Para celebrar os 16 anos de fundação da Pastoral do Surdo, a Paróquia Santa Margarida Maria, no bairro da Lagoa, na Zona Sul, acolheu cerca de 90 surdos e oito intérpretes em Língua Brasileira de Sinais (Libras), no dia 16 de fevereiro. O evento começou com café da manhã, partilhado por todos os participantes.
O pároco, monsenhor Manuel Manangão, também coordenador do Vicariato da Caridade Social, cuja Pastoral do Surdo está inserida, fez a acolhida, dizendo que “todos se sentissem em sua casa, eram acolhidos sempre, como acontece no início de cada ano, no mês de fevereiro”.
As boas-vindas foram dadas pelo coordenador regional da pastoral, José Luiz Pinto, pelo vice-coordenador, Alexandre da Silva, e pela secretária e assessora, Ana Maria dos Reys. Eles agradeceram a presença de todos os surdos representados da Arquidiocese de Niterói, das dioceses de Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro estiveram representantes de nove comunidades: Copacabana, Pavuna, Campo Grande, Riachuelo, Méier, Penha, Tijuca, Jacarepaguá e a anfitriã, Lagoa.
Ana Maria, em momento de estudo e aprofundamento, destacou o tempo quaresmal que se aproxima. Já o professor Cesar Bacchim, coordenador arquidiocesano da Pastoral da Pessoa com Deficiência (Pasped), discorreu sobre o ano jubilar de 2025.
A Pastoral do Surdo realizará a peregrinação do Ano Santo na Basílica do Imaculado Coração de Maria, no Méier, no dia 25 de maio, onde a Pastoral do Surdo está presente há 29 anos.
Após a primeira parte de convivência e formação religiosa, os membros da Pastoral do Surdo ofertaram dezenas de mantimentos não perecíveis à comunidade local para serem distribuídos às famílias mais vulneráveis da Rocinha.
No final da manhã, teve início celebração de missa, com procissão das bandeiras e seus representantes. Na Eucaristia, uma intenção especial pelo descanso eterno de Eline Cordeiro, membro da comunidade da Lagoa, falecida há 14 dias. Seus familiares e filhos estiveram presentes, em plena comunhão com a comunidade de surdos.
Na homilia, monsenhor Manangão destacou a presença das comunidades em diversos momentos, afirmando que “a comunidade inclusiva é quando se abre para acolher a todos, sem distinção, medo, ou preconceito”. A surdez das pessoas não impede de conhecer, testemunhar e amar a mensagem salvífica de Jesus Cristo, com a mediação da Libras e de voluntários intérpretes dedicados à causa.
Nossos agradecimentos aos paroquianos da Santa Margarida pelo carinho, reciprocidade e delicadeza em acolher e abraçar os surdos das comunidades do Regional Leste 1.
Ao monsenhor Manangão, por acompanhar de modo solícito a caminhada da pastoral, pelo apoio e interesse para seu crescimento na fé cristã. Nosso muito obrigado.
A próxima atividade da Pasped será no dia 15 de março, de 9h às 12h, no 5º andar de Edifício São João Paulo II, situado à Rua Benjamin Constant, 23 – Glória.
Pasped