Uma escola viva na formação do homem total

O Colégio Imaculado Coração de Maria (CICM), no Méier, da Rede Missionárias Servas do Espírito Santo, do Rio de Janeiro, vem desenvolvendo, ao longo do ano, no Componente Curricular do Projeto de Vida, orientado pelo professor João Carlos Rodrigues, aos alunos do Ensino Médio, várias atividades e reflexões que os levam a uma descoberta da dimensão pessoal, que envolve principalmente o autoconhecimento.

Neste eixo, o jovem determina seus próprios valores e o que é verdadeiramente importante para si. Além disso, é também esperado que o aluno compreenda melhor suas origens, como por exemplo, a sua família.

Ainda se tratando da dimensão pessoal, o aluno reflete sobre coisas e características com as quais se identifica, suas competências, habilidades e desejos, ou seja, sua personalidade e identidade.

Conforme trabalha este eixo do seu projeto de vida, se conhecendo mais e entendendo melhor seus sentimentos e pensamentos, o jovem pode desenvolver sua autoestima e autoaceitação, duas coisas essenciais para sua evolução e crescimento pessoal, dentro da sociedade em uma Era Digital, com tantas informações e desinformações.

Partindo dessa perspectiva, os alunos Gabriel Noya Soares e Guilherme Mendonça Allemand, da 1ª série do Ensino Médio, produziram um artigo nos apontando os desafios dos jovens de hoje e alguns dos problemas que os afetam diariamente nesta caminhada de descobertas e vontade de acertar. Veja o artigo na íntegra:

 

Desafios da juventude na Era Digital: ansiedade, desinformação e autenticidade

Com o avanço incessante da tecnologia nos dias de hoje, é inegável que ela trouxe consigo uma série de questões que transformaram significativamente a vida cotidiana da nossa geração. A crescente dependência da tecnologia entre os jovens tem gerado desafios marcantes nos últimos anos.

De 2019 até os dias atuais, período que inclui a pandemia e o pós-pandemia, testemunhamos um aumento alarmante no diagnóstico de ansiedade e depressão em crianças e adolescentes. Esse fenômeno tem sido associado ao que alguns especialistas chamam de “síndrome da gaiola”. Durante a quarentena, a exposição prolongada à internet desencadeou uma série de problemas, incluindo a crescente ocorrência de crimes cibernéticos.

Embora a disseminação de informações falsas na internet não seja algo novo, a situação se agravou durante o período de isolamento. Notícias falsas sobre diversos temas da atualidade causaram medo e insegurança entre os jovens, que se sentiram vulneráveis em um ambiente digital aparentemente desprotegido. O desejo de ser aceito on-line também desempenhou um papel importante no aumento dos casos de depressão e ansiedade.

A desinformação chegou ao ponto de abalar a confiança na mídia tradicional, levando muitos a questionar a credibilidade das notícias. Isso deixou a população mal preparada para enfrentar os desafios do dia a dia, contribuindo para uma pressão adicional sobre os profissionais de saúde mental. A internet, como uma ferramenta poderosa, oferece uma variedade de experiências, mas também é um espaço que apresenta riscos. Cabe a cada indivíduo escolher como deseja utilizar essa ferramenta.

Atualmente, o problema persiste e parece estar enraizado em nossa sociedade, potencialmente afetando gerações futuras. Muitos jovens enfrentam o medo de se expressar e se destacar em questões como igualdade de gênero e inclusão social, receosos de serem criticados ou rejeitados pela maioria. Isso os leva a adotar uma máscara que não reflete sua verdadeira identidade.

É importante reconhecer esses desafios e trabalhar em direção a soluções. A educação digital, o apoio à saúde mental e o incentivo à autenticidade são passos cruciais para auxiliar os jovens a lidar com os dilemas da era contemporânea e moldar um futuro mais saudável e equilibrado.

 

Gabriel Noya Soares e Guilherme Mendonça Allemand, da 1ª série do Ensino Médio – Colégio Imaculado Coração de Maria

 

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