Contribuir para a salvação dos irmãos

“Eu até tive um sonho, e nesse sonho eu estava morrendo e as irmãs em volta de mim. E eu quis dizer aquilo que seria a minha palavra mais importante antes de morrer, como que o meu testamento. Eu dizia: “Minhas filhas, almas, amas, almas”. Nós estamos aqui, vivemos, trabalhamos, amamos, estudamos, sofremos, tudo em função da salvação dos nossos irmãos.

Por que? Porque é isso que Jesus quer, é isso que Deus quer. E eu quero aquilo que Ele quer. Se a Sua vontade é a nossa santificação e que todos se salvem (1Tm 2,4), a nossa vontade também deve ser a nossa santificação e que com a nossa vida, a nossa oração, os nossos sofrimentos, partilhando a cruz de Cristo, possamos com Ele, por Ele e n’Ele contribuir para a salvação dos nossos irmãos.

Madre Maria Helena Cavalcanti, em 23/9/2000

 

A verdade da vida é carregada de eternidade

“Para nós, cristãos, há sempre uma saída, um caminho que desce até o sepulcro e depois, sobe ao céu. Essa descida e essa ascensão nós a fazemos por Cristo e em Cristo: Caminho doloroso, Verdade que fortalece e Vida que ilumina.

Olhar em tudo o fim para o qual fomos criados é libertação da angústia da finitude. O desespero acompanha o que não conhece o Caminho. Por que caminhar? Para onde caminhar?

Amadurecemos quando descobrimos a morte e a finitude não só dos outros, mas a nossa. Todavia, essa descoberta nos aponta o rumo certo da viagem, dá sentido ao cansaço de nossos passos e nos ensina a subir, descendo.

No fundo do poço, só a nesga do céu é visível, e essa visão é verdadeira e definitiva, não sendo sobreposta por outras visões que podem reduzir e desviar.

A verdade da vida é carregada de eternidade, o provisório é fagulha de eternidade.

 

Madre Maria Helena Cavalcanti, em 5/1/1994

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