Seminário diocesano de Petrópolis celebrará 75 anos de fundação

O arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, presidiu missa em ação de graças no Seminário Nossa Senhora do Amor Divino, em Petrópolis, dentro das comemorações dos 75 anos de fundação do seminário diocesano, erigido no dia 6 de janeiro de 1949. Durante todo o ano de 2023, sempre no dia 25 de cada mês, um bispo do Regional Leste 1, formado pelas dioceses do Estado do Rio, celebrou missa em comemoração ao jubileu do seminário diocesano.

“Seja bem-vindo. A sua presença nos enriquece e nos ajuda a continuar a caminhada de construção deste seminário, coração da diocese, que se prepara para celebrar 75 anos de fundação. Ele já formou mais de cem sacerdotes e cinco bispos, entre eles, um cardeal para a Igreja de Cristo. Que suas preces alcancem numerosas vocações e a graça da perseverança dos que são chamados para o sacerdócio”, disse o vigário geral da Diocese de Petrópolis, monsenhor José Maria Pereira, no início da celebração.

Na acolhida, Dom Orani agradeceu a oportunidade de presidir a Eucaristia pelo jubileu do seminário diocesano, a convite do reitor, padre Luiz Henrique Veridiano. Pediu para transmitir sua saudação a Dom Gregório Paixão, ausente por causa de compromissos pastorais, que ainda responde pela diocese como administrador, já que foi eleito arcebispo metropolitano de Fortaleza, no Ceará, cuja posse acontecerá no dia 15 de dezembro. Também agradeceu ao maestro Marco Aurélio Lischt pela animação da missa com a presença do Coral dos Canarinhos de Petrópolis.

Na homilia, Dom Orani refletiu as leituras do dia, lembrando que o fim do ano litúrgico, que se encerra com a Solenidade de Cristo Rei, é um convite para “viver cada dia de acordo com a vontade do Senhor”, e que a Palavra de Deus ajuda a “nunca perder de vista a dimensão do fim último, que é a vida eterna”.

Ao lembrar que estava sendo concluído no Brasil o 3º Ano Vocacional, com o lema: “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24, 32-33), que recorda o entusiasmo dos discípulos de Emaús após a experiência que tiveram com o Senhor, o arcebispo destacou a necessidade de olhar a história e agradecer a Deus o dom da vocação.

“Faz parte da missão do bispo a preocupação com a formação de seus padres. A iniciativa do primeiro bispo de Petrópolis, Dom Manoel Pedro da Cunha Cintra, fundador do seminário, foi seguida pelos demais bispos diocesanos. Cada um deu sua contribuição na formação de padres que possam ser homens de Deus e, assim, ajudar as pessoas a viverem cada vez melhor a vocação cristã. Que possamos animar, rezar e trabalhar pela dimensão vocacional em nossa vida de Igreja”, evidenciou o arcebispo.

No final da celebração, o reitor, padre Luiz Henrique, agradeceu a presença de Dom Orani, se comprometeu a “rezar pelo seu ministério e pelo serviço que presta junto ao Santo Padre”, e fez o convite para participar da solene celebração de aniversário jubilar do Seminário Nossa Senhora do Amor Divino, no dia 8 de abril.

Padre Luiz Henrique lembrou que o seminário diocesano “tem uma rica tradição desde 1949, formando homens, cristãos e padres para a Igreja”, já que a instituição, além da formação para o sacerdócio, oferece, por meio do educandário, o ensino médio para alunos externos.

O reitor anunciou a ordenação dos diáconos Marcelo e Alison que serão ordenados em dezembro, convidou os fiéis a rezar pelas vocações e também a colaborar na manutenção do seminário. “O Papa São João Paulo II ensinou que a vocação é fruto de uma comunidade que reza e que sobrevive pela colaboração dos fiéis”.

História

A consagração do Seminário Diocesano a Nossa Senhora do Amor Divino surgiu da devoção do primeiro bispo de Petrópolis, Dom Manoel Pedro da Cunha Cintra.

O terreno foi doado para a diocese em 1948 pela embaixatriz Lavínia Luiz Guimarães, e as atividades do seminário foram iniciadas em 1949. O prédio principal, situado no “recanto de Corrêas, próximo à capelinha do povoado, onde se encontra a Virgem do Amor Divino”, foi construído em estilo colonial espanhol e inaugurado em 1953, com capacidade para 130 internos.

No dia 6 de janeiro de 1949, Dom Manoel Pedro da Cunha Cintra escreveu uma carta aberta a todos os seus diocesanos, comunicando a abertura do seminário em março. “Nada na Igreja se faz sem o sacerdote. Nossa diocese vai ter o seu seminário. Sua abertura será no dia 3 de março próximo, com a matrícula dos 23 primeiros alunos, e sua inauguração solene será no dia 25 do mesmo mês.”

Carlos Moioli

 

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