A Catedral Metropolitana de São Sebastião, no Centro do Rio de Janeiro, acolheu a 3ª edição do Festival CelebraRio, promovido pela Renovação Carismática Católica do Estado do Rio de Janeiro em conjunto com o Vicariato Episcopal para a Cultura.
Com o tema “Cariocas abençoados por Deus”, o evento integrou o calendário oficial de comemoração dos 450 anos da criação da Prelazia de São Sebastião do Rio de Janeiro, destacando a importância da Igreja no âmbito da fé, cultura e na assistência social
A primeira parte do festival aconteceu na área externa da Catedral e teve início com uma emocionante apresentação da Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro, sob a regência do maestro Carlos Pimenta. O momento uniu fé, arte e cultura, ressaltando a beleza da Cidade Maravilhosa e emocionando o público presente.
Os fiéis participaram com entusiasmo das canções, incluindo o Hino dos 450 anos da Arquidiocese do Rio de Janeiro, com letra do Cardeal Orani João Tempesta e música do maestro Marcos Paulo, interpretado pelo Coral Arquidiocesano. O Hino de São Sebastião também foi entoado por um grande coral.
Outras apresentações musicais emocionaram os fiéis. A música “Regaço Acolhedor” foi interpretada por Miriam Mendes, da Paróquia Nossa Senhora da Esperança, em Botafogo, com o Ministério Rio de Água Viva e Rani Jaber. O padre Fábio Escobar, pároco da Paróquia São Sebastião, em Quintino, cantou “Deus é Maior”, em parceria com Léo Sgrancio, da Paróquia Santa Teresinha de Piranema, da Diocese de Itaguaí.
Segundo o padre Fábio Escobar, os preparativos do evento começaram meses antes com ensaios realizados na Paróquia São Lourenço, em Bangu.
“Foi uma preparação intensa que nos uniu ainda mais e nos levou ao grande momento do CelebraRio. Ver a dedicação de tantos músicos, muitos se deslocando de outras cidades para participar, e depois viver aquelas apresentações maravilhosas junto à incrível Orquestra Católica do Rio de Janeiro, tocou profundamente o meu coração. Saímos mais unidos e fortalecidos, na alegria de celebrar os 450 anos da presença da Igreja no Rio. Para mim, é sempre uma alegria estar com os irmãos cantores católicos. Aprendo com os que já trilham uma longa estrada e também com os que estão apenas começando. São momentos de partilha, fraternidade, alegria e oração.”
A canção “Por tuas chagas” foi interpretada por Maíra Jaber, coordenadora da Pastoral da Música do Vicariato Norte. Já Izaias Carneiro, da Comunidade Coração Novo e Missão Somos Um, apresentou “Eu Seguirei”, ao lado de Miguel Ângelo, da Paróquia São Sebastião, na Ilha do Governador. A música “Romaria” foi interpretada por Ghislaine Cantini, da Paróquia São Francisco Xavier, em Niterói, e Karen Keldani, da Paróquia da Ressurreição, em Copacabana.
A ideia do show foi promover a unidade entre os cantores e cantoras representantes das igrejas do Rio e do Estado. “Todos nós apresentamos nossas músicas em dueto ou terceto, para mostrar que estamos em união, para realmente exaltar e enaltecer a grande estrela da festa, que é Jesus Cristo”, disse Karen Keldani, que fez a curadoria do concerto.
“Sempre foi um sonho meu ver os artistas unidos cantando a nossa fé. Porque o que nos difere de um artista secular é que, quando cantamos, a grande estrela do evento é, de fato, Jesus Cristo. E essa unidade faz-nos refletir o caráter missionário da música em nossa Igreja”, afirmou Karen Keldani.
Também participaram das apresentações: Sandro Andrade, Rosangela Montozo, Eduardo Soares, Thaianne Moreira, Eliene Góes, Elaine Mendonça, Rodrigo Sobrinho, Patrícia Sousa, Rejane Borges, Aline Venturi, Roberta Machado, Erick e Egder, Eric Guimarães e Marcelle Rocha.
Louvor, adoração e Santa Missa
A segunda parte do festival aconteceu dentro da Catedral. O coordenador estadual do Ministério de Oração por Cura e Libertação, Nelinho, conduziu um momento marcante ao afirmar: “As tempestades que estamos passando, as tribulações, são uma prefiguração da vitória que está por vir sobre nós. Em nosso momento de adoração, o Senhor veio falar que estamos nos acostumando muito com as coisas d’Ele e nos esquecendo de Suas coisas.”
O cantor Eugênio Jorge, com sua voz inconfundível, liderou um intenso momento de louvor com músicas como “Eu Creio nas Promessas de Deus”, “Porque Ele Vive”, “Mãe do Novo Homem” e “Nascer de Novo”, levando os fiéis a um profundo encontro espiritual. Ao final, houve um grande clamor pelo Batismo no Espírito Santo, marcando um reavivamento na Renovação Carismática Católica e na cidade do Rio.
A Banda DOM* animou a tarde com clássicos que atravessam gerações, como “Eu Sou o Que Sou”, “Canção de Pedro”, “Aos Pés de Tua Cruz” e “Seu Amor é Demais”, reforçando a espiritualidade do evento com alegria e oração.
A Santa Missa foi presidida pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta. Na homilia, ele abordou sobre o perdão e a misericórdia, enfatizando a necessidade de praticar o Evangelho no cotidiano, sobretudo no caminho da cruz que leva à ressurreição. Destacou também o chamado ao serviço e à doação, especialmente aos mais necessitados, que precisam de apoio material e, principalmente, espiritual: “Devemos viver como servos do Senhor, praticando o amor ao próximo e deixando a compaixão guiar nossa vida.”
Entre os concelebrantes da Santa Missa, estavam o pároco da Catedral, cônego Cláudio dos Santos, o vigário episcopal do Vicariato para a Cultura, cônego Marcos William Bernardo, e o assessor eclesiástico da RCC no Estado do Rio de Janeiro, padre Addae Vinicius Santos da Silva.
Ação social e evangelização
Durante o evento, ocorreu mais uma edição da Ação de Amor do Cristo Redentor, promovida pelo Consórcio Cristo Sustentável, com atendimento gratuito aos moradores em situação de rua. Das 7h às 13h, foram oferecidos diversos serviços de atenção social e cidadania, como o já conhecido “Banho de Amor”, garantindo higiene básica, cortes de cabelo, cuidados pessoais, além da distribuição de café da manhã e almoço.
Criado em 2024, o Festival CelebraRio já se consolidou como um dos principais eventos de cultura católica do Estado do Rio de Janeiro, e tem deixado marcas profundas na vida de milhares de pessoas.
Carlos Moioli
