Na noite do dia 3 de novembro, o Santuário Cristo Redentor acolheu a peregrinação da água abençoada pelo Papa Leão XIV. A celebração foi presidida pelo vigário episcopal do Vicariato para o Meio Ambiente e a Sustentabilidade da Arquidiocese do Rio de Janeiro (Vemas), padre Josafá Carlos de Siqueira, SJ, e contou com a presença de representantes da Igreja Católica, organizações da sociedade civil e lideranças socioambientais.
A água é resultante do derretimento de um bloco de gelo proveniente da Groelândia, abençoado pelo Papa Leão XIV durante a Conferência Raising Hope (Espalhando Esperança), realizada em outubro de 2025 em Castel Gandolfo, na Itália. O gesto simbólico representa um chamado de urgência para a crise climática no planeta. Trazida ao Brasil pelo Movimento Laudato Si’, essa água percorreu lugares emblemáticos para a fé cristã, marcando a presença da Igreja Católica no debate sobre o clima.
A cerimônia reverberou aquilo que o Papa Francisco explicitou na Encíclica Laudato Si’, dedicada a mobilizar comunidades de fé para o cuidado com a Casa Comum por meio de educação ecológica, campanhas globais e incidência em espaços de decisão, como as Conferências do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU).
Durante a celebração no Santuário, padre Josafá rezou pela Mata Atlântica e pela Amazônia e ressaltou que essas regiões são um presente de Deus, ricas em biodiversidade e necessárias para a manutenção dos mananciais. Logo após, o monumento ao Cristo Redentor foi iluminado em azul.
No dia 10 de novembro, a água abençoada pelo Pontífice será encaminhada para a COP30 como simbolismo à crise climática. Ela será acolhida pela Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, no Pará, marcando a chegada da “água da Groenlândia” à Amazônia.
Vanessa Sabino