O bispo, “servidor de todos”, para anunciar a esperança cristã que nunca decepciona!

O Santo Padre, o Papa Francisco, aceitando o nosso pedido de contar com a colaboração de mais bispos auxiliares para o trabalho pastoral em nossa amada Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, nos concede a alegria de nomear três novos colaboradores: Mons. José Maria Pereira, Vigário Geral da Diocese de Petrópolis, RJ; Mons. Joselito Ramalho Nogueira, Vigário Geral da Diocese de Cachoeiro do Itapemirim e Pároco de Santo Antônio de Pádua, em Rio Novo do Sul, ES (Diocese de Cachoeiro do Itapemirim) e Mons. HiagenVieira Franco, Reitor do Seminário de Teologia da Diocese de Guaxupé, MG.

No mesmo ato o Papa Francisco aceita a renúncia ao ofício de Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro do Exmo. Dom Antônio Augusto Dias Duarte.

Uma metrópole como a nossa cidade e arquidiocese precisam de colaboradores para ajudarem o Arcebispo no pastoreio do amado Povo de Deus carioca.  Por isso todo aquele que é escolhido para a plenitude do episcopado, para ser de maneira especial nosso colaborador, e que estará à cabeça do povo santo de Deus deve recordar antes de mais que o bispo, sobretudo, é o servo de todos […], uma vez que o Senhor dos senhores (cf 1Tm 6,15) Se dignou pôr-Se ao nosso serviço.

Recordemos, com efeito: “Levantou-se também entre eles uma questão: qual deles se devia considerar o maior?” (Lc22,24); mas o Médico, que estava com eles, refreou-lhes a presunção […], dando-lhes como exemplo de humildade uma criança (cf Mt 18,1-5).

Entre outras virtudes dos responsáveis pela Igreja, sobretudo aqueles que são eleitos para o Episcopado, o apóstolo Paulo recomenda-nos a da humildade (cf 1Tm 3,6). […] Quando o Senhor quis fortalecer os seus apóstolos na humildade, disse-lhes: “Quem entre vós quiser tornar-se grande, seja vosso servo” (Mt 20,26). […], porque Cristo “não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de todos” (Mc 10,45). Foi assim que Ele serviu – dando a sua vida para nos resgatar – e é assim que quer que também nós sirvamos. Fomos resgatados da morte pela sua morte e pelo seu sangue; nós, que estávamos caídos por terra, fomos reerguidos pela sua humildade. Agora, devemos fazer a nossa parte pelos seus membros, porque fomos constituídos como tal: Ele é a cabeça, nós o corpo (cf Ef 1,22-23). É por isso que o apóstolo João nos exorta a imitá-lo, dizendo: “Ele deu a sua vida por nós e nós devemos também dar a vida pelos nossos irmãos” (1Jo 3,16).

O Papa Francisco traça o perfil do Bispo de nossos dias: O bispo é um administrador de Deus e não do poder de Deus. Paulo deixa Tito em Creta, para colocar ordem na comunidade, recordando-lhe que a “primeira coisa é a fé”. Ao mesmo tempo, oferece critérios e instruções sobre a figura do bispo como “administrador de Deus”, não dos bens ou do poder de Deus. Sempre deve corrigir a si mesmo e perguntar-se: “Sou administrador de Deus ou sou um negociante?”. O bispo é administrador de Deus. Deve ser irrepreensível: esta palavra é a mesma que Deus pediu a Abraão: “Anda na minha presença e sê perfeito”. É a palavra fundamental, de um líder.

As peculiaridades do servidor de Deus são: hospitaleiro, amante do bem, ponderado, justo, santo, dono de si, fiel à Palavra que lhe foi ensinada. Este é o perfil do bispo. E quando se fazem questionamento para a eleição de novos bispos, é importante ter em conta essas perguntas para saber se é possível alguém ser ordenado episcopus. O bispo deve ser humilde, manso, servidor.

Não haverá ordem na Igreja sem esta atitude evangélica dos bispos. O que conta diante de Deus não é ser simpático, pregar o bem, mas ser humilde e colocar-se a serviço. Sejam assim, sejamos assim, concluiu o Papa, como Paulo nos pede ser. (Conferir Homilia na Casa Santa Marta de 13 de novembro de 2018).

Entre os desafios de ser um bispo está o pastoreio neste momento atual que vivemos de mudança de época e que atinge sobretudo os valores. Constata-se uma desorientação sobre o que é certo e o que é errado, mudanças de compreensão dos valores da família, da religião e até mesmo da compreensão de Deus. Desejo aos novos bispos auxiliares que façam comunhão junto com os demais bispos que já trabalham nesta Arquidiocese. Espero que levem ao povo e ao clero o sentido da fé e da presença de Jesus Cristo na vida das pessoas com redobrada esperança e permanente caridade.

Desejo, portanto, aos novos três bispos auxiliares eleitos que sejam homens de oração, devotados ao serviço de santificação do povo santo de Deus que peregrina no Rio de Janeiro, firmes na caridade e dispostos a peregrinar, como peregrinos de esperança, em todos os cantos e recantos de nossa Arquidiocese. Sejam humildes, piedosos, devotos da Virgem Santa Maria, Mãe de Deus e da Igreja, e não príncipes. Vivam a simplicidade evangélica.

Os três novos bispos já estão experimentados em auxiliarem seus bispos como vigários gerais em suas circunscrições eclesiásticas e reitores de Seminário. Será de grande valia a sua colaboração tanto na Cúria Metropolitana como na formação de nossos seminaristas. Considero o Seminário São José o coração da Igreja Arquidiocesana. Conto com o empenho dos bispos eleitos no governo e na santificação do povo santo de Deus, sobretudo dos seminaristas e do clero!

Sejam bem-vindos em nossa amada Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro!

Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

 

Biografia dos bispos eleitos:

 

 

Monsenhor Joselito Ramalho Nogueira

Do clero de Cachoeiro de Itapemirim, cidade vinculada à Província Eclesiástica de Vitória, no Estado do Espírito Santo, pertencente ao Regional Leste 3 da CNBB, Monsenhor Joselito Ramalho Nogueira tem 59 anos de idade e 31 anos de sacerdócio. Nascido no dia 10 de novembro de 1964, em Conceição de Muqui (ES), na Diocese de Cachoeiro de Itapemirim (ES), foi ordenado presbítero no dia 19 de junho de 1993. Atualmente, é vigário-geral, professor de Teologia e pároco da Paróquia de Santo Antônio de Pádua, em Rio Novo do Sul (ES).

Estudos: Após obter o título de bacharel em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (MG), em 1986, cursou estudos filosóficos no Seminário Diocesano Bom Pastor de Cachoeiro de Itapemirim (ES), de 1987 a 1988, e estudos teológicos no Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocese de Vitória (Iftav), de 1989 a 1992. Obteve então a licenciatura em Teologia Espiritual na Pontifícia Faculdade Teológica Teresianum e a licenciatura em Teologia na Pontifícia Universidade São Tomás de Aquino (Angelicum), em Roma, de 1997 a 1999. Posteriormente, obteve o Doutorado em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana de Urbe, de 1999 a 2001.

Após sua ordenação, Monsenhor Joselito Ramalho Nogueira ocupou os seguintes cargos: Pároco da Paróquia São José, na cidade de Mimoso do Sul (ES), em 1993, pároco da Paróquia Santíssima Trindade, em Marataízes (ES), de 1993 a 1997, fez estudos superiores em Roma, de 1997 a 2001, pároco da Paróquia Nosso Senhor dos Passos, em Cachoeiro de Itapemirim, de 2001 a 2013, pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, em Cachoeiro de Itapemirim, de 2013 a 2022, docente do Centro Universitário São Camilo, em Cachoeiro de Itapemirim, desde 2014, e pároco da Paróquia Santo Antônio de Pádua, em Rio Novo do Sul, desde 2022.

Também exerce na Diocese de Cachoeiro de Itapemirim os ofícios de vigário-geral, membro do Colégio de Consultores e do Conselho Presbiteral, professor catedrático do Instituto Interdiocesano de Teologia IFTAV e da Escola Diaconal Diocesana de Santo Estevão e membro da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (Soter). Foi também coordenador diocesano de Pastoral, de 2004 a 2012, e coordenador do Regional Leste II, de 2012 a 2016).

 

 

Monsenhor Hiansen Vieira Franco

Do clero de Guaxupé (MG), vinculada à Província Eclesiástica de Pouso Alegre, pertencente ao Regional Leste 2 da CNBB, no Estado de Minas Gerais, Monsenhor Hiansen Vieira Franco tem 53 anos e 20 anos de sacerdócio.

Desde 2023, é reitor do Seminário da Diocese de Guaxupé (MG), colaborador nos finais de semana nas paróquias Sagrada Família e Santo Antônio, em Machado (MG), professor e diretor-geral adjunto da Faculdade Católica de Pouso Alegre (MG).

Monsenhor Hiansen Vieira Franco nasceu no dia 21 de maio de 1971, em Campestre (MG), Diocese de Guaxupé.

Estudos: cursou o Ensino Fundamental na Escola Municipal Campos, em Campestre (MG), e na Escola Estadual Professor José Félix em Potim (SP), o Ensino Médio na Escola Estadual Professora Paulina Cardoso, em Aparecida (SP). Após cursos de Filosofia e História na Universidade São Francisco de São Paulo (SP), obteve licenciatura plena em Filosofia e habilitou-se em História. Estudou Teologia no Instituto Teológico São José, em Pouso Alegre (MG). Na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, obteve licenciatura e doutorado em História da Igreja, de 2008 a 2014.

Foi ordenado presbítero no dia 3 de janeiro de 2004 para a Diocese de Guaxupé (MG). Após sua ordenação, ocupou os seguintes cargos:

Vigário paroquial da Paróquia São Sebastião, em Alpinópolis (MG), em 2004, administrador paroquial da Paróquia São Sebastião, em Areado (MG), de 2004 a 2005, reitor do Seminário da Diocese de Guaxupé, em Pouso Alegre (MG), de 2004 a 2008, vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Campestre (MG), de 2004 a 2008, e professor da Faculdade Católica de Pouso Alegre (MG), de 2004 a 2008.

No período de 2008 a 2014, estudou em Roma, onde fez Licenciatura e Doutorado em História da Igreja pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Ao voltar, foi pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Poços de Caldas (MG), de 2015 a 2018, e pároco da Paróquia São Domingos, em Poços de Caldas (MG), de 2018 a 2023.

Desde 2015, é professor de História da Igreja e Patrologiada Faculdade Católica de Pouso Alegre (Facapa), em Pouso Alegre (MG).

 

 

Monsenhor José Maria Pereira

Do clero da Diocese de Petrópolis (RJ), vinculada à Província Eclesiástica de Niterói (RJ), no Regional Leste 1 da CNBB, Monsenhor José Maria Pereira tem 66 anos e 37 anos de sacerdócio. Atualmente, é pároco da Paróquia São José, em Petrópolis, vigário-geral, moderador da Cúria e juiz do Tribunal Eclesiástico.

Nasceu em 2 de março de 1958, na cidade de Senhora dos Remédios (MG), Arquidiocese de Mariana (MG).

Estudos: cursou o Ensino Fundamental na Escola Municipal Magalhães Pinto, em Senhora dos Remédios (MG), concluído em 1977, e o Ensino Médio no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino, em Petrópolis, concluído em 1980. Estudou Filosofia no Seminário Nossa Senhora do Amor Divino, em Petrópolis, de 1981 a 1982, e Teologia na Escola Teológica da Congregação Beneditina (RJ), de 1983 a 1986. Além disso, estudou na Faculdade de Pedagogia da Universidade Católica de Petrópolis, e obteve licenciatura em Direito Canônico no Instituto Superior de Direito Canônico do Rio de Janeiro, de 2000 a 2001.

Foi ordenado Sacerdote em 7 de dezembro de 1986 para o clero de Petrópolis. Após sua ordenação, ocupou os seguintes cargos: Vice-reitor do Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino, de 1987 a 1990, Vigário paroquial da Paróquia Santana da Inconfidência, em Petrópolis, de 1987 a 1990, professor de Latim no Seminário Diocesano e de Religião no Seminário Diocesano (Ensino Médio), de 1987 a 1997, professor de Metodologia de Ensino e Pesquisa, de 1987 a 2003, assistente espiritual do Movimento Serra, de 1987 a 2016, pregador de retiros na Associação  Foyer de Charite (Lar de Caridade), em Mendes (RJ), desde 1987, e consultor da Comissão para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada do Regional Leste 1 da CNBB, de 1988 a 2004.

Também foi professor de Teologia da Universidade Católica de Petrópolis, de 1988 a 2010, coordenador diocesano de Pastoral Juvenil e Pastoral Vocacional, de 1988 a 2010, diretor espiritual do Seminário Diocesano, de 1990 a  2004, assistente espiritual do Colégio de São Paulo e diretor espiritual do Noviciado das Irmãs Angélicas, em Teresópolis (RJ), de 1991 a 2000, administrador paroquial da Freguesia de São José do Itamarati, em 1992 e 1993, diretor-geral do Seminário Nossa Senhora do Amor Divino (Colégio), desde 1998, professor de Direito Canônico da Universidade Católica de Petrópolis (RJ), de 2001 a 2010, assistente espiritual da Pastoral Familiar do Regional Leste 1 da CNBB, em 2023 e 2024, reitor da Universidade Católica de Petrópolis, de 2004 a 2007, organizador e diretor da Escola Diaconal de Santo Estevão, de 2007 a 2016, membro da Academia Petropolitana de Educação, desde 2010, e presidente da Associação Mantenedora das Faculdades Católicas de Petrópolis (RJ), desde 2011.

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