Militares celebram a Páscoa na Catedral do Rio de Janeiro

“Sempre é tempo de celebrar a ressurreição do Senhor. Nesta celebração, rezamos por todos os militares, homens e mulheres que trabalham pelo bem da pátria, atentos em promover a segurança às pessoas. Que cada vez mais o Cristo Ressuscitado seja a luz que ilumina seus corações, vidas e famílias e a missão de casa um”, disse o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, durante a Missa de Páscoa dos Militares, realizada na Catedral de São Sebastião, no Centro, no dia 28 de junho.

A celebração contou com a presença de militares que atuam no Estado do Rio de Janeiro, acompanhados de seus capelães. Todos foram acolhidos pelo pároco da Catedral, cônego Cláudio dos Santos. Estiveram presentes militares de todas as Forças Armadas, das Forças Auxiliares, da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal.

 

Tradição

Segundo o capelão da Escola Naval, padre Wellington Marconi, a Missa de Páscoa dos Militares pode ser celebrada fora do tempo pascal porque surgiu após a Segunda Guerra Mundial.

“Após o término da guerra, os militares que retornaram ao Brasil solicitaram ao arcebispo do Rio de Janeiro na época, Dom Jaime de Barros Câmara, para celebrar a Páscoa, tendo em vista que no referido período eles estavam na guerra. O objetivo era agradecer a Deus pelos que voltaram e rezar pelos que tombaram, ou seja, que morreram durante a guerra”.

A Páscoa – lembrou o padre Wellington Marconi –, é sempre o símbolo da esperança e da ressurreição de Jesus. Uma forma de agradecer e também de fazer memória de quem morreu na missão.

“A tradição da Páscoa dos Militares acontece a cada ano em todo o Brasil, mas é importante lembrar que começou no Rio de Janeiro. É uma tradição que se mantém porque todos nós, militares, vivemos da esperança e do sentido de doar a vida, como Cristo que morreu e deu a vida por nós. O militar é chamado também a dar sua vida pela pátria e pelos brasileiros”, destacou padre Wellington Marconi.

 

Celebração conjunta

No ofertório, foram levados até o altar símbolos das Forças Armadas e das Forças Auxiliares. Os cantos litúrgicos e do Hino Nacional estiveram a cargo da Força Aérea Brasileira – Base Aérea dos Afonsos, também responsável pela organização da celebração. Durante toda a sua realização, esteve no presbitério a imagem de Nossa Senhora da Defesa, que no final, foi entregue para o representante da Marinha do Brasil.

Segundo explicou o contra-almirante Adriano Marcelino Batista, comandante da Escola Naval, a passagem da imagem de Nossa Senhora da Defesa tem sua origem quando a Páscoa dos Militares no Rio de Janeiro começou a ser celebrada em conjunto – com as Forças Armadas e as Forças Auxiliares. No passado, era celebrada separadamente.

“É um momento de comunhão entre as forças, de professar a fé e de trabalhar de forma conjunta. A organização da celebração ocorre de forma alternada entre as três forças. Esse ano esteve a cargo da Aeronáutica e para o ano que vem ficará sob a responsabilidade da Marinha. Simbolicamente isso é realizado através da passagem da imagem de Nossa Senhora da Defesa, que também será a guardiã da imagem”, disse.

O contra-almirante Adriano Marcelino Batista acrescentou que a imagem de  Nossa Senhora da Defesa tem um significado muito especial para quem professa a fé católica.

“Os militares têm certos costumes que são vinculados à vida castrense, isto é, à preparação no dia a dia para um eventual combate. Nossa Senhora da Defesa ilustra esses valores que nós cultuamos”, disse o comandante da Escola Naval.

 

Carlos Moioli

 

 

Categorias
Categorias