Depois de um processo fecundo de reflexões, a Pastoral Arquidiocesana da Música será lançada no dia 9 de abril, às 11h, no subsolo da Catedral de São Sebastião. A seguir, em entrevista ao TF, o maestro Vito Nunziante explica a finalidade desta pastoral, que é pioneira no país.
TF – Como foi o processo para estruturar a nova pastoral?
Vito Nunziante – O processo de montagem e estrutura da Pastoral Arquidiocesana da Música teve seu começo em 2018 com as primeiras reuniões no Edifício São João Paulo II, na Glória, com as presenças do bispo auxiliar Dom Paulo Celso Dias do Nascimento, que estava à frente do processo, do coordenador de pastoral da arquidiocese, cônego Cláudio dos Santos, e do coordenador da Comissão Arquidiocesana de Música Sacra (CAMS), monsenhor Manuel Manangão, e também de membros da Música Católica do Rio de Janeiro (MCRJ) e convidados. Houve sugestões, ideias, experiências e vivências, e chegamos a diversas conclusões positivas.
Montamos a estrutura do plano de ação e estratégias, e com isso já tínhamos praticamente pronto o processo da pastoral. Teríamos o início no dia 28 de março de 2020. Com a pandemia, infelizmente, tivemos que adiar o lançamento e, agora, será no dia 9 de abril 2022. Foi um intervalo interessante e oportuno para melhorar as ferramentas, aperfeiçoar as estratégias e ver as possíveis necessidades do nosso povo.
TF – O que vai acontecer com os grupos já existentes e o que a pastoral vai contemplar?
As estruturas irão ser mantidas, como a CAMS e a Música Católica do Rio de Janeiro (MCRJ), que já existiam antes de 2018. Vamos fazer também um segmento que contemple os membros da RCC que atuam nas celebrações eucarísticas, e também vamos ter grupos de músicas para as crianças e coral.
Teremos também um grupo vicarial que atuará nas suas regiões, dando suporte aos músicos que tocam nas celebrações eucarísticas. Claro que o processo e o resultado se darão a médio ou a longo prazo. De curto prazo podemos ter algumas sensíveis melhorias e com o tempo veremos os resultados, os frutos.
TF – Com que base a pastoral vai atuar?
Vito Nunziante – O processo de montagem foi longo. Tivemos a preocupação de fazer um alicerce bem firme e seguro para que possamos construir da melhor forma possível esse nosso universo musical, que se busque um tripé fundamental na caminhada que é a questão do conhecimento da liturgia, vivência espiritual e conhecimento técnico.
Com esse tripé vamos atuar fortemente nessa melhoria, na santificação do servir do músico católico nas igrejas no seu dia a dia, sejam eles regentes, crianças na catequese, jovens de todas as instâncias da nossa arquidiocese.
TF – Quando será o lançamento da nova pastoral?
Vito Nunziante – Nosso lançamento será dia 9 de abril, às 11h, no subsolo da Catedral de São Sebastião, com a presença de representantes das comunidades paroquiais de nossa arquidiocese e convidados. Também estará nosso arcebispo, Cardeal Orani João Tempesta, e o bispo auxiliar Dom Célio da Silveira Calixto Filho, que está dando atualmente suporte eclesiástico no processo de construção da pastoral.
TF – O que tem de novo na Pastoral Arquidiocesana da Música?
Vito Nunziante – Será um dia histórico em nossa arquidiocese. Mas uma vez a Arquidiocese do Rio de Janeiro será a pioneira em âmbito nacional. A CAMS foi lançada em 1961, e a primeira arquidiocese que teve a estrutura de organização de escolha de cantos foi a do Rio. Agora, praticamente 61 anos depois temos também o pioneirismo do lançamento da estrutura dessa pastoral. Será a primeira arquidiocese em âmbito organizacional e poderá ser o modelo replicador para outras dioceses.
Pedimos que Deus nos dê sempre forças porque precisamos seguir em frente. O trabalho irá começar a partir do dia 9 de abril, com muitas lutas e batalhas, mas também com conquistas e vitórias, sempre se colocando na presença de Deus para santificar nosso servir junto ao seu rebanho. Que Deus nos abençoe hoje e sempre.
Carlos Moioli