Cônego Cláudio dos Santos apresenta logomarca oficial do Jubileu de 50 anos da Catedral de São Sebastião

A Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro deu um passo significativo na preparação para o seu Jubileu de Ouro durante a celebração eucarística do dia 16 de novembro.

Ao final da missa presidida pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, o pároco da Catedral, cônego Cláudio dos Santos, apresentou oficialmente a logomarca dos 50 anos da transferência da Catedral para a Avenida República do Chile, que será celebrada em 2026. A marca foi criada pelo jovem designer Davi Tellini, da Paróquia São Benedito, em Pilares, e traduz a identidade espiritual deste jubileu, cujo tema é “Casa de oração para todos os povos” (Is 56,7) e o lema “Presença + Acolhimento + Comunhão”.

Ao dirigir-se ao arcebispo e à comunidade presente, o pároco expressou gratidão pelo momento histórico que a Catedral vive. “Estamos muito honrados com esta oportunidade que Deus nos permitiu ao longo dos meus 27 anos de vida sacerdotal e, desses, oito à frente da Catedral de São Sebastião”, afirmou. Ele destacou a Providência divina por presenciar o início deste ciclo festivo: “Quis o bom Deus que, neste período, pudéssemos ter a graça de abrir a preparação para os 50 anos da nossa Catedral Metropolitana.”

O cônego Cláudio dos Santos, que também é o vigário episcopal do Vicariato de Pastoral, recordou que a Catedral completa, neste ano, 49 anos de sua transferência da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, a Antiga Sé, situada na Praça XV, para o templo atual. Nesse contexto, apresentou a logomarca jubilar, explicada em seus elementos visuais e simbólicos.

Segundo o pároco, a cor dourada predomina para representar o Jubileu de Ouro. No centro, aparece a estrutura cônica da Catedral, marco arquitetônico que identifica a Igreja-mãe da Arquidiocese do Rio. Ao lado direito está o campanário, construído posteriormente, com uma cruz no topo. A partir dessa cruz nasce um arco que envolve a imagem do templo e alcança o número 50. “Esse semicírculo indica que, por Cristo, com Cristo e em Cristo encontramos a fonte e o cume de todas as coisas”, explicou. O pároco relacionou ainda o símbolo à unidade da Igreja: “No Cristo somos um, para que todos sejam um.”

Cônego Cláudio dos Santos ressaltou que os raios luminosos presentes na arte representam a presença de Deus irradiada pela Catedral sobre a cidade, alcançando fiéis, peregrinos e turistas. A porta aberta é sinal de acolhimento: “Sendo a casa de oração para todos os povos, todos podem entrar e devem encontrar neste lugar o amor de Deus que acolhe com gratuidade.”

O pároco enfatizou que o júbilo da Catedral deve incluir, de modo especial, os mais vulneráveis: “Quando nos referimos a todos, queremos indicar sobretudo aqueles que nada possuem, os pobres, os que vivem em situação de miséria e têm sua dignidade ferida, os doentes, as crianças, os jovens e os idosos, independentemente do estado de vida.”

Ao explicar o traço que envolve a imagem, reforçou o sentido comunitário do jubileu. “O semicírculo que se inicia na cruz é envolvente para manifestar a comunhão: com Deus, entre nós e também com todos, especialmente quando nos reunimos em torno do bispo na Catedral.” Ele lembrou que a forma cônica do templo remete à centralidade de Cristo, “fonte de comunhão que nos reúne para glorificar o Pai que está nos céus.”

O cônego Cláudio dos Santos destacou ainda que, na mesma data, a Catedral celebrava 349 anos de sua criação, dos quais 49 já vividos no local atual. Encerrando sua fala, convidou o arcebispo a apresentar a marca jubilar ao povo: “Esta logomarca marca o jubileu da nossa Catedral de São Sebastião e traz para cada um de nós o significado destes cinquenta anos.”

 

Carlos Moioli

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