Fé em Deus: sim ou não?

Recentemente, fui convidada para jantar com amigos em uma churrascaria e logo, fomos direcionados a uma mesa com duas paletas de cores, uma escrita ‘Sim’, com letras na cor verde, e outra escrita ‘Não’, na cor vermelha. Só tínhamos essas opções, ou seja, ‘Sim’, para comermos tudo o que nos estava sendo servido, e ‘Não’ para o que recusássemos.

Ao receber as paletas, logo pensei nas respostas que damos a Deus, pois, em muitas situações dizemos ‘Sim’, ou seja, queremos Deus como nosso refúgio e proteção; mas, às vezes, dizemos ‘Não’, porque não queremos seguir a Palavra de Deus, porque a nossa vontade torna-se soberana e destemida. Queremos tudo ao nosso tempo!

O jantar acontecia em uma churrascaria, ou seja, estávamos em um rodízio, com muitas opções de comidas deliciosas e de bebidas também; lugar de conversas e de boas gargalhadas. Tudo estava muito acessível, o ambiente era propício à comilança e eu, como uma boa gordinha, só fiquei na paleta verde.

Interessante também é o simbolismo das cores: a vermelha, representa uma reprovação, um afastamento, mas, ao mesmo tempo, simboliza coisas boas, como o sangue e o amor, e a cor verde, naquele contexto, representava um diálogo silencioso com o garçom, permitindo, a quem interessasse, comer à vontade.

Mas o tempo todo eu refletia: seguir a Deus e colocá-lo acima de qualquer coisa é o maior desafio que assumimos em nossas vidas, não porque queremos, mas porque precisamos de Deus para todas as noções ações, aliás, o Evangelista Lucas, no Capítulo 21, Versículo 18, assim nos diz: “Entretanto não se perderá um só cabelo da nossa cabeça”.¹

Percebem que quando estamos em Deus, tudo nos leva a vê-Lo e a senti-Lo, isso porque sem Deus somos como vasos ocos, sem conteúdo, sem alegria, sem sentido. Deus está em toda parte, do nascer ao pôr do sol, Ele é único e nos tornarmos dependentes d’Ele. É ótimo porque tira de nós a prepotência, por exemplo.

Outro ponto interessante é que as plaquinhas significavam um afastamento de comunicação com a equipe de serviço e eu também refletia sobre esse comportamento, porque estamos nos tornando cada vez mais, homens e mulheres indiferentes ao diálogo, à proximidade. Somos capazes de ficar horas comendo e bebendo sem nos referirmos a quem nos serve.

Enfim, espero que você também seja corajoso para fazer a mais acertada de todas as escolhas, ou seja, escolher o ‘Sim’ para colocar Deus acima de todas as coisas e, se fores em uma churrascaria, pense nas plaquinhas como um sinal de que Deus quer ter você por inteiro e, se quiser me convidar para uma resenha, estarei ao seu dispor.

 

Cláudia Maurício Silva, advogada, doutoranda em Direito Canônico

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