Aliança de Casais com Cristo celebra 50 anos de missão no serviço à família

O jubileu de 50 anos da Aliança de Casais com Cristo (ACC) foi comemorado com uma missa na Catedral de São Sebastião, no Centro, presidida pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, no dia 8 de julho. O carisma e a estrutura do movimento foram estabelecidos, por iniciativa do casal Luiz da Luz Barreto e Maria Theresinha Ribeiro Barreto, exclusivamente às famílias e serviço à Igreja.

“Estamos reunidos para bendizer e louvar a Deus pelo jubileu da Aliança de Casais com Cristo. São 50 anos de existência e de atividades em benefício dos casais e das famílias e também da Igreja e da sociedade. Agradecemos ao casal Barreto e Therezinha que deu início ao movimento no Rio de Janeiro e hoje está presente em outras dioceses do Regional Leste 1 e do Brasil. A maneira que foi escolhido, com seus objetivos e estruturas, de ir ao encontro das situações concretas, tem feito muito bem aos casais”, disse o arcebispo.

“A Igreja tem grande consideração e preocupação em formar bem os casais e as famílias para que sejam presença cristã no meio da sociedade. Compete às famílias cristãs exercer bem a missão no meio do desequilíbrio atual que vive a sociedade, na qual a questão antropológica da vida humana nem sempre está muito clara. Reforçar o valor da família começando pelos casais é uma bela missão”, acrescentou o arcebispo.

Na celebração jubilar, que foi transmitida para todo o Brasil pela RedeVida de Televisão e pelo Sistema de Comunicação da Arquidiocese do Rio de Janeiro, estavam presentes diversos sacerdotes, entre eles, o pároco da Catedral, cônego Cláudio dos Santos. Da Aliança de Casais com Cristo estavam presentes o fundador, Luiz da Luz Barreto, o assessor eclesiástico nacional e regional, diácono Luiz Cezar Bahia, vários casais conselheiros e representantes paroquiais.   

Ainda na homilia, Dom Orani lembrou da responsabilidade dos membros da Aliança de Casais com Cristo na evangelização das famílias, já que, segundo ensinou o Papa São João Paulo II, “o futuro da Humanidade passa pela família”.

Ao refletir o evangelho do dia (cf. Mt 9,14-17), o arcebispo destacou que os membros do movimento “são testemunhas do bem que a Aliança de Casais com Cristo tem realizado na própria vida, no casamento e na família”, mas que há necessidade de renovar e adaptar-se às necessidades de cada tempo. 

“Jesus nos ensina que não devemos colocar remendo novo numa roupa velha, nem vinho novo em odres velhos. A novidade do Evangelho supõe transformação. A renovação começa com a nossa própria vida de conversão, de reavivar o carisma que um dia começou há 50 anos, e de levar a missão adiante com passos mais claros. Existem várias situações em relação ao casamento, aos filhos, à própria compreensão da vida humana, e a Aliança de Casais com Cristo é uma proposta também de novidade, de soluções para questões muito concretas. É preciso encontrar caminhos para responder as necessidades da família hoje e, para isso, é preciso pessoas, casais e famílias que vivam com alegria a vocação a que foram chamados”, destacou.

Na reflexão da primeira leitura (cf. Gn 27,1-29), Dom Orani destacou a importância da bênção aos filhos, tradição que contempla a aliança de Deus com o seu povo.

“Não podemos deixar que acabe o costume dos pais abençoarem seus filhos. Em meio a tantas vicissitudes e dificuldades no mundo de hoje, é importante contar com as bênçãos paterna e materna. De pedir que o Senhor conduza, que vem do íntimo do coração, a vida de nossos filhos e ilumine seus caminhos de conversão e de santidade.”

Ainda mais, acrescentou o arcebispo: “se faz necessário abençoar uns aos outros. Não custa nada dizer ‘que Deus te abençoe, te conduza e te ilumine’. Pode parecer algo tão simples, mas é colocar em nossa boca as bênçãos que vem do Senhor. É um desejo que a graça de Deus possa estar presente no coração e na vida de quem abençoamos. É um gesto que nos faz experimentar a bênção que vem do Senhor na nossa própria vida”.

Na conclusão da homilia, Dom Orani convidou os membros da Aliança de Casais com Cristo a viver na centralidade de Jesus Cristo, sempre em comunhão e unidade com a paróquia e a diocese, de dar respostas à sociedade através da própria vida. 

“O trabalho que iniciou de maneira bastante tranquila e simples há 50 anos em nossa arquidiocese tem hoje uma grande e grave responsabilidade. Celebrar o jubileu é recomeçar, voltar às fontes. É  abrir-se à ação do Espírito Santo, ver os desafios de hoje com as mesmas preocupações quando começou, e encontrar os melhores caminhos para evangelizar. Que cada membro do movimento possa viver a vocação como graça e missão, com os corações ardentes e pés a caminho”, disse.

 

Carlos Moioli

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