“Com Maria caminhamos em comunhão, participação e missão!” foi o tema da tradicional Romaria da Arquidiocese do Rio de Janeiro, que acontece há 122 anos, ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), realizada no dia 27 de agosto.
Neste ano, a romaria não contou com a presença do arcebispo metropolitano, Cardeal Orani João Tempesta, que estava no Vaticano, participando do Consistório convocado pelo Papa Francisco para a criação de novos cardeais.
A recitação do Terço Mariano, que faz parte da programação da romaria, não foi realizada na Praça Bento XVI em função de obras no local, mas feita no altar central do Santuário de Aparecida, sob a direção do bispo auxiliar Dom Roque Costa Souza, que implorou bênçãos à padroeira do Brasil.
Às 9h, foi realizada missa em ação de graças pela caminhada pastoral da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, presidida pelo bispo auxiliar Dom Joel Portella Amado, que também é o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Junto com os sacerdotes, consagrados, seminaristas e fiéis da arquidiocese estavam os bispos auxiliares Dom Paulo Romão, Dom Antonio Augusto Dias Duarte, Dom Paulo Celso Dias do Nascimento, Dom Tiago Stanislaw, Dom Célio da Silveira Calixto Filho e o emérito, Dom Assis Lopes. Os cantos litúrgicos que animaram a celebração foram apresentados pela Schola Cantorum, do Seminário Arquidiocesano de São José, coordenada pelo maestro Gabriel Solia.
“De qualquer lugar do Santuário, a emoção é grande. Mas quem na presidência da missa, como eu estive hoje, vê ali daquele local, de cima do Altar, esse Santuário lotado é uma emoção grande e nos faz pensar como ‘Deus é bom’. Emocionante ver o carinho da Mãe Aparecida com os devotos e também dos devotos com a Mãe Aparecida”, falou Dom Joel.
Entre os pontos fortes da celebração, Dom Joel destacou nas intenções iniciais a oração pelos cardeais brasileiros que estavam participando do Consistório, no Vaticano, junto ao Papa Francisco, e também pediu uma prece especial pela 59ª Assembleia Geral da CNBB, realizada de 28 de agosto a 2 de setembro, no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida e no Santuário Nacional de Aparecida.
Dom Joel abriu sua homilia saudando os devotos da Mãe Aparecida e afirmou que, apesar da celebração ser em benefício da Romaria da Arquidiocese do Rio de Janeiro, todos que participam da celebração são, antes de mais nada, devotos de Nossa Senhora Aparecida. E arrancou aplausos dos devotos que encheram a Casa da Mãe.
“Minhas irmãs, meus irmãos, essa, se assim posso dizer, é a Romaria da Arquidiocese do Rio de Janeiro há 120 anos. Mas quando você passa das portas lá fora, ou mesmo quando você vai chegando à Aparecida nós sabemos que já não é mais a Romaria desta ou daquela diocese, na verdade, somos ou não somos todos os romeiros de Nossa Senhora?! Somos ou não somos?”, questionou Dom Joel.
O bispo auxiliar do Rio de Janeiro também falou da importância de os devotos virem ao Santuário Nacional, sobretudo, para encontros:
“É muito bom fazer romaria. Além da oração, além da confissão, além da visita à imagem, além da participação na missa, além das compras, também é muito bom encontrar as pessoas, é muito bom chegar aqui e rever o rosto que não víamos há muito tempo”, disse Dom Joel.
“É muito bom poder encontrar outros grupos, outras romarias famosas, é bom quando o ônibus para numa dessas paradas da estrada e você encontra outros grupos, aí vai todo mundo junto pelas estradas da vida. Isso é importante! Porque nós fomos criados para a comunhão, nós fomos criados para a fraternidade!”, concluiu Dom Joel.
Após a celebração eucarística, os bispos auxiliares e sacerdotes, acompanhados pelos fiéis, foram em procissão, rezando o Terço Mariano, até o Morro do Cruzeiro, quando subiram até o cume, rezando e meditando a Via-Sacra. Na última estação, que contempla a ressurreição de Cristo, o bispo auxiliar Dom Antonio Augusto Dias Duarte fez uma pregação e concluiu com bênção.
Carlos Moioli
Fonte: Portal A12