O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida celebrou uma Santa Missa em ação de graças aos 50 anos de ordenação sacerdotal de Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida (SP).
A celebração, presidida por Dom Orlando, no Altar Central, na manhã do dia 6 de julho, foi concelebrada pelos arcebispos Cardeal Orani João Tempesta, da Arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), Cardeal Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília (DF), e pelos demais bispos, sacerdotes e religiosos presentes.
Com a Casa da Mãe cheia de fiéis, a celebração também reuniu bispos de diversas dioceses, sacerdotes, diáconos e leigos que foram tocados pela liderança de Dom Orlando ao longo de sua trajetória. A celebração também teve a liturgia cantada e tocada pelo Coro Arquidiocesano de Aparecida e a Orquestra do Projeto de Educação Musical do Santuário de Aparecida.
Antes da homilia do arcebispo de Aparecida, o missionário redentorista e reitor do Santuário Nacional, padre Eduardo Catalfo, leu mensagem enviada pelo Papa Francisco.
“Como dever de nossa memória e fraterna feição agradecemos a prolongada e dirigente missão de operário do Senhor junto de muitíssimas comunidades eclesiais confiadas a seus cuidados. Também a missão exercida junto à Conferência dos Bispos do Brasil e da Conferência dos Bispos da América Latina. Agradecemos a comprovada solicitude na qual é perseverante de testemunhar em obras, os preceitos evangélicos de anunciar Jesus Cristo com assíduo e sábio ministério no vínculo da caridade para o bem de sua Igreja”.
Em seguida, Dom Orlando iniciou sua homilia agradecendo ao Papa Francisco e também ao padre Eduardo Catalfo, por seu cuidado ao santuário e também pela celebração desta festa do amor de Deus.
“Quando Deus escolhe sacerdotes, está pensando em seu povo. Festa do amor de Deus, amor misericordioso, amor paciente e amor providência”.
Ele deu continuidade, saudando e agradecendo todo o público presente.
“E assim saudando a todos vocês irmãos e irmãs quero pedir-lhes: ajudem-me a pedir perdão, ajudem-me a agradecer e ajudem-me a ser fiel. A primeira leitura tem tudo a ver com o sacerdócio, porque diz assim: ‘Vamos reconstruir a tenda que caiu, tenda lembra depois da arca, lembra o templo, lembra a igreja, e nós podemos cair, por isso, hoje se diz muito não só reconstruir a tenda, mas alargar a tenda. Que a Igreja alargue o anúncio do Evangelho, principalmente dos sacerdotes”.
Dom Orlando falou que pensou em um texto bíblico que poderia ser o símbolo desses 50 anos de missão e em seu coração recebeu: “Sem mim, você padre nada pode fazer”.
“Sem mim, nada. E o apóstolo também nos escreveu: “se eu não tiver amor, eu nada sou”. Isso mesmo, que essa Palavra possa confirmar o sacerdócio de todos nós e claro, tudo por causa de um grande amor, por isso você nasceu, por isso você é batizado, por isso somos sacerdotes, bispos, cardeais, religiosos e religiosas, tudo por causa de um grande amor”.
O arcebispo ainda compartilhou um pouco sobre sua caminhada nesses 50 anos de missão e contou sobre seus amores, tesouros e remédios.
“Eu também vivi de três tesouros: primeiro o Pai, segundo o povo e terceiro os pobres, que são ricos de Deus”.
“E cinco remédios que tomei, cinco remédios para nós padres: primeiro, o lecionário, a Palavra; segundo remédio, o Sacrário, a Eucaristia; terceiro remédio; o confessionário no qual a gente reaviva a aliança e fidelidade. O rosário é outro remédio, lembrando de Maria. E claro, o calvário, diante do crucifixo nós entendemos muito bem nossa missão”.
Antes da bênção final, o superior provincial da Província de Nossa Senhora Aparecida, padre Marlos Aurélio, dirigiu algumas palavras a Dom Orlando, em nome da Família Redentorista.
“Queremos louvar, junto com o Senhor, seu ministério de 50 anos, e por tudo aquilo que o Senhor significa para nós nesse santuário, nessa arquidiocese. Deus o presenteou com o dom da palavra, o senhor é um homem de uma palavra forte, verdadeira, ungida e aqui se tornou um grande catequista do povo brasileiro, no Santuário Nacional”.
O irmão Alan Zuccherato, diretor de arte e pastoral da TV Aparecida, também leu uma mensagem fraterna a Dom Orlando.
Ao final da celebração, Dom Orlando convidou os bispos presentes no Altar Central e também as religiosas para juntos realizarem a Consagração a Nossa Senhora Aparecida.
Laís Silva / A12