Hospital do Rio cria ambulatório para atendimento em saúde mental

Com o ambulatório, o Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF-RJ), na Tijuca, passa a ter atendimento completo em saúde mental. Para esta área, existem também emergência psiquiátrica e internações para pacientes psiquiátricos e com dependência química.

“O novo ambulatório chega para acolhermos a uma demanda crescente de pacientes e famílias que necessitam de acompanhamento também fora do ambiente de internação. Entre os problemas mais prevalentes, destacamos os distúrbios de ansiedade, depressão, transtornos de personalidade, TDAH e dependência química”, afirmou Guilherme Machado, diretor médico do hospital.

A saúde mental de pessoas em todo o mundo foi impactada nos últimos anos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, só no primeiro ano da pandemia da Covid-19, houve aumento de 25% na prevalência global de ansiedade e depressão. E a situação não mudou, de acordo com o relatório Global Mind Project, publicado, recentemente, pela Sapien Labs.

“Assim como mostram os dados do levantamento, no dia a dia de atendimento, observamos que o comprometimento do bem-estar mental da população mundial não teve melhoras mesmo após o fim da pandemia”, destacou Ana Palmesciano, gerente do ambulatório e do Polo de Atenção Integral à Saúde Mental Papa Francisco (PAI), voltado para a internação de pacientes psiquiátricos, e da Comunidade Terapêutica Santa Clara, para pessoas com dependência química que buscam atendimento voluntariamente.

A gerente explicou que a inauguração do novo ambulatório é um marco significativo na oferta de serviços abrangentes para o bem-estar mental dos pacientes.

“A integração dos serviços de emergência psiquiátrica, internação para doenças mentais e dependência química, e agora o ambulatório, permitem uma abordagem holística e contínua para atender às diferentes necessidades dos pacientes e de seus amigos e familiares”, acrescentou.

A equipe do novo ambulatório é formada por profissionais de psicologia e de psiquiatria. “Além de prestar todo o suporte e acompanhamento aos pacientes, queremos derrubar os tabus que cercam problemas relacionados à saúde mental. É fundamental que as pessoas busquem ajuda sem medo de serem julgadas e discriminadas”, afirmou Ana. A exemplo do que ocorre no PAI, o atendimento ambulatorial é voltado para pessoas a partir dos 12 anos.

Para o diretor administrativo do HSF, Márcio Nunes, o novo ambulatório irá proporcionar mais conforto aos pacientes. “Outro ponto importante é permitir uma integração maior com os demais serviços voltados à saúde mental que hoje estão disponíveis pelo hospital”, afirmou. O diretor geral do HSF, frei Nicolau Castro, anunciou o que vem por aí: “Nosso projeto, até o fim do ano, é ampliar este atendimento, agregando outras especialidades, com foco no bem-estar dos pacientes”.

 

Alessandra Eckstein, jornalista

 

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