No dia 8 de julho, o padre Alan Galvão foi nomeado assessor de comunicação da Arquidiocese do Rio de Janeiro e do Cardeal Arcebispo, somando aos trabalhos de assessor junto à Pastoral da Comunicação e também como assessor do Vicariato Norte para a Comunicação. Com apenas 26 anos e ordenado presbítero em maio deste ano, padre Alan reúne sólida formação acadêmica e sensibilidade pastoral para uma missão cada vez mais estratégica na vida da Igreja.
Formado em Filosofia e Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), é também aluno do curso de Estudos de Mídia da mesma universidade, com ênfase em publicidade e comunicação corporativa. Atualmente, atua como aluno especial no mestrado em Comunicação Social pela PUC-Rio, aprofundando suas pesquisas na área de juventude e comunicação.
Sua nomeação revela não apenas uma escolha técnica, mas uma resposta concreta ao chamado que a Igreja tem escutado nas últimas décadas: comunicar com verdade, beleza e profundidade o Evangelho de Cristo na cultura digital e nos espaços da opinião pública. Em tempos de redes, plataformas, algoritmos e desinformação, a Igreja não pode se omitir. A comunicação tornou-se dimensão constitutiva da missão evangelizadora.
A Igreja, enquanto instituição pública e verdadeira “casa de vidro”, vive sob o olhar atento e, muitas vezes, implacável da sociedade e dos meios de comunicação. Essa transparência exige que ela seja bem assessorada, não apenas para esclarecer fatos, mas para construir uma relação viva, honesta e respeitosa entre a imprensa e a Igreja. A assessoria de comunicação tem o papel fundamental de ajudar a Igreja a falar com clareza, coerência e autenticidade em todos os seus níveis, desde a Arquidiocese até as paróquias e comunidades locais.
No contexto do Rio de Janeiro, onde a diversidade cultural e os desafios sociais são grandes, essa assessoria vem para apoiar e fortalecer os padres, agentes pastorais, movimentos e serviços que atuam com empenho pela evangelização. Ela facilita a comunicação institucional integrada, garantindo que as ações pastorais cheguem de forma eficaz às pessoas e que a Igreja seja referência na mídia, não apenas como instituição, mas como presença viva no cotidiano da sociedade.
Esse trabalho vai além de responder a crises. Ele envolve escuta, planejamento, criação de narrativas, produção de conteúdo, presença digital e articulação com a imprensa. A assessoria de comunicação se coloca, assim, a serviço do Evangelho, das pastorais, da vida litúrgica e da ação missionária da Igreja, sendo ponte entre os fiéis, os veículos de comunicação e a sociedade em geral. Mais do que divulgar eventos, ela ajuda a construir comunhão, visibilidade, confiança e esperança.
É fundamental reconhecer que, em uma sociedade onde a comunicação é imediata e global, a ausência de uma assessoria qualificada pode prejudicar a missão evangelizadora. Uma informação mal interpretada, um silêncio não esclarecido ou uma crise não gerida podem gerar ruídos desnecessários, desgastes institucionais e, sobretudo, obstáculos à transmissão da fé. Por outro lado, quando bem estruturada, a comunicação eclesial é uma fonte de luz, clareza e confiança. Ela aproxima o povo de Deus das decisões pastorais, valoriza o que é realizado nas comunidades, fortalece a unidade e dá visibilidade ao bem que se faz, muitas vezes, de modo silencioso.
A assessoria de comunicação torna-se, assim, um ministério de articulação e cuidado: articula pessoas e linguagens; cuida da imagem e da palavra. Ajuda os pastores a comunicarem com eficácia, e os fiéis a se sentirem parte ativa da vida da Igreja. Não se trata de marketing vazio, mas de dar forma e beleza ao anúncio da fé no mundo de hoje. O que não é comunicado, muitas vezes, parece não existir – e isso vale também para a evangelização.
Nas paróquias, essa mesma lógica é válida. Mesmo as realidades mais simples ganham novo fôlego quando bem comunicadas. A Pastoral da Comunicação, acompanhada por uma assessoria arquidiocesana atenta e presente, ajuda as comunidades a anunciarem a Palavra com os recursos disponíveis, desde a liturgia até as redes sociais. O assessor, nesse sentido, torna-se também formador, animador e articulador do trabalho conjunto.
Ao assumir essa missão, padre Alan carrega consigo o desafio de renovar, com competência e espírito eclesial, a presença comunicativa da Igreja do Rio. Sua juventude, formação e experiência pastoral dialogam com as exigências de um tempo em que a comunicação deixou de ser periférica para tornar-se essencial à evangelização. Trata-se de anunciar Jesus Cristo com linguagem, estética e profundidade que toquem o coração do homem contemporâneo, mas sem abrir mão dos valores do Evangelho.
A comunicação da fé no século XXI exige sensibilidade cultural, abertura ao diálogo, firmeza doutrinal e criatividade pastoral. A Arquidiocese do Rio de Janeiro, ao confiar essa missão ao novo assessor, indica que deseja estar não apenas presente, mas viva e ativa nas redes, nas ruas e nos corações, falando com o mundo, sem deixar de falar com Deus.
Mais do que uma função técnica, trata-se de uma missão pastoral. O assessor de comunicação é, antes de tudo, um servidor da unidade e da missão. Ele ajuda a Igreja a encontrar as palavras certas, os canais adequados, os tempos oportunos. Contribui para que a mensagem de Cristo chegue às pessoas com clareza e profundidade, mesmo em meio às urgências e ruídos do nosso tempo.
Redação