Já pensou em apreciar a vista do Rio de Janeiro da perspectiva dos olhos do Cristo Redentor? Pois agora é possível.
Foi lançado no dia 18 de novembro, o projeto “Olhar do Redentor”. Um ambiente interativo e imersivo de Realidade Virtual (VR) em 3D, com visão de 360°, que permite a qualquer pessoa, de qualquer lugar do mundo, visitar o Santuário Cristo Redentor e outros locais históricos da cidade do Rio de Janeiro.
A iniciativa cultural é um projeto do Instituto Redemptor junto ao Santuário Cristo Redentor, com patrocínio da Claro e do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
De acordo com os idealizadores, o projeto nasceu do desejo de levar o Cristo Redentor para além do Morro do Corcovado. O objetivo é democratizar o acesso ao monumento, independente da mobilidade. “Esperamos atender aos 92 municípios do estado e todo o país com esse projeto. Mesmo aqueles que não podem ir pessoalmente ao Cristo Redentor, por meio dessa tecnologia, terão condições de conhecer um pouco mais sobre esse ícone do estado do Rio de Janeiro”, declarou Claudia Viana, subsecretária de Formação, Acesso a Equipamentos Culturais, Difusão e Inovação da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec-RJ).
A implementação ocorre em duas fases. A primeira é a visita virtual, onde o passeio imersivo conta toda a história do Cristo Redentor, desde sua concepção até a construção.
O tour completo começa pela Basílica Imaculada Conceição, localizada na Praia de Botafogo, depois segue para o Morro do Corcovado, passando pelo Trem do Corcovado e atravessando a Floresta da Tijuca. Mas, se o usuário preferir, pode pular direto para o Santuário Cristo Redentor.
A plataforma conta com recursos de gamificação; ou seja, coletando ícones da marca patrocinadora, é liberado o acesso ao interior do monumento. Assim, é possível saber como é o Cristo Redentor por dentro, subir até o topo e olhar a cidade lá de cima.
Para participar dessa imersão, basta acessar o site [www.olhardoredentor.com](http://www.olhardoredentor.com). Disponível em seis idiomas, incluindo audiodescrição e legendas e assegurando acessibilidade plena e democratização do acesso ao patrimônio cultural brasileiro, o conteúdo foi desenvolvido para múltiplos dispositivos, como desktop, celular e óculos de Realidade Virtual.
Este último, aliás, agradou quem esteve no evento de lançamento. Os convidados puderam experimentar os óculos de Realidade Virtual, interagindo e sentindo como é apreciar a vista da cidade pela perspectiva dos olhos do Redentor.
“Uma experiência muito legal. Você pode estar no Cristo de onde você estiver. Dá um pouquinho de medo, porque você se sente ali e a altura é grande”, expressou Anatiele, assistente da Secec-RJ. Na sua experiência com os óculos de VR, ela contou que conseguiu visitar a Capela de Nossa Senhora Aparecida, na base do Cristo Redentor, todo o platô do Santuário e o interior e o topo do monumento.
A fase 2 está prevista para 2026 e a versão será em Realidade Aumentada. Tanto visitantes que estiverem presentes no Santuário Cristo Redentor quanto em qualquer lugar do mundo vão poder visualizar o ícone carioca em escala real e interagir com esse e outros pontos turísticos ao apontar seu aparelho.
“Vai ser incrível. Nós vamos ‘desconstruir’ o Cristo e construir, mostrando como era na época da sua construção e como seria se o projeto original do Cristo tivesse vencido. Ou seja, vamos ter pela primeira vez essa experiência com os turistas do mundo virtual no lugar real”, explicou Carlos Lins, diretor de Marketing do Santuário Cristo Redentor.
Ainda segundo os desenvolvedores, além de ser um ato de aproximação, a esperança é que o “Olhar do Redentor” se torne um ato de transformação cultural, principalmente para os moradores do estado do Rio de Janeiro.
É o que deseja Lucas Machado, coordenador do “Cristo Educador”, do Instituto Redemptor, que promove a aprendizagem contínua não apenas dos colaboradores do Santuário Cristo Redentor, mas de pessoas em situação de vulnerabilidade social. “No futuro, colheremos frutos em forma de autoestima e senso de pertencimento”, destacou o professor.
Vanessa Sabino