A Santa Missa de encerramento do 13º Formise (Formação Missionária de Seminaristas) foi presidida pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, na Igreja da Irmandade de São Pedro, Príncipe dos Apóstolos, no Rio Comprido, na manhã do dia 11 de julho.
“Agradecemos ao Senhor pela oportunidade de sediar o 13º Formise na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, e pedimos que Ele conceda a todos nós, de maneira especial aos seminaristas, a graça do ardor missionário, para que possamos contagiar a todos com a boa nova da salvação, dando testemunho que Deus habita em nossas cidades”, disse Dom Orani.
Entre os concelebrantes estavam o bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário do Regional Leste 1 da CNBB, Dom Antonio Luiz Catelan Ferreira, o bispo da Diocese de Caxias, Dom Tarcísio Nascentes dos Santos, o reitor do Seminário Arquidiocesano de São José, cônego Jorge André Pimentel Gouvêa, o secretário nacional da Pontifícia União Missionária, padre Rafael Lopez Villasenor.
O evento, que reuniu 200 seminaristas de todo o Brasil no Seminário Arquidiocesano de São José, no Rio de Janeiro, foi organizado pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) e pela coordenação nacional dos Conselhos Missionários de Seminaristas (Comise).
Vocação e missão
Na homilia, ao refletir a liturgia do dia, Dom Orani disse que a vocação do missionário é levar a paz por meio do anúncio do Reino de Deus, da Boa Notícia. “Quem não aceitar a paz, ela volta para quem desejou, aí o missionário deve sacudir a poeira e ir para outro lugar. O missionário é alguém livre e despojado que na liberdade dos filhos de Deus anuncia a salvação que vem de Deus”.
Segundo o arcebispo, diferente do povo infiel, como diz o texto do profeta Oséias (Os 11,1-4.8c-9), o missionário é chamado a experimentar o amor de Deus. “Quem ama e experimenta a presença de Deus em sua vida não vai cultuar falsos deuses, ídolos e idolatrias, que aparecem a cada momento, mas, com toda a liberdade, transparência, disponibilidade e abertura, andar pelos caminhos do Senhor”.
Dom Orani lembrou aos seminaristas a necessidade da missão nas periferias existenciais e geográficas para que, por meio da evangelização, revelar o rosto de Deus que habita na cidade. “Como peregrinos da esperança – de acordo com o tema do Jubileu de 2025 –, devemos passar pelo mundo fazendo o bem, para que as pessoas, ao confiar na força da Palavra de Deus, possam fazer a experiência do amor de Deus”.
O arcebispo lembrou que o anúncio do Evangelho, de Jesus Cristo, não significa ir contra as culturas, nem tampouco contra a liberdade religiosa. “Somos chamados a dialogar com todos, com as várias culturas, mas não podemos deixar de testemunhar em quem acreditamos. O Senhor é a nossa vida e devemos testemunhá-Lo. Ir, de dois a dois, para testemunhar a fraternidade, o amor mútuo, levando o testemunho do encontro com Jesus Cristo às pessoas. É bem a missão dos cristãos em meio ao mundo, no meio da sociedade.”
Aos seminaristas missionários que estarão em missão no bairro de Sepetiba, como gesto concreto do 13º Formise, Dom Orani lembrou a necessidade de ter sempre um coração disponível para servir e testemunhar Jesus Cristo.
“Desejo que a missão a ser realizada no Rio de Janeiro pelos seminaristas, acompanhados de sacerdotes e fiéis leigos, possa fortalecer o ardor missionário. A cidade, como qualquer outro local, tem necessidade da missão, da presença dos missionários, da missionariedade, já que a maioria do povo brasileiro vive nas cidades. Porém, somos chamados a ser presença nas periferias geográficas e também existenciais para levar a vida, que vem de Jesus Cristo.”
Ao agradecer a Deus pela realização do 13º Formise, no Rio de Janeiro, o arcebispo enviou todos para a missão, pedindo ao Senhor que a cada um possa receber o dom do ardor que se revitaliza, que torna diferente a vida e a presença na sociedade. “Que o Senhor ilumine cada um para que possam continuar, cada vez mais, levando adiante a bela e importante vocação e missão.”
Carlos Moioli e Rita Vasconcelos