A história de Francesca Cabrini, padroeira dos imigrantes, em cinemas do Rio de Janeiro

O filme “Cabrini” foi lançado no Brasil em 28 de novembro, e está em cartaz no Rio de Janeiro. O longa biográfico, dirigido por Alejandro Monteverde, que assina o roteiro ao lado de Rod Barr, tem no elenco Cristiana Dell’Anna (no papel de Cabrini), John Lithgow e David Morse.

A trama conta a história da imigrante italiana Francesca Xavier Cabrini,  fundadora das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus, que após testemunhar a doença e a pobreza nas periferias de Nova York, embarca em uma jornada para persuadir um prefeito hostil a fornecer moradia e assistência médica a centenas de crianças órfãs.

Com seu inglês precário e saúde fragilizada, Cabrini utiliza sua mente empreendedora para construir um império de esperança e solidariedade. Mulher audaciosa, enfrenta o sexismo e a aversão anti-italiana da época, e se torna uma das grandes empreendedoras do século XIX, transformando vidas e deixando um legado de compaixão em meio à adversidade. Ela dedicou sua vida aos órfãos e enfermos, criando centros de assistência na Itália, Espanha, Grã-Bretanha e em várias regiões dos Estados Unidos, América Central, Argentina e Brasil.

Santa Francisca Xavier Cabrini, conhecida como Madre Cabrini, se tornou a primeira cidadã dos Estados Unidos a ser canonizada como santa pela Igreja, em 7 de julho de 1946, pelo Papa Pio XII. O milagre que fundamentou sua beatificação foi a restauração da visão a uma criança que havia sido cegada por excesso de nitrato de prata nos olhos. O milagre de sua canonização foi a cura de uma freira, doente terminal.

Santa Francisca Xavier Cabrini nasceu em Sant’Angelo Lodigiano, região da Lombardia, em 15 de julho de 1850, e morreu em 22 de dezembro de 1917 – data de sua festa litúrgica –, no hospital para migrantes, que ela mesma havia construído em Chicago. Em 1950, foi proclamada padroeira celeste de todos os migrantes. Seus restos mortais se encontram na Escola Madre Cabrini, em Manhattan, Nova York.

Ao ficar órfã de pai e mãe, quis retirar-se para um convento, mas seu pedido foi rejeitado por causa da sua saúde precária. Então, decidiu cuidar de um orfanato.

Tendo-se formado em magistério, criou, com algumas companheiras, o primeiro núcleo das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração, sob a proteção do santo missionário Francisco Xavier. Quando professou os primeiros votos religiosos, quis acrescentar ao seu nome o de Xavier.

 

Vocação missionária

O caráter profético de Santa Francisca Xavier Cabrini destaca-se nas reflexões do Papa Francisco. Em uma carta às Missionárias do Sagrado Coração de Jesus, o Pontífice afirma que Santa Francisca “recebeu de Deus uma vocação missionária particular: formar e enviar mulheres consagradas ao mundo inteiro, com um horizonte missionário sem confins; elas não seriam, simplesmente, auxiliares de institutos religiosos ou missionários masculinos, mas tinham um carisma próprio de vida consagrada; estariam, plena e totalmente disponíveis a colaborar com as igrejas locais como também com as diversas congregações que se dedicavam ao anúncio do Evangelho ad gentes”.

 

Da Redação

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