Brasão episcopal de Dom Hiansen Vieira Franco, bispo titular de Tigava e auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro
Resumo: escudo encimado pelo chapéu prelatício e pela cruz em cor dourada, adornada com cinco pedras em cor vermelha; ao centro, quadripartido em campos iguais, nas cores azul e vermelho. No campo azul superior, do lado direito do escudo, destaca-se a figura de uma estrela de oito pontas. O campo vermelho, do lado superior esquerdo, traz a imagem de uma concha. No lado direito inferior, em cor vermelha, sobressai a figura do Cordeiro Pascal; no lado inferior esquerdo, na cor azul, destaca-se a figura das ondas, encimadas pela âncora. Abaixo do escudo vê-se o listel em cor branca. No listel aparece a frase em língua latina: “Omnia Christus Nobis” – “Cristo é tudo para nós!”
Simbolismo: o chapéu prelatício lembra a missão apostólica do bispo como sucessor dos Apóstolos, em comunhão com o Colégio dos Bispos e com o Papa, designado a apascentar e guiar os fiéis cristãos a ele confiados. A cruz que encima o brasão lembra o Mistério da Redenção, a Vitória de Cristo sobre o pecado e a morte; lembra seu sacrifício salvador e sua doação pela salvação da Humanidade. Na cruz destacam-se cinco pedras em cor vermelha, lembrando as chagas do Senhor Crucificado, fonte de nossa salvação e esperança única da Humanidade. O campo azul, colocado à direita superior do escudo, evoca a grandeza de Deus, a plenitude de seu infinito amor que nos resgata de todo pecado, para nos introduzir na dimensão da eternidade, fim último de nossa peregrinação na fé. Representa, ainda, o Céu, meta para onde a Igreja está a caminho e para onde o ministério episcopal deve conduzir as ovelhas, a fim de que atinjam a plenitude de Cristo (Ef 4,13). No campo azul, destaca-se a estrela de oito pontas, evocando a Santíssima Virgem Maria, serva fiel do Senhor que, na plenitude dos tempos, se fez instrumento da Ação Salvadora de Deus (Gl 4, 4-5), a qual é fonte inspiradora do ministério do novo bispo que, firmado em seu patrocínio, busca, atentamente, a vivência de seu conselho maternal em Caná: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). O campo vermelho, colocado à esquerda superior, lembra o sacrifício redentor de Cristo, o derramamento de seu Precioso Sangue em favor da salvação da Humanidade, libertando-a das trevas de todo pecado (IPd 2,24); evoca o Espírito Santo, terceira da Santíssima Trindade que atua na Igreja, aquecendo e iluminando os corações dos discípulos no testemunho de Jesus Cristo. Destaca-se, neste campo, a figura de uma concha que recorda o Sacramento do Batismo, sacramento primeiro que nos insere no caminho do discipulado de Cristo; recorda, ainda, a nossa condição de peregrinos, sinal característico da vida de todo cristão que caminha rumo ao horizonte de Deus, à plenitude da Páscoa da Eternidade; lembra o sobrenome do novo bispo (Vieira), sobrenome que o remete ao pastoreio do povo que lhe foi confiado, com o qual é chamado a peregrinar na imitação do Bom Pastor, que deu a vida por suas ovelhas (Jo 10,11). No campo vermelho inferior direito, destaca-se a figura do Cordeiro Pascal, imagem do Ressuscitado, centro de toda a vida cristã e meta para qual deve tender toda a vida ministerial e eclesial; a imagem do Cordeiro Pascal lembra, ainda, a figura de São João Batista, santo de devoção do novo bispo, santo que nomeia o local de seu nascimento e traduz o seu nome; “Hiansen – filho de João”, aquele que anunciou e mostrou presente no mundo Jesus Cristo, nosso Senhor (Jo 1,29). No campo azul inferior esquerdo destaca-se a figura da âncora sobre duas ondas, evocando a esperança, virtude teologal sobre a qual a Igreja se debruça neste Ano Santo Jubilar (2025), no qual foi eleito o novo bispo, garantindo-nos a indulgência da Misericórdia que nos encoraja a peregrinar como discípulos, com os olhos fixos nas Mãos do Senhor (Sl 123,2). As ondas sobre as quais se destaca a âncora recorda a cidade do Rio de Janeiro, cidade litorânea, primeiro campo de trabalho para onde é enviado o novo bispo como discípulo e mensageiro da esperança que tudo fundamenta e renova, no Amor de Deus que foi derramado no coração da Humanidade pelo Espírito Santo (Rm 5,5). Abaixo do escudo, destaca-se o listel na cor branca com a inscrição latina “Omnia Christus Nobis” (Santo Ambrósio, De Virginitate, 16,99) – Cristo é tudo para nós! Lema escolhido pelo novo bispo como norte de sua missão de pastorear o rebanho do Senhor, sendo sinal de misericórdia e de paz e traduzindo em sua vida e ministério a Ação Salvadora de Cristo, que se fez tudo para nos conduzir ao Pai, fonte de toda a Graça e Salvação.
