Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado aos pés do Cristo Redentor

No dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, foram realizadas diversas atividades pela conscientização da preservação do meio ambiente, promovidas pelo Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, no Corcovado, em parceria com o Vicariato para o Meio Ambiente e Sustentabilidade da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

As atividades foram iniciadas com o plantio de mudas de plantas nativas da Mata Atlântica nas escadarias que dão acesso ao monumento, numa ação idealizada pelo vigário episcopal do Vicariato para o Meio Ambiente e Sustentabilidade, padre Josafá Carlos de Siqueira.

Também foi assinado um termo de parceria com a Orla Rio, a fim de promover a integração institucional e a promoção de atividades e projetos voltados ao desenvolvimento de ações relacionadas à sustentabilidade, bem como fomentar ações em prol de políticas públicas de acessibilidade.

 

Celebração

A Santa Missa, que fez parte da programação, foi presidida pelo arcebispo metropolitano, Cardeal Orani João Tempesta, e concelebrada pelo reitor do Santuário Cristo Redentor, padre Omar Raposo, pelo padre Josafá Carlos de Siqueira e por diversos sacerdotes.

Na homilia, Dom Orani lembrou que diante da infinitude da expansão cósmica o homem não passa de um grão de areia, e a terra, conforme já fotografada, parece uma pequena estrelinha, longe de tudo. A Escritura, continuou o arcebispo, fala da grandeza da criação, e contempla, por exemplo, as profundezas do mar e as várias camadas da terra.

“São elementos da criação que parecem pequenos e, ao mesmo tempo, tão grandes. É o ambiente onde nós moramos, essa é a nossa casa. O Papa Francisco, na “Laudato Si’”, foi muito feliz de estabelecer e cunhar a expressão é a nossa Casa Comum”, disse.

“Nós estamos morando na mesma casa, ou no mesmo condomínio, se quisermos chamar assim, em que dependemos uns dos outros, mas nem sempre chegamos a uma conclusão comum de cuidar dessa casa que é comum de todos nós”, acrescentou o arcebispo.

Dom Orani lembrou que o Rio de Janeiro é belo pela sua natureza, mas ao percorrer a cidade se depara com situações que causam tristeza, como por exemplo, valões com lixo e tantos lugares desérticos, sem o verde das árvores, que são situações que carecem de transformação.

“Não somos uma bolha, longe de tudo. Dependemos uns dos outros e também do que está ao nosso redor, do frio, do calor, do verde. Temos a responsabilidade de cuidar e conservar o que é nosso, o que nos foi dado por Deus, a água, o ar, a fauna, a flora, a terra”, disse.

Feliz pelo padre Josafá, que aceitou a missão de conduzir o Vicariato para o Meio Ambiente e Sustentabilidade, pelas iniciativas já realizadas e pelo empenho em criar na arquidiocese a cultura da “Laudato Si’”, o arcebispo exortou a todos sobre a responsabilidade cristã diante da criação.

“Acompanhado de várias pessoas, padre Josafá plantou mudas de cinco espécies dentro de uma imensa floresta. Pode parecer pouco, mas é simbólico, um gesto proativo de começar a dar passos, de ser exemplo para que façamos o mesmo. Cuidar da Casa Comum é uma consequência da vida humana e cristã. Humana porque somos habitantes da mesma casa, e cristã porque como cristãos devemos fazer o bem, tanto para as pessoas, como para a natureza, o meio ambiente”, concluiu o arcebispo.

 

Sustentabilidade

No final, o Setor Cristo Sustentável do Santuário Cristo Redentor apresentou o material reciclado coletado no “Dia da Geral”, realizado na Praia do Recreio, que será usado para a confecção de tapetes na procissão de Corpus Christi, em São Gonçalo, cidade na qual foram montadas a cabeça e as mãos do monumento do Cristo Redentor, na década de 1930. A celebração terminou com a iluminação do monumento ao Cristo Redentor na cor verde, dando ênfase ao “Junho Verde”, que tem como data especial o Dia Mundial do Meio Ambiente.

 

Rainha da Ecologia

Fez parte da celebração a apresentação, conduzida pelo padre Josafá, da devoção a Nossa Senhora, Rainha da Ecologia, acompanhada da recitação da Ladainha.

“Introduzimos em nossa arquidiocese uma devoção importante e inédita a Nossa Senhora. Afinal, ela é nossa advogada, intercede por nós junto a Jesus, e mais do que justo, também intercede pela nossa Casa Comum. Temos o privilégio, no cristianismo, de ter a força de uma mulher que intercede por nós. Que Maria Santíssima, mãe de Jesus, nossa mãe, possa ser a nossa Rainha da Ecologia. Então, nós escolhemos esta imagem para significar, representar a Nossa Senhora Rainha da Ecologia”, disse padre Josafá.

 

Carlos Moioli

 

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