“Eu não queria ter minha bebê. Queria tirar. Mas uma amiga me indicou a psicóloga que atende na Igreja e aí eu entendi que não tenho o direito de tirar uma vida. É um momento único receber um filho nos braços. É uma bênção. Hoje, olho para a minha filha e vejo nela uma grande amiga. É a minha companheirinha”, contou Fabiana dos Santos, que, dois anos atrás, ao ser acolhida e entendida em suas necessidades, desistiu de abortar.
Fabiana está entre as mais de 430 mulheres cadastradas no Centro Social Nossa Senhora do Parto, apoiado pelo projeto Ação de Amor do Cristo Redentor, que coordena os serviços técnicos e divulga o espaço de atendimento – disponibiliza um trabalho multidisciplinar de apoio a gestantes oferecendo atendimento social, psicológico, terapia de família, orientação jurídica (reconhecimento da paternidade e pensão alimentícia), orientação e defesa da vida, e curso de acompanhamento educativo à mulher grávida (desenvolvimento do bebê, cuidados pré-natais e puericultura), de forma gratuita.
“A marca do centro é a acolhida, porque a pessoa quando chega aqui já não tem mais portas para bater. A última porta pode levá-la a fazer uma besteira com essa criança. Por isso, devemos fazer essa acolhida da melhor forma possível”, contou a coordenadora do projeto Ação de Amor do Cristo Redentor e responsável técnica do Centro Social Nossa Senhora do Parto, Silvia Gonzaga.
Criado há quatro anos, o trabalho, que atende principalmente jovens de 14 a 18 anos em situação de vulnerabilidade social e/ou vítimas de abusos, tem como missão oferecer um espaço inclusivo de acolhimento e valorização da vida. Conta com a dedicação de 15 voluntários – assistentes sociais, terapeutas e advogados –, que, graças à parceria com diversas instituições de saúde, acadêmicas e religiosas, atuam visando a restituição da dignidade da gestante e o direito que o bebê tem à vida.
“Quando Nossa Senhora teve que dar a resposta ao anjo, ela disse ‘sim’ à vida. E essas mulheres têm a oportunidade de assumir a gestação. Elas são colocadas em uma posição em que se tornam livres o suficiente para dizerem: ‘Sim, eu quero ter esse filho!’. Elas podem, então, dizer ‘sim’ à vida”, afirmou Silvia.
A mulher é acompanhada e recebe todo o apoio durante a gestação e também após o parto, quando tem a possibilidade de participar de cursos profissionalizantes, e, então, se descobrir empreendedora para o sustento da família.
O Centro Social Nossa Senhora do Parto funciona de segunda a sexta-feira, das 13h às 16h30, na Rua Rodrigo e Silva, no Centro. Os atendimentos, feitos com hora marcada, podem ser agendados pelo telefone: 2292-8892.
“Eu voltei a sonhar, a estudar, e tenho esperança de um futuro melhor”. (Denise da Silva São Julião)
“No Centro Social Nossa Senhora do Parto eu recebo todo o apoio que eu preciso no momento”. (Luana dos Santos Santana)
“O Centro Social Nossa Senhora do Parto foi uma luz no fim do túnel para mim e para meus filhos”. (Fernanda Bernardo da Silva Dultra)
Autor: Nice Affonso / Nathalia Cardoso.