Termina no próximo o mês de julho o processo de escolha dos ganhadores dos prêmios de comunicação da CNBB (Cinema, Rádio, TV, Imprensa e Internet). Um longo caminho foi percorrido. As inscrições ficaram abertas por três meses, de novembro de 2018 a janeiro de 2019. Todas as categorias dos cinco prêmios de comunicação da CNBB tiveram mais candidatos do que nos anos anteriores. O processo, este ano, foi todo realizado online, isto é, os interessados em participar puderam conhecer o Edital, preencher a ficha de inscrição e anexar o link do trabalho tudo de uma só vez. No passado, era necessário enviar mídias, pelo correio, para a sede nacional da CNBB.
Júri dos bispos
Neste mês de junho se encerrou a etapa final quando os bispos escolhidos pelo Conselho Episcopal Pastoral (Consep) apreciaram os três finalistas das 12 categorias dos cinco Prêmios (Margarida de Prata, Microfone de Prata, Clara de Assis, Dom Hélder Câmara e Dom Luciano Mendes de Almeida). Depois, disso deram votos para a escolha dos ganhadores. Neste momento, os votos serão tabulados e já teremos os nomes dos ganhadores que não serão divulgados agora, mas somente no dia da entrega dos prêmios.
Os participantes, segundo os organizadores, não devem se preocupar. Se um trabalho foi escolhido, o autor será contatado a tempo para se preparar viagens e estadia para o dia da cerimônia de entrega. Não há nenhum outro modo de comunicação com os inscritos que não sejam as informações repassadas nas matérias publicadas no portal oficial da Conferência. Não é possível contato individuais. Os três finalistas de cada categoria dos cinco prêmios já foram amplamente divulgados.
Cerimônia de entrega
A cerimônia de entrega será gravada em formato de um programa de TV em duas fases: uma no dia 10 de julho, no cineteatro Afipe, na cidade de Trindade (GO), com as atrações musicais e a outra com os com os participantes do XI Mutirão Brasileiro de Comunicação, em Goiânia (GO), no dia 19 de julho para a entrega das estatuetas. A decisão de que essa entrega seja feita nos encontros de comunicação promovidos anualmente pela Conferência também foi do Consep.
As emissoras de inspiração católica estão sendo convidadas a levar ao ar a cerimônia no dia 31 de julho, quarta-feira, em horário ainda a ser definido pelo pool. Os encaminhamentos estão sendo feitos por meio da coordenação do núcleo de TV da Signis Brasil e as emissoras. A produção, geração e transmissão da cerimônia são expressões do fraterno apoio da TV Pai Eterno, da Associação dos Filhos do Pai Eterno (Afipe), com sede em Goiânia.
Os Prêmios
O mais antigo deles, o “Margarida de Prata”, é um prêmio de cinema e contempla as categorias de longas e curtas-metragens. Criado no final da década de 1960, já foi entrega a grandes produções do cinema brasileiros. O diretor Silvio Tendler foi recordista até agora, com cinco prêmios recebidos. Muitos outros grandes cineastas já foram contemplados, como Leon Hirszman com “Eles não usam Black Tie”, de 1981 e Walter Salles com o badalado “Central do Brasil”, de 1998. Nessas duas produções trabalhou a atriz Fernanda Montenegro que foi homenageada com Menção Honrosa pela CNBB, em 2017.
O prêmio “Microfone de Prata” é, naturalmente, dedicado ao Rádio. Criado em 1989 pela Unda Brasil e, posteriormente, confiado à CNBB, este prêmio tem sido motivo de incentivo para muitos profissionais que atuam, sobretudo, nas emissoras católicas, mas participam programas de rádios não católicas. Rede Milícia de Rádio, Rádio Aparecida a e Rádio 9 de julho, de São Paulo, ganharam o prêmio, no ano passado.
O nome do arcebispo de Olinda e Recife, “Dom Hélder Câmara” é homenageado pela CNBB com o prêmio de Imprensa que tem duas categorias: jornal e revista. Os veículos que se apresentam em ambiente digital também são considerados. Este ano, concorrem ao prêmio matérias publicadas grandes veículos de imprensa brasileiros como, por exemplo, o Jornal do Commercio, de Recife (PE) e a Revista Época, do Rio de Janeiro (RJ).
Os profissionais de TV são considerados com o prêmio “Clara de Assis“. Professores da área que atuam na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás) escolheram os finalistas das duas categorias, reportagem e documentário. Um caso famoso para ilustrar foi o da edição de 2005, quando o Jornal Nacional, da TV Globo, ganhou o prêmio pela cobertura dos funerais do Papa João Paulo II e o editor, Willian Bonner, foi receber pessoalmente a estatueta.
O último prêmio criado no último quadriênio, por iniciativa do então presidente da Comissão Episcopal para Comunicação, dom Darci José Nicioli, arcebispo de Diamantina (MG) foi o “Dom Luciano Mendes de Almeida” que reconhece e valoriza trabalhos de comunicação em três categorias: Portal, Sites e Blogs, iniciativas em Redes Sociais e Aplicativos. Este ano, como destaque, pode se mencionar a presença como finalista ao prêmio o APP feito para ajudar os visitantes do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro (RJ).
Autor: Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).