Consagrados da Comunidade Shalom participam de retiro na Catedral durante o Tríduo Pascal

Nos dias 28, 29, 30 e 31 de março, a Igreja Católica no mundo inteiro viveu a Semana Santa, momento ápice na vida de cada cristão, pois demonstra o mais alto sacrifício de amor: a morte e a ressurreição do próprio Cristo pela remissão dos pecados do mundo inteiro. Esta semana inaugura a Igreja, abre o céu para todas as almas e as liberta da escravidão eterna, sem mérito algum do homem, mas profundo e sublime amor e misericórdia de Deus.

A missão da Comunidade Católica Shalom, no Rio de Janeiro, viveu estes dias em unidade com a Igreja local, sediando o Retiro de Semana Santa na Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro, no Centro.

Com o tema: “Permanecei em Meu amor” (Jo 15,9), o retiro de 2024 convidou os presentes a fazer memória de todas as investidas de salvação do Senhor em suas vidas, dos atos de amor, sendo o mais sublime o da Cruz, quando Deus realiza a oferta total de si mesmo.

Na Sexta-Feira Santa, o vigário episcopal para a Vida Consagrada, Dom Roberto Lopes, pregou sobre o tema central do retiro, e afirmou que “fazer um retiro é inclinar a cabeça no peito de Jesus, estar ali na escuta, como João fez.” O pregador ainda convidou os presentes a refletir sobre a última vez que foram capazes de amar e dedicar a vida pelo irmão, sempre enfatizando o amor profundo de Cristo, que não se deixou cansar em intensidade e profundidade.

O retiro também contou com a Via-Sacra, que trouxe a meditação do calvário de Cristo a partir do tema do retiro. A reflexão propôs que a ressurreição pode demorar, pode parecer impossível. Mas que permanecer n’Ele garantirá a contemplação da vida, da ressurreição. Não há morte que não seja vencida pela vida de Jesus!

A presença do retiro da Comunidade Shalom na Catedral do Rio de Janeiro é marca da unidade da Igreja que é Una, Santa, Católica e Apostólica. Uma Igreja a serviço, à disposição dos homens e das mulheres que anseiam pela ressurreição, mesmo que não se percebam necessitados. Glaucianne Kely, coordenadora Apostólica da missão Shalom Rio de Janeiro, afirmou que “é uma alegria oferecer à Arquidiocese do Rio de Janeiro o Retiro de Semana Santa, e poder estar unidos a serviço para juntos introduzirmos cada mistério desta celebração que é a Semana Santa, como um sinal de alegria e um sinal de unidade, porque nós somos um só povo e uma só Igreja”.

O arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, também falou sobre a alegria da unidade com a Comunidade Shalom, e deixou uma mensagem de agradecimento: “É muito bom ver o interesse da Comunidade Shalom de estar aqui na Catedral, aproveitar esses dias de Tríduo Pascal para um tempo de retiro, e peço a Deus para que tenham aproveitado bastante, tenham crescido na fé, buscando ao Senhor cada vez mais, buscando as coisas do alto como fala a segunda leitura (Cl 3,1-4) deste Domingo de Páscoa, e possam sempre mais, tanto nas suas famílias, suas comunidades, como na arquidiocese, estar sendo missionários”, afirmou o arcebispo.

Sua homilia do Domingo de Páscoa também foi marcada pelo envio missionário e pela importância da unidade dos cristãos, como propôs a Comunidade Shalom nestes dias de retiro. O arcebispo narrou a experiência de João, que viu a Ressurreição do Senhor que acreditou, mesmo sem entender o que significava ressuscitar dos mortos. Ele acreditou que Cristo ressuscitou e que iriam reencontrá-Lo.

Esta experiência de permanecer na fé, permanecer no amor, porque acredita na Ressurreição de Cristo, é o chamado que Ele mesmo faz a cada cristão na Páscoa. À Comunidade Shalom e à assembleia, Dom Orani relembrou: “Somos chamados a tomar consciência que nós fomos escolhidos para ser testemunhas do Senhor. Dentre tantos no mundo, nós cristãos fomos escolhidos para ser testemunhas de que O Senhor Ressuscitou. Ele não apareceu para todo mundo, mas apareceu para os discípulos para serem testemunhas”.

É nesta certeza do chamado missionário que a Comunidade Católica Shalom exerce há quase 28 anos seu trabalho evangelizador na cidade do Rio de Janeiro, permanecendo sempre na alegria da unidade com a Igreja local, com o arcebispo e com todos os cristãos. O pedido nesta Páscoa é para que a Comunidade Shalom e a Igreja tenham a mesma fé e a mesma pressa que tiveram Pedro, João e Madalena que, ao contemplar o túmulo vazio, a morte que foi vencida, correram para testemunhar a alegria da vida nova!

 

Mariana Figueiredo, jornalista

 

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