O Dia Nacional do Terço dos Homens foi celebrado na Catedral de São Sebastião, no Centro, no dia 8 de setembro, com a participação de membros de todos os vicariatos da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Segundo o assessor eclesiástico do Terço dos Homens, diácono Melquisedec Ferreira da Rocha, a data é celebrada na Festa da Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria. Foi instituída com a publicação da Lei 14.558, de 2023, proveniente do PL 2.676/2021, apresentado pelo deputado federal Eros Biondini, de Minas Gerais.
“Cada diocese do Brasil é convidada a celebrar a data. Em nossa arquidiocese tivemos a iniciativa de ter uma manhã de oração e espiritualidade na Catedral. Iniciamos às 8h, com a entrada da imagem de Nossa Senhora da Penha, seguida da recitação do Terço de Nossa Senhora”, explicou o diácono Melquisedec.
“Foi um dia de agradecer a Deus por tão belo movimento, que contou com a participação de membros de todos os vicariatos. Para o próximo ano já estamos desejosos de repetir o mesmo na Catedral, a Igreja Mãe, que acolhe a todos”, acrescentou o diácono.
Intercessores
Após a recitação do Terço de Nossa Senhora, o vigário episcopal para a Vida Consagrada e Novas Comunidades, Dom Roberto Lopes, presidiu Santa Missa em ação de graças pela data, lembrando que a Palavra de Deus e o Terço Mariano são duas armas que o cristão tem para o combate espiritual. “O Rosário é profundamente cristocêntrico, porque Maria nos leva para Jesus”, disse.
Na homilia, Dom Roberto fez um paralelo do Evangelho com o movimento do Terço dos Homens, na qual observou que Jesus transformou radicalmente a vida do surdo que ele curou, ao abrir seus ouvidos e soltar a sua língua, tornando-o capaz de caminhar, comunicar, escutar, falar, partilhar e entrar em comunhão.
“Tive a experiência de conhecer a dinâmica do Terço dos Homens em Rondônia, na pequeníssima cidade do Alto da Boa Vista, onde o pároco teve que ampliar a igreja porque o número de homens que participavam do terço e da Eucaristia era superior ao das mulheres. Eram em torno de 1.500 homens para 300 mulheres. A partir do momento em que esses homens ouviram e soltaram a língua, Deus fez maravilhas”, disse.
Dom Roberto lembrou que, no Evangelho, o texto não identifica quem conduziu o surdo até Jesus, mas supõe-se que fossem pessoas pedindo ao Senhor para colocar as mãos sobre ele. São os intercessores.
“Rezar o terço é sermos intercessores. Também é a nossa missão. Os que já descobriram Jesus, os que se deixaram transformar pela sua palavra, os que já aceitaram segui-lo devem dar testemunho dessa experiência e levar outros irmãos para o encontro com Ele. Temos que ser multiplicadores em nossas paróquias e comunidades”, exortou.
Recordando os ensinamentos de São Domingos de Gusmão, propagador da devoção mariana do Rosário, Dom Roberto disse que o Terço dos Homens é uma iniciativa de Deus e da Virgem Maria que, por meio da simplicidade da oração mariana, transforma a vida de tantos homens pelo país afora.
“Os grupos do Terço dos Homens têm crescido muito nos últimos anos, e mostraram que a devoção não é só para as mulheres. A oração do terço é contemplativa, acessível a todos, aos leigos, clérigos e doutores, e os une espiritualmente com Maria, para permanecerem unidos a Jesus. O Rosário é uma arma espiritual na luta contra o mal e toda a violência, para promover a paz nos corações das famílias, na sociedade e no mundo. Tenho certeza que Terço dos Homens é uma devoção mariana maravilhosa e eficaz”, completou Dom Roberto.
Carlos Moioli