Clero arquidiocesano agradece a Deus pelo aniversário de ordenação sacerdotal de Dom Orani

Os 49 anos do sacerdócio do arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, foram comemorados com missa em ação de graças, na Igreja de São Pedro, Príncipe dos Apóstolos, no Rio Comprido, no dia 7 de dezembro, memória de Santo Ambrósio. A celebração contou com a presença dos bispos auxiliares, do clero, de seminaristas, de consagrados e do povo de Deus. Entre os clérigos, o padre Roman Kuhnen, da Igreja Ortodoxa Russa.

Monge cisterciense, Dom Orani foi ordenado no dia 7 de dezembro de 1974, véspera da Solenidade da Imaculada Conceição, pelo bispo de São João da Boa Vista (SP), Dom Tomás Vaquero, na Paróquia de São Roque, em São José do Rio Pardo (SP), sua terra natal. No ano que vem, o arcebispo celebrará seu jubileu de 50 anos de sacerdócio.

No final da celebração, houve várias homenagens. Dom Orani disse: “agradeço a todos pelos cumprimentos. Rezo por todos e cada um para que juntos possamos continuar a nossa missão. Agradeço também a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro pela Moção de Congratulação e Aplausos pelos meus 49 anos de sacerdócio e o início deste ano jubilar sacerdotal, de iniciativa do vereador Rafael Aloisio Freitas”.

O arcebispo também agradeceu a mesma Câmara dos Vereadores pela moção post mortem ao monsenhor João dos Santos Almeida e ao padre José Avelino Fernandes Quadra, que tanto contribuíram com zelo pastoral na arquidiocese. Também a Moção de Congratulação e Aplausos a Dom Roque Costa Souza, bispo auxiliar de nossa arquidiocese, a Dom Assis Lopes e ao cônego Pedro Nunes de Almeida, cônego honorário do Cabido da Catedral.

Também agradeceu a concessão da Medalha Pedro Ernesto, principal honraria concedida pela casa de leis municipal, à Venerável Irmandade de São Pedro, Príncipe dos Apóstolos.

 

Carlos Moioli e Rita Vasconcelos

 

Dom Orani: ‘Semear esperança e confiança em todos os cantos que nós somos enviados’

(Homilia do arcebispo metropolitano, Cardeal Orani João Tempesta)

Agradeço a Deus pela alegria de celebrar o início do meu jubileu de ouro sacerdotal junto com vocês. A cada tempo de jubileu, a cada sete anos, como diz as Escrituras, sete é o tempo de jubileu que tudo se recomeça. Eu pensava, na manhã de hoje, em meu momento de oração, justamente sobre a minha trajetória de vida que, há 49 anos, jamais passaria pela minha memória. Naquela época, simplesmente, vivia e trabalhava a minha vocação sacerdotal. Depois de um tempo do diaconato, servindo a comunidade, e eu realmente pude servir com alegria em vários momentos da minha vida, depois como vigário paroquial da zona rural e na cidade, pároco, coordenador de pastoral, no Colégio dos Consultores e atividades diocesanas, e ver como o Senhor foi me conduzindo. Ao olhar a nossa história, nos resta apenas a nossa ação de graças de ter feito e por caminhar. Eu peço, justamente, do que disse a Palavra de Deus, hoje: que essa casa construída não seja sobre a areia, mas sobre o alicerce que é Jesus Cristo, a pedra viva, a pedra angular, a pedra que nos faz permanecer no Senhor. E foi o que eu pude relembrar da minha história, desde a minha catequese, o seminário. E pedi a Deus que aqueles alicerces que vêm, talvez poucos conheçam, pois o que se divulga na internet não fala dos alicerces, fala somente o que aparece, mas que possamos sempre, e cada vez mais, buscar os alicerces do Senhor, da Palavra do Senhor em nossa vida em Jesus Cristo; poder levar adiante, e reavivar esse Jubileu de Ouro que se avizinha, e toda a disponibilidade, toda alegria de servir ao Senhor, tendo passado tantas situações que machucam, às vezes, a Igreja, e a cada um de nós, de olhar com generosidade e esperança a nossa sociedade.

Ao concluir o 49º ano da minha vida sacerdotal, quero pedir a Deus, justamente, esse dom de dar continuidade com os alicerces que me possibilitam permanecer de pé e, ao mesmo tempo, de passar conduzindo a esperança e a confiança no Senhor. Isso eu tenho visto com tantos leigos, leigas, jovens, adultos, idosos, casados, solteiros, consagrados, consagradas, novas comunidades, seminaristas, padres, bispos, tantas pessoas de Deus, que têm feito a sua missão tanto no interior da Igreja como também na sociedade.

Eu agradeço a Deus por ver tantos belos sinais ao meu redor, as situações e ações que são inúmeras e não se noticia, não se fala sobre essa beleza do Evangelho no coração das pessoas. Por isso, com todo o dom que, um dia, eu recebi da vocação sacerdotal, posso agradecer por esse dom e ver as belezas e o belo na vida de cada um, e pedir ao Senhor que continue conduzindo a história e, também, nos fazendo, nesta cidade que tem as suas controvérsias, suas dificuldades, a ser sinais de esperança e confiança no Senhor. E que as vocações, aos quais eu dedico neste momento, possam também vir dessa mesma esteira de construir-se sobre os alicerces duradouros, e que possamos semear esperança e confiança em todos os cantos que nós somos enviados para anunciar, amando o povo de Deus, servindo com generosidade e alegria a nossa população, e fazendo a diferença nessa sociedade muitas vezes carente, cheia de problemas e violências, para anunciar a Boa Notícia, a paz, a salvação e a esperança que é Jesus Cristo.”

 

Dom Roque: ‘Somos testemunhas, bispos e vigários episcopais, do zelo pela Igreja e pela nossa amada arquidiocese’

(Mensagem do bispo auxiliar Dom Roque Costa Souza)

Meu querido pai e pastor, Dom Orani, na abertura do seu que se torna nosso Jubileu de Ouro Sacerdotal, queremos expressar a nossa gratidão, primeiramente a Deus pelo dom da sua vida, que através de seus pais que geraram e educaram na fé cristã, sendo a base para, mais tarde, ingressar no mosteiro e iniciar o caminho vocacional.

Neste dia que o senhor faz questão de dedicar à promoção das vocações, na oração, na oferta de si mesmo, e na ação de ser um canal da graça de Deus para despertar o chamado, destaco alguns detalhes, e em cada mês teremos essa nossa participação, preparando o grande Jubileu de Ouro Sacerdotal:

– A proximidade junto aos promotores vocacionais em cada vicariato, presidindo as nossas reuniões, e ouvindo atentamente como está a missão vocacional nos 12 vicariatos;

– O zelo pelas vocações nesta etapa é essencial e por onde o senhor passa, deixa o impacto seja com os coroinhas e cerimoniários, jovens e adultos, os crismados que o admiram como pessoa e como pastor;

– Suas palavras na carta pastoral, por ocasião do Ano Vocacional Sacerdotal, em 2019: “os frutos de uma vocação dependem da correspondência aos planos de Deus, afinal tudo será ensinado por Cristo, aprendido em Cristo e praticado em comunhão com Cristo. Desse modo, fora daquilo que Ele ensinou, não há nada que seja agradável aos seus olhos porque tudo que recebeu do Pai, Ele nos transmitiu. A força de Deus se manifesta em nossa fraqueza humana somente quando trilhamos o caminho da humildade e do abandono a Ele. Assim como Jesus, muitas vezes, sobe o monte e se afasta da multidão, o vocacionado, para dar continuidade à sua missão como apóstolo, também deve se afastar daquilo que o oprime, impedindo-o de compreender a dinâmica do chamado, pois o sacerdote é tomado dentre os homens e designado para servir a Deus, em favor deles”;

– Com os seminaristas, principalmente os que exercem a missão no corpo de cerimoniários, a oportunidade do diálogo e conhecimento, a preocupação de levá-los à casa ou ao seminário, e chegarem em segurança, não importa o deslocamento, se a celebração é Campo Grande e o seminarista reside lá no Recreio, o senhor os conduz em segurança, isso no período das férias;

– Os nossos formadores podem contar com a sua atenção e orientação para conversar os rumos da formação em nossos seminários, seguindo as orientações da Ratio;

– Na Carta dos Sacerdotes, por ocasião da Quinta-Feira Santa, em março de 2018, o senhor expressa: “como indigno servo desta Igreja Particular, devo zelar por todos, e por cada sacerdote, o que tenho procurado fazer, apesar das dificuldades que existem de tempo e espaço, em virtude da grande extensão de nossa arquidiocese. Porém, peço a Deus que diante disso me enriqueça sempre e com força e diligência, grande parte desse cuidado, creiam, realizo-o no silêncio das minhas orações cotidianas, quando entrego e confio a vida, e o ministério de cada um de vocês meus filhos no sacerdócio, ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria. Também confio todos os dias a Virgem Santíssima os meus limites pessoais como pastor deste grande rebanho, pedindo a graça de suplantá-los ainda que a custe, a fim de que isso se reverta em frutos para todos vocês. Um entre irmãos com a responsabilidade de conduzir o rebanho de Cristo”;

– Quando o senhor foi chamado ao episcopado, não houve descontinuidade da missão. Recebeu a plenitude do sacerdócio de Cristo, e somos testemunhas, bispos e vigários episcopais, do zelo pela Igreja e pela nossa amada arquidiocese;

“Que todos sejam um” é o lema que conduz o seu pastoreio. Muito obrigado, amado Cardeal Tempesta. Parabéns! Nossos votos de felicidade, saúde e paz rumo aos 50 anos de sacerdócio.”

 

 

Cônego Cláudio: ‘Queremos que o senhor conte sempre com os braços de cada um de nós’

Em nome de todo clero, desejo dirigir-te estas palavras, estimado pai e pastor, Dom Orani Cardeal Tempesta, na ocasião das comemorações dos seus 49 anos de vida sacerdotal. Dentre tantas palavras que poderíamos exemplificar a sua vida sacerdotal, destaco algumas delas: gratidão, serviço, amor, e a mais forte de todas é a unidade. É esta unidade que faz com que, hoje, nós nos reunamos aqui em torno de altar, como naquele dia 7 de dezembro de 1974, na Paróquia São Roque, em São José do Rio Pardo (SP) quando, pelas mãos de Dom Tomás Vaqueiro, o senhor recebeu o segundo grau do Sacramento da Ordem. Tenho a certeza de que algumas mudanças aconteceram em sua vida de São José do Rio Pardo, o senhor veio para São Sebastião do Rio de Janeiro. São José e São Sebastião são os santos que cuidam do senhor. O pardo passou para o janeiro e só ficou realmente o rio. Assim como os braços de um rio, o senhor vem trazer alegria à cidade de Deus, à morada do Altíssimo. Queremos que o senhor conte sempre com os braços de cada um de nós. Falo, sem dúvida nenhuma, em nome dos bispos auxiliares, dos padres, diáconos, seminaristas, de todo o povo fiel, para que cada vez mais essa busca pela unidade seja uma constante realidade entre nós.

Por fim, com este intuito, inspirado por seu desejo vocacional neste ano jubilar, que em cada uma das nossas paróquias, capelas, em nossos seminários, irmandades, confrarias, pastorais e movimentos, enfim, em cada canto, nós possamos, unidos ao senhor, celebrarmos este ano jubilar.”

 

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