“Neste tempo de indiferença, de afastamento, de tantas violências, o presépio nos lembra de quanto Deus amou o mundo, que enviou o seu Filho, o Verbo encarnado, no seio de Maria, e nasceu em Belém, na pobreza, e está presente no meio de nós hoje”, disse o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, ao inaugurar e abençoar a árvore de Natal e o presépio no espaço externo da Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, na Glória, na noite do dia 11 de dezembro.
O presépio, lembrou o arcebispo, é um “sinal visível de quem celebramos no Natal, Jesus Cristo.” A árvore, completou, vislumbra que Cristo é a “verdadeira luz que ilumina todo homem que vem ao mundo”.
Dom Orani recordou que neste ano se comemora 800 anos do presépio vivo que São Francisco de Assis elaborou, em Greccio, no ano de 1223, quando regressou da Terra Santa. A representação da Natividade do menino Deus iniciada por ele tornou-se uma tradição e perdura até hoje.
“Nosso desejo é que o presépio seja montado em nossas casas, paróquias, praças, e, de maneira especial, em nossos corações. Que ele seja um sinal do Natal cristão. É Cristo que nasce no meio de nós. Ele é o Cristo que vem, entre a primeira vinda na história e a segunda vinda no final dos tempos, Cristo vem hoje em nossa vida”, disse o arcebispo.
A celebração de bênção da árvore de Natal e do presépio foi realizada após missa presidida por Dom Orani e concelebrada pelo capelão da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, monsenhor Sérgio Costa Couto, cuja intenção foi em memória do empresário e engenheiro Renato Abreu, que morreu aos 76 anos, no dia 30 de novembro, em São Paulo. Provedor da Irmandade Imperial do Outeiro da Glória, ele deixou a esposa, Lourdinha Abreu Maia, filhos e netos.
Patrocinada pela empresa EBSE, de propriedade de Marcelo Bonilha, a árvore de Natal, inspirada no manto de Nossa Senhora, nas cores predominantes de verde e azul, formada por módulos encaixados, contendo 25 metros de altura e pesando dez toneladas de ferragem. O presépio e a árvore de Natal ficarão expostos até o dia 6 de janeiro, quando a Igreja celebra a Solenidade da Epifania do Senhor.
Carlos Moioli
