Jubileu do Mundo das Comunicações

De 24 a 26 de janeiro foi realizado no Vaticano o Jubileu do Mundo das Comunicações, primeiro encontro temático deste Ano Santo de 2025.

O reitor do Santuário Cristo Redentor e vigário episcopal para a Comunicação Social da Arquidiocese do Rio de Janeiro, padre Omar Raposo, participou desse momento singular para a Igreja, junto com lideranças da Associação Internacional de Radiodifusão e da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV.

Padre Omar liderou a peregrinação jubilar na Basílica de São Pedro, no Vaticano, e também participou da sessão “Diálogos com a cidade” sobre a “Liberdade de expressão e responsabilidade na era digital”, realizada na Embaixada do Brasil, em Roma, no dia 25 de janeiro.

 

 

 

Também foram conferencistas o diretor do Vatican News, jornalista Silvonei José, e o presidente da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), Paulo Ricardo Tonet Camargo.

Durante o encontro, padre Omar lembrou a “maturidade dos novos media”, indicando que podem ser “referência” para os novos meios de comunicação. “Não podemos demonizar os novos media”, afirmou.

Padre Omar garantiu que vai ser possível “encontrar ferramentas de mediação” para que as novas mídias tenham formas de regulação, permitindo que as diferentes visões permitam o debate nos novos media, que parecem estar “muito soltos”.

 

 

O grupo brasileiro, junto com profissionais da área de comunicação de 138 países, foi acolhido pelo Papa Francisco, na Sala Paulo VI, no dia 25 de janeiro, que deixou o discurso de lado e preferiu dirigir algumas palavras improvisadas aos presentes.

“Gostaria somente de dizer uma palavra sobre a comunicação: comunicar é sair um pouco de nós mesmos, para dar algo de mim ao outro. E a comunicação não é só saída, mas também o encontro com o outro. Saber comunicar é uma grande sabedoria. Estou feliz com este Jubileu dos Comunicadores. O seu trabalho é de construção, constrói a sociedade, a Igreja, fazer tudo ir para frente, desde que seja verdadeiro. Comunicar é algo divino. Obrigado por aquilo que fazem”, disse o Papa.

Já no discurso transmitido aos participantes, o Santo Padre lembrou que “ser jornalista é mais do que uma profissão. É uma vocação e uma missão, com uma responsabilidade peculiar e uma tarefa preciosa. A linguagem utilizada pode acender ou apagar a esperança, pode dar voz aos marginalizados”.

O Papa convidou jornalistas a contarem histórias de esperança e que alimentam a vida. “Quando contarem sobre o mal, deixem espaço à possibilidade de consertar o que está rompido”, semeando interrogativos. Contar a esperança significa ver as migalhas do bem escondidas mesmo quando tudo parece perdido. “E é isso o que eu os encorajo a fazer: contar a esperança, compartilhá-la. Esse é –como diria São Paulo – o seu ‘bom combate.’”

Após a bênção, o Pontífice saudou pessoalmente alguns dos comunicadores presentes.

 

Carlos Moioli

 

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