Celebração na praia marcou os 13 anos da páscoa de Guido Schäffer

Os 13 anos da páscoa do Servo de Deus Guido Schäffer foram celebrados na manhã do dia 1º de maio, no Posto 11, na Praia do Recreio dos Bandeirantes, com a edição presencial do evento “D.I.A. na Praia 2022”, que teve como lema: “Deus é jovem”. Houve bênção das pranchas, recitação do Terço Mariano, show do cantor e compositor católico Clauton Rocha, adoração ao Santíssimo Sacramento e Santa Missa, e, no final, a ‘roda dos surfistas’.

Desde 2016, com a realização do D.I.A., abreviação da expressão bíblica “Duc in altum” (Lc 5,4), que significa “mergulhar em águas mais profundas”, amigos, familiares e devotos de Guido se reúnem para rezar pela beatificação e canonização do médico, seminarista e surfista, considerado modelo de santidade para os jovens.

Depois de dois anos de interrupção por causa das limitações da pandemia, o evento voltou a ser realizado na hoje Praia do Guido, onde morreu afogado quando surfava com amigos, no dia 1º de maio de 2009, aos 34 anos. Em 2020, aconteceu on-line, com o nome “D.I.A. na sua casa”, e, em 2021, ainda com restrições da pandemia, foi chamado de “D.I.A. na Catedral”.

A abertura do processo de beatificação de Guido Schäffer pela Arquidiocese do Rio de Janeiro ocorreu no dia 17 de janeiro de 2015, dentro da Trezena de São Sebastião, durante cerimônia realizada na Basílica da Imaculada Conceição, em Botafogo. Seus restos mortais encontram-se na Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, onde era paroquiano.

 

Bênção das pranchas

Logo no início, o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta – que presidiu as exéquias do Servo de Deus e conduziu a abertura do processo de beatificação – abriu o evento com a bênção das pranchas, que estavam na areia e em frente a um altar.

 

Modelo de vida cristã

Na sua mensagem, Dom Orani lembrou que após a fase diocesana, com pesquisas e testemunhos da vida e virtudes heroicas de santidade do Servo de Deus Guido, o processo foi enviado à Congregação para a Causa dos Santos, no Vaticano.

“O passo seguinte é o reconhecimento de sua venerabilidade, isto é, irá se tornar Venerável. Esperamos que isso aconteça ainda neste ano”, desejou.

“Recordamos hoje o dia em que Guido foi para a eternidade depois de uma vida que para nós foi curta, mas para Deus, suficiente. Agradecemos a Deus pela sua vida, ele que soube corresponder a Sua graça e de colocar em prática a Sua Palavra na simplicidade do cotidiano da vida”.

Dom Orani observou que Guido viveu a juventude como médico, vocacionado e surfista com muita intensidade, sendo um sinal de vida cristã para todos.

“Como consequência de sua vida cristã, Guido deixou exemplos bonitos de vida de oração, de pregador da Palavra de Deus, de conversão de vida e de busca da santidade. Empenhou-se na evangelização, sobretudo com os jovens, e no servir os mais pobres, como médico, na Santa Casa de Misericórdia, ou junto às Missionárias da Caridade, com os moradores em situação de rua”, disse.

Dom Orani destacou que Guido “colocou todos os seus dons a serviço das pessoas, e tudo o que fazia estava sempre unido ao Senhor. Antes de surfar, rezava com seus amigos e os ajudava a encontrarem-se com Deus”.

“Também nós, a seu exemplo, independentemente da situação ou de qualquer realidade, podemos percorrer o caminho da santidade, passar pelo mundo fazendo o bem na vida das pessoas, preocupando-se com uma sociedade mais justa, mais humana e mais fraterna. No lugar do ódio, do rancor, da exploração e de tantas situações que ameaçam ou tiram a vida dos irmãos, sejamos pessoas que constroem pontes, que se preocupam com o bem dos outros”, concluiu o arcebispo.

 

Ação de graças

A Santa Missa foi presidida pelo vigário episcopal para a Vida Consagrada, Dom Roberto Lopes, também delegado para a Causa dos Santos em âmbito arquidiocesano e responsável pelo processo do Servo de Deus Guido Schaffer. A homilia foi feita pelo padre Thiago Bartoli, companheiro de Guido nos tempos de seminário. Também foram concelebrantes o cônego Jorge (Jorjão) Luiz Neves Pereira da Silva, autor do livro “Guido: mensageiro do Espírito Santo”, e o padre jesuíta Javier Pérez Enciso, que foi diretor espiritual de Guido. A adoração ao Santíssimo Sacramento foi conduzida pelo diácono André Luiz Oliveira dos Santos.

 

Carlos Moioli

Foto: Associação Guido Schaffer 

 

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