que o ministério instituído de catequista é ou não, dada a sua novidade. Mas, sem dúvidas, o melhor foi a troca de experiências e a oração em conjunto.”
Thiago Soares Menezes de Moraes, Igreja Nossa Senhora da Outeiro da Glória – Vicariato Urbano
Alegria do coração
“Eu comecei na catequese em 1988, quando minha esposa ficou grávida. Eu atuava com jovens, e decidi ficar atuando na catequese infantil na Paróquia Pai Eterno e São José, na Cidade de Deus. Caminhei muito com as Irmãs de Belém, as quais agradeço de todo coração. Sempre usei as religiosas como referência de alegria evangélica. Hoje, continuo atuando, e agradeço a oportunidade de receber este ministério que muito alegrou meu coração. Obrigado a todos da equipe de formação.”
Jorge Bernardo Miranda de Lima, Paróquia Pai Eterno e São José, na Cidade de Deus – Vicariato Jacarepaguá
Caminhar juntos
“Durante todo o período de preparação, fui deixando o Espírito Santo agir em mim. Quando fui indicada para ser candidata ao ministério, não tinha noção do que Jesus esperava de mim. Senti um misto de alegria e receio de não corresponder bem ao chamado de Jesus.
Comecei a fazer exercícios espirituais e a pedir a Nossa Senhora ir me modelando. A frequência nos sacramentos da Reconciliação e Penitência, na Eucaristia, participação nas adorações, na reza do terço e a visita à Capela do Santíssimo me aproximaram ainda mais de Jesus.
Hoje, percebo a mudança que Jesus fez em mim e ainda está fazendo. O apoio da minha família, do meu pároco e da minha comunidade fez total diferença. A participação básica em formações me fez compreender ainda mais a importância de caminharmos juntos, nos preparando sempre com humildade para a propagação do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.”
Lissana Lemos Silva de Rezende, Paróquia Santa Isabel, Rainha de Portugal, em Bento Ribeiro –Vicariato Cascadura
Sempre em missão: ‘Eis-me aqui Senhor’
“No dia da instituição do Ministério de Catequese, quando entrei na Catedral, meu coração disparou, veio uma lembrança longínqua, por estarmos de uniformes, o Espírito me conduziu à minha Primeira Comunhão, na qual eu estava vestida de uniforme escolar na Paróquia São Judas, em Senador Vasconcelos. Aos meus 7 anos de idade não imaginei que daquele momento em diante a minha missão estaria apenas começando. Aos 12 anos em diante, o padre Lúcio Zorzi visitava sempre meu bairro, e a minha mãe cuidava de uma comunidade de base. O padre começou com um pequeno grupo de adolescentes. Por falta de espaço, se reuniam lá em casa. Até que com o seu apoio comecei a dar aulas de catecismo com as folhinhas preparadas por ele para esses adolescentes.
Não parei mais. Quando adulta, o pároco, padre Argemiro, da Paróquia Nossa Senhora do Desterro, em Campo Grande, me permitiu continuar dando os encontros numa casa em construção onde hoje é a minha residência.
Em 1994, comecei uma preparação que durou três anos com o padre Luiz Garcia, da Paróquia do Desterro. Após essa formação, comecei como catequista ICJA – (Crisma) na Paróquia São João Batista, em Campo Grande.
Quando a minha comunidade de tornou paróquia, fui convidada a coordenar com padre Alam o Vicariato Oeste, permanecendo mais de dez anos, depois saí, e continuei como catequista da Iniciação à Vida Cristã.
Veio a pandemia, entubação e duas experiências de morte. Com a certeza de que a Eucaristia permanecia em mim. Quando ouvi que tinham me perdido sem conseguirem me reanimar (graças a Deus a Palavra é Viva e consegui lembrar da Comunhão e com meu pensamento solitário fiz a minha entrega: ‘Senhor, seja feita a tua vontade’. Depois de um tempo, o silêncio foi quebrado com o som de apitos que contei de um a 24, não cheguei a pensar nos 25, pois na igreja os profissionais gritaram que aos meus ouvidos parecia o som de vozes num dia de Copa no Maracanã: ‘Ela voltou!. Eis-me aqui Senhor para fazer a vossa vontade’.
Hoje, essa pequeníssima serva, nos seus 65 anos, faz parte do novo Ministério de Catequista perante Deus e sua Igreja e perante aos homens para continuar sua missão.
Nossa Senhora padroeira das missões, rogai por nós.”
Aparecida de Jesus Souza Cerqueira de Almeida, Paróquia São João Batista, Vila São João, em Campo Grande – Vicariato Campo Grande
‘Ser fiéis nos que Jesus nos confia’
“Fui em todos encontros de formação. Na semana de receber a instituição de catequistas, pensei de não poder estar presente no dia. Minha mãe teve três Covid, já tem 81 anos. Ela ficou com uma sequela no pulmão incurável. De vezes, ela apresenta pneumonia constante. Ela fica bem mal de saúde, justamente dois dias antes da celebração ela estava mal de saúde. Pensei: vou ter que ficar para a segunda turma. Fui rezando e confiando, porque para Deus nada é impossível. O Evangelho diz muito bem isso. Para honra e glória do Senhor, sábado de manhã ela acordou e falou: ‘Filha, pode ir no seu compromisso’. Tive um sonho com Nossa Senhora dizendo que estava curada. Na hora, eu a abracei e chorei. Comecei a agradecer a Deus. Naquele sábado, os sintomas desapareceram. Na celebração do ministério eu só chorava com o coração grato a nosso Deus do impossível. Quero dizer que precisamos confiar, ser fiéis nos que Jesus nos confia.”
Raimunda Wanderley Lopes de Souza, Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Vila Cruzeiro, na Penha –Vicariato Leopoldina
Corações em festas
“Com alegria e surpresa eu recebi a mensagem do padre Jefferson para ser candidata ao Ministério de Catequista. Ele me pediu para pensar com carinho, mas em minha mente eu só imaginava como seria a reação de nossa mãezinha, e não demorei em responder ‘sim’. Foram momentos maravilhosos de formação, contato com outros catequistas e amizades. O nosso grupo de candidatos do Vicariato Oeste tornou-se uma força de união nas realizações dos eventos. O grande dia estava próximo e me veio o medo, a insegurança, eu já não me sentia digna. O desejo de desistir se tornou forte em mim, assim o fiz enviando mensagens para irmã Lúcia. Após, eu fui rezar o Terço da Misericórdia. A irmã tentando compreender o que me afligia me ligou e com palavras sábias me fez ver o quanto Cristo deve estar acima de tudo. O próprio Cristo nos pediu: ‘Permanecei em mim’. Busquei o Sacramento da Penitência e deixei o meu coração todo entregue à vontade do Pai. Chegou o grande dia, quanta emoção, e só senti o coração se aquietar no momento em que recebi a cruz de nosso arcebispo Dom Orani. Ouvi a voz de Cristo em mim dizendo: ‘Você venceu o medo e deixou a minha vontade se realizar em ti’. Depois desse momento, eu estava em festa, sim, a nossa assembleia, a instituição de catequistas e a homenagem ao nosso arcebispo Dom Orani foi uma grande festa, um momento memorável no qual tivemos a irmã Lúcia como maestrina, conduzindo uma orquestra de papel.
Dezenove de outubro de 2024, em nossa arquidiocese, foi um lindo dia, cheio de emoções e corações em festas.
Maria Cristina de Sá Rita, Paróquia Cristo Ressuscitado, em Padre Miguel – Vicariato Oeste