Nova sede da matriz para os fiéis da língua chinesa

A Arquidiocese do Rio de Janeiro conta novamente com um espaço próprio para que os fiéis chineses possam viver a vida em comunidade, prestar culto a Deus e receberem os sacramentos. 

Uma missa no dia 16 de abril marcou a inauguração da Matriz de São José para os fiéis de língua chinesa, situada na Rua São Francisco Xavier, 75, na Tijuca. A nova sede fica anexa à Paróquia São Francisco Xavier.

Durante a celebração, o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, também presidiu o rito da dedicação do altar. 

Foram concelebrantes, o pároco, padre José Li Guozhong, o vigário episcopal do Vicariato Norte, padre Aldo de Souza Santos, e o pároco da Paróquia Santa Teresa de Jesus, em Santa Teresa, padre Li (Pedro) Tiangang.

 

Histórico

A Paróquia Pessoal São José para os fiéis da língua chinesa foi criada por Dom Eugenio de Araujo Sales no dia 7 de janeiro de 1977. Na época, sob o pastoreio do padre Joseph Yao, ela funcionou em um espaço da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, na Glória. Durante 30 anos os fiéis de língua chinesa foram atendidos com missas, sacramentos, cursos e acesso a uma biblioteca. Fechada no dia 20 de outubro de 2007, desde então, os fiéis não tinham um espaço próprio.

 

Pároco

O responsável pela Paróquia Pessoal São José para os fiéis de língua chinesa é o padre José Li Guozhong, sacerdote incardinado na Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Padre José Li teve uma vida marcada por muitas dificuldades para conseguir realizar sua vocação de se consagrar a Deus.

Ele nasceu em 23 de fevereiro de 1963 na China, um país comunista, onde não há liberdade religiosa, no seio de uma família de fé extraordinária que fazia suas orações às escondidas.

Nesse ambiente a infância do padre Li foi inteiramente marcada por atos de bravura de seus pais de não renegar a fé, sendo eles os primeiros catequistas na sua educação religiosa, tendo sua mãe o ardente desejo que ele fosse padre, para ser cumprida uma promessa que ela fez após o seu nascimento.

Sua família mantinha o hábito de orar pela manhã, à noite e antes das refeições e refletir a Palavra de Deus.

O jovem José Li tinha o desejo de receber Jesus Eucarístico mesmo sem haver estudado o Catecismo. Mas a graça divina não falha e aos 16 anos soube que um padre visitava um vilarejo próximo, fato que não ocorria há 30 anos, e na companhia de um colega de colégio andaram à noite ao local. Com o padre, os jovens aprenderam sobre o que é confissão, fizeram-na e receberam a Sagrada Comunhão pela primeira vez.

A vocação de ser sacerdote aumentava cada vez mais.

Pouco tempo depois, um tio padre Pedro Xiao, que trabalhava com a colônia chinesa em São Paulo, foi visitar a família na China. Padre Pedro então incentivou a vinda do jovem José Li para o Brasil.

Depois das dificuldades impostas pela polícia chinesa para a emissão do passaporte, no dia 26 de outubro de 1983, chegou a São Paulo. Passou um ano aprendendo português e entrou para o Seminário Arquidiocesano de São José, no Rio de Janeiro. Fez filosofia, teologia e, no dia 18 de agosto de 1991, foi ordenado sacerdote pelo bispo chinês Dom Mateus Jia Yen-wen, em São Paulo. A ordenação teve a presença do bispo auxiliar do Rio de Janeiro Dom Karl Josef Karl Romer.

No Rio de Janeiro, padre Li esteve por 13 anos à frente da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Ramos, e desde o dia 5 de setembro de 2004 é o pároco da Paróquia São Francisco Xavier, na Tijuca.

 

Da Redação

 

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