Ângelus no Cristo Redentor encerra a Trezena de São Sebastião

Já é uma tradição a Trezena de São Sebastião, que neste ano de 2022 teve como tema: “São Sebastião, arauto da comunhão”, e foi encerrada aos pés do monumento do Cristo Redentor, no Corcovado, no dia 19 de janeiro.

Acolhido pelo reitor do Santuário Cristo Redentor, padre Omar Raposo, e na presença de outros sacerdotes, Dom Orani conduziu a Oração do Ângelus, convidando a todos para viver, a exemplo de São Sebastião, a comunhão e a unidade.

“A visita da imagem peregrina de São Sebastião em nossa cidade, durante a Trezena, quer ser um sinal expressivo da presença de Deus entre nós, que chama à comunhão e à unidade”, disse Dom Orani. Na reflexão do Evangelho do dia – o episódio da cura do homem de mão seca em um dia de sábado -, o arcebispo explicou que não havia nada de errado em fazer o bem, entretanto, tramaram de como matar Jesus.

“A Palavra de Deus contempla a liberdade da vida que Jesus quer para todos os filhos de Deus. O homem estendeu a mão e ficou curado. Não havia nenhuma lei que impedisse de fazer o bem em um sábado, mas o excesso de legalismos impedia as pessoas de ver e de fazer gestos de salvação e de libertação”, disse o arcebispo. 

“Burocracias sempre tivemos, temos e teremos”, acrescentou Dom Orani, afirmando que, muitas vezes, a sociedade é presa em tantas burocracias e legalismos, que impedem as pessoas de fazerem o bem, ainda mais, ficam com medo de possíveis consequências”, afirmou.

Dom Orani concluiu a reflexão convidando os fiéis, diante de tantas realidades eclesiásticas, sociais e humanas, a serem “anunciadores da liberdade de uma vida nova, na qual as pessoas possam ser curadas de suas feridas e experimentem a salvação que vem de Jesus Cristo”. 

Ao conduzir a Oração do Ângelus e pedindo a intercessão de São Sebastião, Dom Orani rezou por todas as intenções do povo carioca, que nasceu ou que adotou a cidade para morar.

 

Cardeal da itinerância e da proximidade

Após a oração, padre Omar recordou que a imagem de São Sebastião percorreu, durante 13 dias, todos os cantos do Rio de Janeiro, que é uma Cidade Maravilhosa, amada por todos.

“Do alto da colina do Corcovado temos o privilégio de contemplar as belezas naturais da cidade aos pés do monumento que simboliza a fé de um povo e de uma nação. Peçamos a Deus que nos abençoe, que nos dê força e saúde, nos livre da pandemia e console os sofrimentos que afligem nosso povo”, disse o reitor.

“Temos certeza que o monumento representa o Cristo, o Redentor, que nos acolhe de braços abertos, nos fortalece, e que nos dê esperança por dias melhores”, acrescentou.

Padre Omar recordou que Dom Orani percorreu a cidade por 13 dias, enfrentando tempo chuvoso e de intenso calor para ficar próximo das pessoas.

“Temos que agradecer a força do nosso querido cardeal. Nada passa despercebido do seu olhar e de seu coração. Dom Orani é um grande homem de Deus, incansável, que não permite ficar trancado em seu gabinete, mas que vai ao encontro de suas ovelhas como nenhum outro arcebispo fez na história da Igreja no Rio de Janeiro”, disse.

“Dom Orani é o pastor da itinerância, da proximidade. É um homem de fé, da mensagem solidária, e merece todo o nosso carinho”, acrescentou o reitor.

Padre Omar destacou que a presença de Dom Orani no Corcovado consolida o espaço como lugar sagrado.

“A autoridade de Dom Orani como arcebispo desta cidade, a mais linda do Brasil, faz com que possamos sonhar e termos boas expectativas em relação ao futuro, com sua coragem e força. Que em São Sebastião possa fortalecer a Igreja no Rio de Janeiro e a todo nós, e nos sentirmos inspirados no ardor de nosso pastor.”

“Obrigado Dom Orani por sua presença, coragem, força e liderança entre nós. Que São Sebastião nos fortaleça e nos traga a luz e as bênçãos necessárias para bem viver”, finalizou padre Omar.

 

Responsabilidade

Ao finalizar o momento de oração, Dom Orani agradeceu as palavras do padre Omar, observando o esforço do reitor em tempos difíceis à frente do monumento.

“Padre Omar tem lutado bravamente, em tempos difíceis, para levar adiante a administração e o trabalho de evangelização do Cristo Redentor, que caminha para o centenário de sua inauguração. O monumento é um patrimônio da Arquidiocese do Rio de Janeiro, entregue pelo governo da época da inauguração, e que durante 90 anos tem conservado o monumento com a colaboração de patrocinadores. É um trabalho de muita responsabilidade por ser o que é o Cristo Redentor para o Brasil, concluiu Dom Orani. 

 

Carlos Moioli

Foto: Gustavo de Oliveira

 

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