‘Padre Gino foi um missionário que alcançou vidas e corações para resgatar e promover’

O cônego Gino Serafin, que exerceu o ministério sacerdotal por mais de 30 anos na Arquidiocese do Rio de Janeiro, foi para a eternidade, junto de Deus, aos 85 anos, no dia 21 de julho de 2022. Ele residia na sede da Fraternidade Santo Inácio, da Congregação Missionária de Santo Inácio de Antioquia, que ele fundou, na cidade de Prezza, Diocese de Sulmona, na Itália.

“Padre Gino foi um missionário que alcançou vidas e corações para resgatar e promover. Misericórdia, o seu sobrenome. Abraço e acolhida, seu dia a dia. Esperança, sua bagagem. Para ele não cabe um ‘descanse em paz’. Ele não descansou, nunca. Jamais desistiu de ninguém. Seguirá assim, na eternidade. Que Deus o receba para a grande celebração amorosa que ele anunciou durante toda a sua vida missionária: vida plena e abundante! Toda a família inaciana se une hoje em gratidão e prece”, disse o padre Rubens Rodrigues Lopes, que convivia com o cônego Gino na sede da comunidade na Itália.

A páscoa do cônego Gino Serafin foi sentida por muitos sacerdotes da Arquidiocese do Rio de Janeiro que conheceram e conviveram com ele:

– Padre Nixon Bezerra de Brito: “Deus o recompense por tudo de bom que ele fez por tantos padres e tantas outras pessoas.”

– Padre Silmar Alves Fernandes: “Padre Gino foi um grande sacerdote. Homem de Deus que fez um bem imenso para muitos jovens que hoje são padres.”

– Padre Manoel Pacheco de Freitas: “Um modelo de vida sacerdotal, inteiramente um padre do Concílio Vaticano II.”

– Padre Luiz Claudio Baraúna Pessanha: “Ele tinha um grande coração sacerdotal na evangelização da família e compromisso com as vocações. Ajudou também a muitos que hoje são bispos da Igreja.”

– Monsenhor Sérgio Costa Couto: “Tinha um coração maior que o seu tamanho e, se errou alguma vez, foi por procurar pensar o melhor de todos.”

– Padre Willian Bernardo da Silva: “Sacerdote de coração generoso que formou em nossa arquidiocese muitos outros grandes sacerdotes e leigos. Bendito seja Deus por sua vida e missão!”

– Diácono Rafael de Almeida Brasil: “Padre Gino me batizou. Teve grande importância na caminhada cristã da minha família e também no meu discernimento vocacional.”

 

Perfil

Cônego Gino Serafin nasceu no dia 31 de julho de 1936, em Roncade, Treviso, na Itália, filho de Attilio Serafin e Celeste Dal Cin.

Depois de cursar filosofia (1962 a 1964) e teologia (1964 a 1968) no Instituto Missionário da Consolata, em Roma, afiliado à Pontifícia Universidade Urbaniana, recebeu na Diocese de Treviso a ordenação diaconal, no dia 29 de junho de 1967, por Dom Carlos Re, e a ordenação sacerdotal, no dia 22 de dezembro do mesmo ano, por Dom Antonio Mistrorigo.

 

Ministério no Rio de Janeiro

Foi incardinado na Arquidiocese do Rio de Janeiro no dia 16 de junho de 1972, e no dia 3 de agosto de 1993 nomeado cônego honorário do Cabido da Catedral de São Sebastião.

Como sacerdote exerceu os seguintes ofícios na Arquidiocese do Rio de Janeiro: pró-pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Realengo (nomeado em agosto de 1978), depois pároco na mesma paróquia (nomeado em agosto de 1980); pároco da Paróquia Sagrada Família, em Realengo (nomeado em dezembro de 1984); pároco da Paróquia Apóstolo São Pedro, em Cavalcante (nomeado em janeiro de 1987); administrador Paroquial da Paróquia São Brás, em Madureira (nomeado em agosto de 1992); pároco da Paróquia São Cosme e São Damião, no Andaraí (nomeado em janeiro de 1994), e pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no Engenho Novo (nomeado em março de 2003).

Também foi juiz do Tribunal Eclesiástico do Rio de Janeiro (nomeado em 1985, 2003 e 2013) e coordenador da 2ª Região Pastoral do Vicariato Suburbano (nomeado em outubro de 1989).

O último ofício que desempenhou no Rio de Janeiro foi como pároco da Paróquia Senhor Bom Jesus do Monte, na Ilha de Paquetá (nomeado em abril de 2011).

 

Exéquias e sepultamento

Segundo o padre Rubens Rodrigues Lopes, durante o velório do cônego Gino, iniciado na noite do dia 21 de julho na Capela da Comunidade Inaciana em Prezza, houve a presença de muitos paroquianos que foram rezar, manifestar carinho e agradecer pelos ensinamentos de vida cristã e de formação teológica e espiritual que receberam.

Na manhã do dia 22 de julho, antes do sepultamento, padre Rubens presidiu missa de corpo presente. O bispo local, Dom Michele Fusco, também compareceu no velório para uma bênção.

“Continuamos com os mesmos ideais e entusiasmo de missão, vivendo o carisma da acolhida do nosso fundador. Acolher as novas vocações à vida religiosa e sacerdotal. Ele dizia: ‘Se a minha obra, a congregação, é obra de Deus, Ele dará um sinal, e o sinal são as vocações’. Pedimos a Deus a graça da misericórdia para a conversão de toda congregação, porque com a morte do fundador pode continuar a sua obra na Igreja e na sociedade”, disse padre Rubens.

 

Carlos Moioli

 

 

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