Rio de Janeiro passa a ter Memorial dos Não Nascidos

Como fruto do Ano da Família “Amoris Laetitia” (2021-2022), convocado pelo Papa Francisco, a cidade e a Arquidiocese do Rio de Janeiro conta agora com o Memorial dos Não Nascidos, símbolo do Projeto Esperança, que tem a finalidade de acompanhar de forma pastoral e aconselhar a pessoa que sofre as consequências e sequelas pós-aborto. 

Uma realização da Rede Colaborativa Brasil, o memorial, que é dedicado a Santa Gianna Beretta Molla, mulher, esposa e mãe que aceitou viver segundo a providência de Deus, fica no jardim da Paróquia São Francisco de Paula, na Barra da Tijuca. O lançamento aconteceu na manhã do dia 18 de março.

O Projeto Esperança procura ainda facilitar o processo de aceitação, reconciliação e de encontro com o filho não nascido. Essa aceitação é alcançada com a ajuda de profissionais formados, tanto sacerdotes como leigos, e através de uma pastoral de acolhimento, compreensão e confidencialidade, para facilitar o processo de reencontro com o filho. 

O Documento de Aparecida evidencia a ação pastoral do projeto: “Apoiar e acompanhar pastoralmente e com especial ternura e solidariedade as mulheres que decidiram não abortar, e acolher com misericórdia aquelas que abortaram, para ajudá-las a curar suas graves feridas e convidá-las para serem defensoras da vida. O aborto faz duas vítimas: por certo, a criança, mas, também, a mãe” (DAp 469).

A Rede Colaborativa Brasil é uma organização sem fins lucrativos que acolhe gestantes em situação de risco de aborto e vulnerabilidade social. Entre as atividades oferecidas pela Rede, está o Projeto Esperança. 

De acordo com a fundadora e presidente da Rede Nacional em Defesa da Vida e da Família, Zezé Luz, o Projeto Esperança se identifica com esta escultura do artista eslovaco Martin Hudáček, que decidiu criar sua obra para levar esperança e cura às mulheres que sofrem as consequências do aborto. 

“Diante do sofrimento da mãe, a imagem do bebê abortado aproxima a mão da cabeça como um gesto de terno perdão e cura. A escultura tocou muitos corações ao redor do mundo”, disse Zezé Luz.

“Hudáček disse que a estátua procura satisfazer a necessidade de misericórdia. Fala sobre a cura através de uma criança que chega a uma mãe que realmente precisa de perdão. No Projeto Esperança vemos nessa imagem a síntese de perdão e cura que permite restabelecer os laços consigo mesma, com seu filho, com sua família e com os outros”, acrescentou Zezé Luz. 

 

O QUE É O PROJETO ESPERANÇA?

É um acompanhamento pastoral à pessoa que sofre as consequências e sequelas pós-aborto. Tem como finalidade facilitar o processo de aceitação, reconciliação e de encontro com o filho não nascido. É um acompanhamento no luto por um filho não nascido, em situação de aborto espontâneo ou provocado, e ajuda a superar as sequelas pós-aborto.

 

OBJETIVO

Propor um caminho de reconciliação e de perdão que vai ao encontro do amor e misericórdia de Deus.

 

QUEM REALIZA

O trabalho deverá ser realizado por acompanhantes capacitados na metodologia do Projeto Esperança, em uma atitude de acolhida, compreensão e confidencialidade, que tem como finalidade facilitar um processo de reconciliação e de encontro com o filho não nascido, restaurando o vínculo da maternidade. 

 

CONSEQUÊNCIAS

Sem dúvida, o aborto é uma das experiências mais dramáticas que uma pessoa pode sofrer. O aborto destrói o ser recém-formado dentro do ventre da mãe e deixa um vazio profundo na mulher, que manifesta, de forma dramática, que a maternidade é um processo irreversível que só é curado quando a mãe é reunida espiritualmente com seu filho.

 

A QUEM É DIRECIONADO?

O Projeto Esperança se preocupa com a segunda vítima do aborto, a mãe. O objetivo é ajudá-la a lidar com sua dor, reconhecendo a morte da criança, atitude muitas vezes bloqueada pelo mecanismo de defesa da negação, pois só a partir daí poderá chegar a reconciliação e paz.

 

ABERTURA

Essa aceitação é alcançada com a ajuda de profissionais formados, tanto sacerdotes como leigos, e através de uma pastoral de acolhimento, compreensão e confidencialidade, a fim de facilitar o processo de reencontro com o filho.

 

Da Redação

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