A Paróquia Cristo Operário e Santo Cura D’Ars, em Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, celebrou com fé e gratidão a festa de seu copadroeiro, São João Maria Vianney, no dia 4 de agosto, data em que também é comemorado o Dia do Padre.
A Missa Solene foi presidida pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, e concelebrada por diversos padres, incluindo sacerdotes nascidos na própria comunidade. O pároco, padre Adriano de Abreu Figueira, destacou a importância da paróquia como espaço fecundo de oração, evangelização e incentivo às vocações.
Durante a homilia, Dom Orani sublinhou a missão da comunidade de interceder pelos sacerdotes, lembrando que São João Maria Vianney, o Cura d’Ars, é modelo dos párocos e padroeiro de todos os sacerdotes, além de exemplo de entrega pastoral. “Somos chamados a rezar por aqueles que anunciam a Palavra de Deus, mesmo diante de tantas lutas. A paróquia é um sinal da graça de Deus na fecundidade das vocações”, afirmou. A comunidade paroquial, que em breve completa 61 anos, já viu 14 de seus filhos serem ordenados sacerdotes.
Dom Orani ressaltou que a paróquia vivencia um período de intensa celebração e renovação espiritual, marcando a festa de seu padroeiro e inserida em dois importantes jubileus: o Jubileu Peregrinos de Esperança e o Jubileu Arquidiocesano.
“Além do jubileu que vivemos — tempo de reavivamento e recomeço, como todo jubileu o é —, a festa paroquial é um grande momento de retomada e de renovação do entusiasmo pela nossa caminhada como povo de Deus. Que Deus continue fecundando os corações de todos os paroquianos, mesmo diante das muitas dificuldades e situações adversas em nosso país, em nossa cidade, em nossa região. Que sejamos homens e mulheres que anunciem Cristo — nossa esperança, nossa paz — e proclamemos cada vez mais que nele está a nossa vida. É uma grande alegria viver este momento com todos vocês”, celebrou o arcebispo.
As festividades, marcadas por uma procissão solene pelas ruas do bairro e a celebração de diversas missas, foram refletidas pelo arcebispo como um impulso para reavivar ainda mais a caminhada de fé do povo da Vila Kennedy.
Dom Orani destacou a importância da celebração do padroeiro, que ocorre poucos dias antes do aniversário de 61 anos da paróquia, e lembrou que a comunidade tem uma trajetória marcada por fé, dedicação e uma longa caminhada de evangelização, iniciada muito antes de sua fundação. Segundo o arcebispo, a presença de capelas, grupos e sacerdotes já contribuía com a missão evangelizadora no território. Ele ressaltou que os desafios atuais são diferentes e exigem criatividade para motivar os fiéis a viverem a fé cristã no dia a dia.
“Ao celebrarmos também a festa dos padroeiros, que expressam o rosto desta paróquia, temos a oportunidade de olhar para o passado com gratidão, reconhecendo tantos dons e momentos vividos nessa bela história de fé construída por esta comunidade. E os desafios são outros, que necessitam de uma certa criatividade para ajudar as pessoas a serem cristãs, a serem católicas. É preciso motivar as famílias a participarem da vida comunitária, da sua capela, da igreja matriz, a levarem as crianças à catequese”, exortou.
Dom Orani afirmou que São João Maria Vianney é um verdadeiro modelo de sacerdote e intercessor, cuja vida inspira tanto os sacerdotes quanto os fiéis.
“Vocês são chamados, justamente por terem em São João Maria Vianney um copadroeiro, a serem uma comunidade que reza pelos sacerdotes, que, no meio de tantas vicissitudes e dificuldades, necessitam da intercessão de todos. Que o exemplo do Cura d’Ars, que foi enviado a uma aldeia pequena e difícil, numa região de fronteira da França, nos inspire. Por meio da oração, da penitência, das visitas e da confissão, ele foi transformando aquele lugar e levando adiante a missão evangelizadora, a tal ponto que aquela aldeia, antes tão pobre e distante da Igreja, tornou-se um sinal luminoso para toda a França — e até fora da França —, sendo lembrada até hoje porque ali viveu um homem de Deus, como bem se diz: o Cura d’Ars.”
Dom Orani destacou que a comunidade é chamada a interceder pelos sacerdotes, especialmente diante dos desafios enfrentados no dia a dia da missão.
“Portanto, somos chamados a interceder para que os nossos sacerdotes, mesmo em meio aos cansaços, lutas e dificuldades, possam ter sempre um novo ânimo para continuar evangelizando, anunciando a Palavra de Deus aos irmãos e irmãs, em todas as paróquias de nossa arquidiocese e também nas missões, nos estudos e nos trabalhos pelo mundo afora, onde quer que estejam os nossos padres. Que levem adiante esse espírito que habitava o coração do Cura d’Ars”, afirmou.
Comunidade de semeadores
A Paróquia Cristo Operário e Santo Cura D’Ars encerrou com grande fervor e intensa participação comunitária a festividade de seu padroeiro, um momento de profunda celebração e renovação espiritual. O pároco, padre **Adriano** de Abreu Figueira, expressou sua alegria com a resposta da comunidade, que participou ativamente de todos os dias da novena, fortalecendo o sentimento de pertencimento e identidade.
“É muito bom ver a nossa querida paróquia, com seus fiéis e o povo de Deus aqui reunido, celebrando com alegria a festividade de São João Maria Vianney, o Santo Cura d’Ars. É bonito também ver os sacerdotes que aqui nasceram na fé e que hoje concelebram conosco esta Santa Missa. Isso mostra que somos uma comunidade de semeadores, uma comunidade de operários pelas vocações — não apenas as vocações sacerdotais, obviamente. Há muitas vocações de leigos e leigas, vocações familiares, vocações à vida religiosa e também ao sacerdócio”, destacou.
Padre Adriano lembrou que a paróquia, prestes a completar 61 anos, já teve 14 sacerdotes ordenados ao longo de sua história. Ele afirmou:
“Isso é um milagre, uma grande graça do Senhor. E fruto de quê? Eu atribuo, em primeiro lugar, à intercessão e ao cuidado de São João Maria Vianney, nosso copadroeiro. Ele continua trabalhando. Há muitas vocações entre nós, especialmente sacerdotais, mas também em outras formas de serviço ao Reino. Depois, ao povo de Deus que reza, que apoia, que intercede e participa. É uma comunidade atuante, onde a fé é praticada e vivenciada.”
Ao final da celebração, foi realizada uma homenagem aos sacerdotes, com crianças portando placas com os nomes dos quatorze padres originários da paróquia, incluindo dois já falecidos. As flores oferecidas por essas crianças aos pés do Cura d’Ars simbolizaram, segundo padre Adriano, “a oferta da oração do povo pelos sacerdotes, pedindo a Deus para que eles perseverem”.
A presença de seminaristas, integrantes da Schola Cantorum do Seminário Arquidiocesano de São José, reforçou o apelo contínuo às vocações. Foi rezada uma Ave-Maria pedindo que **Nossa Senhora** interceda pelas vocações e fortaleça os sacerdotes em seu “sim”. A comunidade é incentivada a continuar sendo uma paróquia fecunda em vocações.
Rita Vasconcelos e Carlos Moioli