A Santa Missa do oitavo dia da novena em honra ao padroeiro da Paróquia Bom Jesus, situada na comunidade de Manguariba, em Paciência, foi presidida pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, no dia 4 de agosto.
As festividades do padroeiro, que é celebrado no dia da Festa da Transfiguração do Senhor – 6 de agosto –, foram organizadas pelo pároco, padre Walace Evangelista do Prado, que está à frente da comunidade paroquial desde o dia 7 de agosto de 2020.
Padre Walace aproveitou a presença do arcebispo para homenageá-lo pelo seu jubileu de 50 anos de ordenação sacerdotal, que acontecerá em dezembro. Ele também recebeu o carinho de seus paroquianos, já que o primeiro domingo, dentro do Mês Vocacional, é dedicado ao Dia do Padre.
“Nossa paróquia se alegra com a presença de Dom Orani na novena do padroeiro. Particularmente fico feliz de no Dia do Padre acolher aquele que me ordenou sacerdote para a Igreja. Acolher Dom Orani no Dia do Padre nesse ano jubilar de sua ordenação foi uma graça singular, por isso nossa paróquia celebrou com alegria seu sacerdócio. Acolher Dom Orani é sempre motivo de renovação espiritual para toda a comunidade”, disse padre Walace.
No final da celebração, Dom Orani recebeu homenagens por parte da comunidade. “Os coroinhas fizeram uma homenagem, e um deles entrou vestido de ‘Dom Orani’, e roubou um sorriso sincero do cardeal”, observou padre Walace.
O seminarista Rodrigo leu mensagem evidenciando o pastoreio do arcebispo que há 50 anos vem servindo a Igreja e o povo de Deus através de seu lema: “Ut Omnes Unum Sint” – “Para que todos sejam um” (Jo 17,21). Segue a mensagem:
“Diz a Palavra de Deus: ‘Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração’ (Jr 3,15). Esta é a promessa de Deus para o Seu povo desde a Antiga Aliança, promessa que se cumpre na plenitude em Nosso Senhor Jesus Cristo e por meio e a partir d’Ele, continua em todos os sacerdotes que a santa Mãe Igreja consagrou e consagra para que perpetuem nos quatros cantos da Terra o sacrifício e a missão de Seu Divino Esposo e nosso Redentor, e um dos maiores desejos do amorosíssimo Coração de Jesus era que todos pudéssemos ser um, em torno d’Ele.
Este ardente desejo do Senhor precisa estar presente no coração de todo verdadeiro pastor, e quis a Providência divina que nós tivéssemos um pastor assim, desejoso pela unidade de seu rebanho, como Cristo. Nascido em São José do Rio Pardo, interior de São Paulo, pertencente à Diocese de São João da Boa Vista, e desde muito cedo tendo entregue totalmente a Deus a sua vida ao entrar para o Mosteiro Cisterciense de Nossa Senhora de São Bernardo, foi retirado do meio dos homens e colocado em favor deles para ser ordenado presbítero em sua cidade natal, depois vigário e pároco da Igreja de São Roque; prior e abade de seu mosteiro e abadia; bispo da Diocese de São José do Rio Preto (SP); arcebispo de Belém do Pará; há mais de 15 anos, arcebispo de nossa querida e maravilhosa cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro e há mais de 10 anos cardeal de nossa santa e amada Igreja.
Uma história recheada de missões, ofícios importantes e intensa evangelização, buscando em tudo e para todos comunicar o Cristo Bom Pastor, razão de ser de toda a sua trajetória e ministério.
São quase 50 anos de uma vida inteira doada incansavelmente pelo Reino de Deus, num amor e dedicação que causam profunda admiração e impacto nos corações que têm a alegria de vos encontrar, e certamente inspira muitos e muitos jovens a fazerem o mesmo, entregarem-se totalmente àqu’Ele que Se entregou sem reservas a cada um de nós.
Como dizia o Santo Cura d’Ars, padroeiro dos padres: “O sacerdote é o amor do Coração de Jesus”, e louvamos e bendizemos ao Bom Deus por nos ter dado um pastor que é, diante de nossos olhos, o amor de Cristo encarnado, vivo, presente e atuante no meio de nós. Vossa Eminência, muito obrigado pelo seu fecundíssimo pastoreio, que a Virgem Maria, a Santa Mãe da Providência, cuide sempre mais de seu ministério, e, mais uma vez, parabéns por estes 50 anos em que a sua vida se tornou a vida do próprio Cristo sacerdote e Bom Pastor.”
Carlos Moioli