Seminaristas recebem hábitos talares

“Hoje é um dia especial para a nossa arquidiocese ao ver jovens dando um passo importante em preparação ao sacerdócio”, disse o arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, quando conferiu o hábito talar a 14 seminaristas, durante missa realizada na Catedral de São Sebastião, no dia 5 de março. 

“O hábito talar é um sinal exterior de uma realidade interior. Sabemos que ele por si só não basta, mas ajuda a interiorizar aquilo que somos chamados a viver, isto é, a vocação, a missão, a busca de configurar a vida ao Senhor. Os jovens entram como discípulos e, a cada etapa, se prepararam para serem missionários e evangelizadores”, disse o arcebispo. 

Na presença dos familiares, párocos e dos sacerdotes “padrinhos” da etapa, os seminaristas receberam o hábito talar. Onze deles fazem parte do discipulado 1 do Seminário Arquidiocesano de São José. São eles: Daniel Lique, Davi Marconi, Gabriel Rocha, Gabriel Santos, Igor José, Leonam Oliveira, Marcos Paulo Ribeiro, Marcos Paulo Telles, Rafael Guimarães, Rafael Moura e Renan Teté. Os outros três, Fabyan Conceição, João Benício Figueiredo e Ricardo Miguel Pinho, ingressaram neste ano no Seminário Menor São João Paulo II. 

Para que permaneçam fiéis ao chamado, Dom Orani pediu orações pelas vocações, sobretudo aos jovens que receberam o hábito talar. Também agradeceu o empenho dos formadores dos seminários, os párocos que acompanham, orientam e direcionam os vocacionados em suas paróquias, e ainda, a Obra das Vocações Sacerdotais (OVS), e o Movimento Serra, que tornam o trabalho possível. 

 

Confiança em dias melhores

Na sua mensagem, o bispo auxiliar e animador dos seminários, Dom Roque Costa Souza, “agradeceu ao bom Deus pela formação que os jovens recebem no seminário, mas também das comunidades e dos familiares”. 

Ele exortou os seminaristas a “cuidar com zelo o hábito que receberam, a ser utilizado nas celebrações litúrgicas, semelhante ao que cada um cultiva no interior, no coração”, destacando que o aspecto formativo colabora para essa prática, como o “próprio Seminaristas recebem hábitos talares Cardeal Tempesta, Dom Roque, formadores e seminaristas da Configuração 1 do Seminário Arquidiocesano de São José Cardeal Tempesta, Dom Roque, formadores e seminaristas do Seminário Menor São João Paulo II ambiente dos seminários, os formadores, os seminaristas que acompanham no início da formação, e as orações da comunidade e da família”. 

Dom Roque observou a necessidade de ficarem atentos ao “trabalho vocacional que somos empenhados a realizar, cada um dando testemunho de seguir Jesus Cristo, e de promover aqueles que se aproximam e querem discernir as suas vocações”. 

“Mesmo com todas as tribulações e adaptações que passamos no ano passado por causa da pandemia, esperamos por dias melhores”, disse o bispo auxiliar, motivando a todos para terem “confiança e esperança em Deus, e anunciar o Evangelho mesmo em meio às dificuldades”. 

Por fim, disse: “Agradecemos a Deus por nos chamar e capacitar, para que possamos corresponder cada vez melhor o chamado que Ele nos faz”. 

 

Formação integral

O reitor do Seminário Arquidiocesano de São José, cônego Leandro Câmara, na sua mensagem, no final da celebração, observou que a Igreja de forma didática chama de itinerário formativo todo percurso da formação, e reserva para ele etapas para as quais existe cada sinal.

“Se fosse tão somente didático, esse percurso, a maneira como estão dispostas as etapas e sinais já seriam belos. Além da didática, existe uma mistagogia. Cada sinal marca o passo decisivo, afirmativo e reafirmativo da disposição do vocacionado em entregar-se totalmente a Cristo, que o chama para se configurar a Ele”. 

O reitor afirmou que os seminaristas estão diante de um passo importante quanto à decisão do desejo de se ordenar e de servir a Deus.

“Não se pode decidir querer ordenar-se se não tiver dado o primeiro passo. O caminho se faz caminhando e só se caminha dando o primeiro passo”. 

Cônego Leandro louvou e bendisse a Deus pela coragem e propósito dos jovens por essa opção fundamental, e salientou que o processo formativo não é dualista, mas integral: “a mística e ação”. 

“Os jovens se revestem de um hábito não para ostentar, mas para significar, de forma concreta, aquilo que está acontecendo de forma transcendente no caminho formativo. É uma expressão concreta e visível do que está no interior”, disse. 

“Os jovens são oriundos de realidades desafiadoras”, observou cônego Leandro, nas quais também “são enviados em missão na pastoral ao longo do processo formativo a servir e anunciar a Jesus Cristo”. 

“Com esse desejo – finalizou o reitor – “queremos formá-los para que tenham consciência da perspectiva integral da formação pessoal e da formação das quais eles irão anunciar o Evangelho”. 

 

Carlos Moioli 

Foto: Gustavo de Oliveira

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