Santuário Cristo Redentor e Complexo do Alemão celebram o Dia da Favela com programação especial focada em assistência social, cultura e sustentabilidade
Com programação especial com mais de 10h, que combinou assistência social, inovação, cultura local e sustentabilidade, o Dia da Favela foi comemorado no Complexo do Alemão, uma das maiores comunidades da zona norte do Rio de Janeiro.
O evento, denominado “Minha Favela”, foi realizado no dia 4 de novembro, no Campo do Sargento, e contou com o apoio do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, que há 13 anos promove ações voltadas para a cidadania e inclusão social.
O objetivo do “Minha Favela” é oferecer serviços gratuitos e essenciais para os moradores do Complexo. Entre as atividades, foram disponibilizados serviços de emissão de certidões de nascimento, casamento e óbito, isenção para carteira de identidade e orientações sobre saúde, com foco na prevenção de doenças, como diabetes e hipertensão. Além disso, cortes de cabelo, cuidados pessoais e oficinas de sustentabilidade, abordando reciclagem, também estão na programação.
As crianças tiveram atrativos especiais, com brincadeiras e distribuição de algodão doce. Para os animais de estimação, houve castração e atendimento veterinário gratuito.
Na parte da tarde, a cultura tomou conta do evento, com shows dos DJs Thamy, Daniel e Zulu e apresentações de balé e break do Projeto ViDançar e de passinho do grupo Os Quebradeiras, que trouxe a diversidade artística da favela. Também foi realizada a roda de conversa “Mulheres Potentes”, com a influenciadora digital, Luane Dias, nascida na Cidade Alta, com a psicóloga Glorita Cajaty e com a empreendedora da favela Marcia Gama.
A celebração da Palavra foi presidida pelo reitor do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, padre Omar Raposo. À noite, houve de roda de samba comandada pelo sacerdote e pelos cantores Nandinho e Robinho.
No encerramento do evento “Minha Favela”, mulheres da comunidade apertaram um botão, num gesto simbólico, no Complexo do Alemão, e o monumento ao Cristo Redentor foi iluminado em verde, simbolizando o Desenvolvimento Sustentável e a origem da palavra ‘favela’, que é derivada do nome de uma planta encontrada na região Nordeste do Brasil e que foi atribuída a um conjunto de moradias informais no século XX.
O Dia da Favela, instituído em 2006 pela Central Única das Favelas (Cufa), cujo texto do decreto municipal foi formatado por Fernanda Borriello, celebra a força e as conquistas das favelas brasileiras em áreas como cultura, esporte, empreendedorismo e educação. Neste ano, o evento ganhou alcance internacional, sendo celebrado em 19 países, reafirmando a superação e o protagonismo das comunidades faveladas.
O Dia da Favela é uma data de celebração da potência desses lugares, mostrando uma favela ativa, que desenvolve, que sabe o que quer e que precisa de investimentos para transformar a sua vida.
Renato Saraiva