Papa aos jovens: ‘Contagiem com o seu entusiasmo e fé todos aqueles que encontrarem’

Vinte e cinco anos após o evento histórico com João Paulo II, no alvorecer do novo milênio, a esplanada de Tor Vergata, em Roma, se enche de cores e bandeiras levadas pelos jovens de várias partes do mundo que vieram à Cidade Eterna para o seu Jubileu.

Na noite do sábado, dia 2 de agosto, na Vigília de Oração com o Papa Leão XIV, mais de 800 mil jovens cantaram, rezaram e falaram em idiomas diferentes, mas numa única língua: a da fé.

Intercalado com cantos, orações e testemunhos, Liturgia da Palavra e adoração eucarística, durante a vigília houve um momento de partilha entre o Papa e os jovens, que fizeram ao Pontífice algumas perguntas.

Na manhã do domingo, 3 de agosto, o Papa Leão XIV presidiu a missa do Jubileu dos Jovens em Tor Vergata, em Roma, que contou com a participação de mais de um milhão de pessoas.

 

Unidos a Deus e aos irmãos na caridade

Em sua homilia, o Papa convidou os jovens a permanecerem unidos a Jesus, “sempre na sua amizade, cultivando-a com a oração, a adoração, a Eucaristia, a confissão frequente, a caridade generosa, como nos ensinaram os beatos Piergiorgio Frassati e Carlo Acutis, que em breve serão proclamados santos.”

“Há uma solicitação importante no nosso coração, uma necessidade de verdade que não podemos ignorar, que nos leva a perguntar: o que é realmente a felicidade? Qual é o verdadeiro sabor da vida? O que nos liberta dos pântanos do absurdo, do tédio, da mediocridade?” — perguntou Leão XIV.

“Nos últimos dias, vocês viveram muitas experiências bonitas. Encontraram-se com jovens da sua idade, vindos de várias partes do mundo, pertencentes a diferentes culturas. Trocaram conhecimentos, partilharam expectativas, dialogaram com a cidade através da arte, da música, da informática, do esporte. No Circo Máximo, aproximando-se do Sacramento da Penitência, vocês receberam o perdão de Deus e pediram sua ajuda para uma vida boa.”

Segundo o Papa, em tudo isto, podemos “encontrar uma resposta importante: a plenitude da nossa existência não depende do que acumulamos nem do que possuímos, como ouvimos no Evangelho. Está ligada ao que sabemos acolher e partilhar com alegria”.

“Comprar, acumular, consumir não basta. Precisamos levantar os olhos, olhar para cima, para as ‘coisas do alto’, para perceber que, entre as realidades do mundo, tudo tem sentido apenas na medida em que serve para nos unir a Deus e aos irmãos na caridade, fazendo crescer em nós «sentimentos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de paciência», de perdão, de paz, como os de Cristo”.

Neste horizonte compreenderemos cada vez melhor o que significa «a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado».

 

Permanecer na amizade com o Senhor

“Queridos jovens, a nossa esperança é Jesus”, disse ainda Leão XIV, recordando as palavras de São João Paulo II, que dizia que o Senhor é quem suscita nos jovens “o desejo de fazer de suas vidas algo de grande, no aperfeiçoamento» deles e «da sociedade, tornando-a mais humana e fraterna”.

“Mantenhamo-nos unidos a Ele, permaneçamos sempre na sua amizade, cultivando-a com a oração, a adoração, a Comunhão eucarística, a Confissão frequente, a caridade generosa, como nos ensinaram os beatos Piergiorgio Frassati e Carlo Acutis, que em breve serão proclamados santos”, disse ainda o Papa, convidando os jovens, onde quer que estejam, a aspirar “a coisas grandes, à santidade. Não se contentem com menos. Então, vocês verão crescer todos os dias, em vocês e ao seu redor, a luz do Evangelho”.

O Santo Padre confiou os jovens “a Maria, Virgem da Esperança. Com a sua ajuda, ao regressarem nos próximos dias aos seus países, em todas as partes do mundo, continuem caminhando com alegria seguindo as pegadas do Salvador e contagiem com o seu entusiasmo e o testemunho da sua fé todos aqueles que encontrarem”.

 

Vatican News

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