Uma experiência de fé, serviço e convivência marcou a Juventude Vicentina em Chapadão do Sul (MS)
Entre os dias 27 e 31 de agosto de 2025, a cidade de Chapadão do Sul (MS) recebeu a Missão Jovem Vicentina, promovida pela Rede de Educação Vicentina. Foram 32 missionários voluntários, entre estudantes, coordenadores de pastoral, diretoras e religiosos, vindos de diferentes regiões do Brasil, unidos pelo mesmo propósito: viver intensamente o carisma de Santa Luísa de Marillac e São Vicente de Paulo no serviço aos mais necessitados.
O grupo contou com a presença da Irmã Maria da Penha Andreon, FC, responsável pela animação da Rede de Educação Vicentina na Província do Rio de Janeiro, além das Filhas da Caridade que atuam na Missão em Chapadão do Sul (MS), que acompanharam de perto cada momento desta linda missão. Os 24 estudantes missionários representaram os colégios Vicentino da Imaculada Conceição, Vicentino Santa Isabel, Vicentino Virgem Poderosa e Vicentino São José, vindos do Rio de Janeiro, Petrópolis, Vila Velha e São Paulo.
A missão teve como base o Centro Socioeducativo Nossa Senhora das Graças, obra social das Filhas da Caridade, que acolheu os jovens com carinho e entusiasmo. O primeiro dia foi marcado por uma calorosa recepção das crianças atendidas pelo projeto, um delicioso jantar preparado pelos Voluntários da JMV e senhoras colaboradoras do Centro Educativo. Uma dinâmica conduzida pela equipe de pastoral ajudou os missionários a se conhecerem melhor, criando laços de amizade e confiança para os dias seguintes, seguido de um descanso para reabastecer as forças e iniciarmos os dias de Missão.
Imersão e serviço – Vivendo a proximidade com a comunidade
O segundo dia foi marcado por um mergulho na realidade local. Após a oração de entrega da Missão, Irmã Maria Rita, FC, que atua na obra social, apresentou os desafios e esperanças do povo chapadense, mostrando a importância do trabalho educativo e social das Filhas da Caridade.
Divididos em grupos, os missionários realizaram visitas às famílias atendidas pelo projeto e permaneceram no centro conduzindo oficinas e brincadeiras com as crianças. No período da tarde, se integraram às atividades já existentes – capoeira, música, pintura, educação física e recreação. A vivência revelou aos jovens que a missão não é apenas ajudar, mas também compartilhar experiências e aprender com a comunidade.
O dia terminou com um profundo momento de reflexão e oração, no qual os missionários revisitaram o verdadeiro sentido da missão vicentina: ser presença fraterna, solidária e evangelizadora.
Escuta e empatia – Encontro com a Comunidade Terapêutica Nova Esperança
No terceiro dia, os missionários visitaram a Comunidade Terapêutica Nova Esperança, instituição voltada ao tratamento de dependência química e distúrbios psíquicos leves e moderados.
Ali, foram acolhidos por histórias de vida fortes, de dor e de superação. Os jovens tiveram a oportunidade de ouvir testemunhos dos acolhidos, participar das refeições, conviver e partilhar momentos de espiritualidade. Para muitos, foi um dos pontos mais marcantes da missão, pois a experiência despertou consciência, compaixão e esperança.
“Percebemos que não viemos para ensinar, mas para aprender. Cada história nos tocou profundamente. A missão nos faz olhar para o outro com mais humanidade”, partilhou um dos estudantes.
Celebração, convivência e espiritualidade
O quarto dia foi dedicado à convivência fraterna e à espiritualidade. Pela manhã e tarde, os jovens estiveram na Lagoa Santa, em um dia de lazer e integração.
À noite, participaram da missa da Comunidade Nossa Senhora das Graças, onde tiveram papel ativo na liturgia, com a proclamação das leituras e animação musical. A celebração reforçou o protagonismo da juventude vicentina, que não apenas serviu, mas também testemunhou sua fé de forma alegre e engajada.
Após a missa, um jantar festivo reuniu missionários e comunidade, seguido de uma emocionante celebração da luz em torno de Nossa Senhora. Testemunhos espontâneos dos jovens deram voz à gratidão e aos aprendizados adquiridos nos dias de missão.
A Missão Jovem Vicentina, foi também ocasião para recordar os ensinamentos de Santa Luísa de Marillac e São Vicente de Paulo: ambos insistiam que a verdadeira missão nasce do amor prático e concreto, que se manifesta em pequenos gestos de cuidado com os pobres e vulneráveis. “A caridade é inventiva até o infinito”, dizia Vicente, lembrando que não basta falar de amor, mas transformar palavras em ações de solidariedade.
Partida e envio – A missão continua
Na madrugada de sábado para domingo, os missionários se despediram de Chapadão do Sul e retornaram às suas cidades de origem. Mas não voltaram iguais: carregavam na bagagem experiências de fraternidade, alegria e compromisso.
A missão se encerrou, mas seu verdadeiro fruto permanece: o aprendizado de amar concretamente e a consciência de que cada jovem pode ser agente de transformação no lugar onde vive.
Escola de vida e espiritualidade
A Missão Jovem Vicentina 2025 foi mais do que um encontro: foi uma escola de vida e espiritualidade. Os jovens aprenderam que a missão não se limita a um tempo ou espaço, mas continua na sala de aula, na família, nos grupos de amigos e em todos os lugares onde a presença vicentina se fizer necessária.
A Missão Jovem Vicentina – “Base que educa, presença que transforma” –, é um convite para que todos sintam-se inspirados pela chama do carisma vicentino e reconheçam que a esperança, quando é vivida no amor e no serviço, nunca decepciona (Rm 5,5). “Base que educa, presença que transforma”
Pastoral da Rede Vicentina de Escolas
