Escola de Música Cristo Redentor: a música é para todos

Nos dias 30 e 31 de maio, um concerto de gala marcou o lançamento da Escola de Música Cristo Redentor, na Sala Cecília Meireles, na Lapa, centro do Rio.

Sob a regência do maestro Leonardo Randolfo, a orquestra sinfônica, o Coro da Princesa – coral oficial do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor – e os solistas Carolina Morel (soprano), Helena Lopes (mezzo-soprano) e Geilson Santos (tenor) executaram a Sinfonia nº 2 do compositor alemão Felix Mendelssohn, conhecida como “Lobgesang” (em português, ‘Canto de Louvor’).

Executada por cem músicos no palco, entre cantores e instrumentistas, a “Lobgesang” foi tocada pela primeira vez, em 1840, para celebrar o 400º aniversário da invenção da prensa por Johannes Gutenberg e a impressão da primeira Bíblia: a Bíblia de Gutenberg.

A obra mistura sinfonia e cantata, incorporando citações bíblicas em três temas principais: o louvor de Deus, a fidelidade de Deus para aqueles que esperam a sua ajuda e seu consolo e a ascensão do povo de Deus das trevas para a luz. Nos dois dias de apresentação, o público pode desfrutar da sinfônica de forma gratuita.

“Para nós é motivo de muito orgulho estarmos no palco da Sala Cecília Meireles, festejando e celebrando com essa peça grandiosa que é a “Lobgesang”, um grande hino de louvor. A gente inicia esse trabalho, essa arrancada da Escola de Música Cristo Redentor, esperando que essa escola faça a diferença nas milhares de vidas desses alunos que a gente pretende atender, trazendo música, trazendo esperança, trazendo um futuro diferente”, relatou o maestro Leonardo Randolfo.

Gerida pelo Instituto Movarte, em parceria com a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro e o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, a Escola de Música Cristo Redentor nasce com o objetivo de tornar acessível o ensino da música em padrões internacionais de qualidade às diversas camadas sociais.

Dois núcleos já se encontram em funcionamento em Petrópolis com 450 alunos e o terceiro foi inaugurado nas dependências da Escola João Luiz Alves do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), na Ilha do Governador, dia 25 de maio, por ocasião da visita de Dom Edgar Peña Parra, substituto para assuntos gerais da Secretaria de Estado do Vaticano, presente no Rio de Janeiro para as comemorações do centenário de reabertura do Seminário Arquidiocesano de São José.

O projeto prevê ainda a abertura de mais um núcleo em Campinho, na Zona Norte. A ideia é que sejam atendidos em torno de 500 jovens, totalizando assim quase mil beneficiados nos quatro núcleos.

“Gosto muito de dizer que a gente não tem que levar cultura a ninguém; a cultura ela já existe, cultura é a nossa forma de se expressar como ser humano. A gente tem a honra de dizer que estamos inaugurando nosso segundo núcleo em Campinho, onde lá implementaremos um trabalho voltado ao teatro musical, atendendo a 140 jovens daquelas comunidades”, disse o maestro Leonardo Randolfo.

“Essa escola abraçou esse trabalho que a gente já desenvolve há mais de 20 anos, hoje com mais de 450 alunos na cidade de Petrópolis, e é essa experiência de sucesso que esperamos trazer aqui para a cidade do Rio de Janeiro, alcançando cada vez mais, a cada passo, mais jovens, crianças e também idosos, afinal a música é para todos”, concluiu o maestro Leonardo Randolfo.

 

Luiz Casemiro e Vinícius Arouca

 

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