Entre os dias 14 e 16 de outubro de 2022, ocorreu o Congresso Missionário do Regional Leste 1 (Comire) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sediado pela Diocese de Nova Friburgo.
Nesse período de estabilização pós-pandêmica, a adesão da dimensão missionária é um direito e uma obrigação para nós batizados. Justamente para atender a essa súplica do Papa Francisco, de se ter uma Igreja profundamente missionária, é que toda a nossa CNBB está promovendo, não de hoje, essa elucidação do caráter missionário e sinodal que a Igreja de Cristo tem e deve fazer manifestar, por meio do Corpo Místico de Jesus Cristo, que somos nós.
De acordo com o padre Jovane Carmo, coordenador do Conselho Missionário Regional (Comire), “nosso objetivo é promover a maior conscientização missionária, a fim de que compreendamos que todo batizado é missionário, é convidado a anunciar Jesus Cristo. Assim como o Senhor é enviado do Pai para anunciar o Reino e nos convida à conversão, à mudança de vida, ao crescimento na fé, à intimidade e à comunhão com Deus, esse mesmo Jesus envia os discípulos em missão”.
Mediante o chamado universal à santidade, também em nosso coração é enxertada essa convocação à missão como característica essencial da santificação. Um coração santificado é um coração disposto a amar, servir e anunciar o Reino de Deus a todos.
Justamente à luz do Concílio Vaticano II é que o Papa Francisco propõe-nos categoricamente – em seu discurso em comemoração aos 50 anos da instituição do Sínodo dos Bispos – o caminho específico que deve nortear a ação eclesial da Igreja Universal: “o caminho da sinodalidade é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja no Terceiro Milênio”.
É preciso que estejamos caminhando lado a lado, dispostos a refletir juntos a respeito do caminho percorrido até hoje, propondo caminhos adequados para que o nome de Cristo ressoe no coração da Humanidade, tal é propriamente a definição de sinodalidade. Viver a sinodalidade é, portanto, caminhar juntos, abstendo-se de qualquer coisa que possa causar a divisão, mas conjugando toda a nossa realidade para uma profícua ação missionária.
Conforme foi exposto pelo conferencista convidado, padre Daniel Luz Rocchetti, assessor para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, da CNBB –, “são constitutivos à Igreja, ou seja, naturais à Igreja, tanto a missionariedade quanto a sinodalidade”.
Tendo reconhecido a importância para o exercício de nossa pastoral arquidiocesana como representante de nossa arquidiocese, o Seminário Arquidiocesano de São José enviou cinco seminaristas que compõem o Conselho Missionário de Seminaristas (Comise), a fim de que possam transmitir o que receberam ao povo de Deus que compõe esse arcebispado.
Como disse-nos o Papa, em sua Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium”: “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada, por ter saído pelas estradas, do que uma Igreja enferma, pela oclusão e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças”. Sejamos, portanto, constantes anunciadores do Evangelho, com a nossa própria vida e com nosso testemunho, cientes de que somos discípulos missionários do Deus de Amor, que habita em nossos corações.
Waiss Lucas Barboza Coelho – seminarista da configuração I