Anúncio da Campanha da Fraternidade

Os cristãos, que já fizeram a experiência do amor de Deus, são chamados a sentir compaixão e ver como fazer para minimizar os problemas dos pobres, que são a ‘riqueza da Igreja’

 

“Abramos nosso coração para que a Campanha da Fraternidade 2023, realizada durante o tempo da Quaresma, seja uma oportunidade de extravasar ainda mais a nossa vida de conversão, e como consequência do Evangelho, de pensar nas pessoas que passam por necessidade. O outro é meu irmão, somos todos irmãos”, disse o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, ao presidir a missa do anúncio da Campanha da Fraternidade, realizada na Catedral de São Sebastião, no dia 11 de fevereiro.

“Iluminados pela Palavra do Senhor, somos chamados a ver os acontecimentos com os olhos da fé e não se conformar com as injustiças sociais, mas sonhar com tempos novos. De pensar na nossa corresponsabilidade enquanto Igreja que somos, de encontrar caminhos e possíveis soluções para que nossos irmãos e irmãs que passam fome tenham uma vida digna de filhos de Deus”, acrescentou o arcebispo.

O anúncio em âmbito arquidiocesano da Campanha da Fraternidade (CF), que neste ano tem como tema: “Fraternidade e fome” e o lema: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16), reuniu agentes das equipes paroquiais de animação da CF e de pastorais sociais vinculadas ao Vicariato para a Caridade Social.

Após a celebração eucarística, houve o encontro de formação no subsolo da Catedral Metropolitana. A mesa foi composta por Dom Orani, pelo vigário episcopal para a Caridade Social, monsenhor Manuel Manangão, pelo coordenador arquidiocesano de pastoral, cônego Cláudio dos Santos, e pelo coordenador arquidiocesano da Pastoral da Saúde, Antônio Carlos Babo.

Durante o encontro, foram apresentados os vários aspectos da temática da Campanha da Fraternidade de 2023, sua relação com a Quaresma e o Ano Vocacional Missionário em curso na arquidiocese. Monsenhor Manuel Manangão abordou sobre o tema CF, e Antônio Carlos Babo destacou a “Relação entre saúde e fome”, já que no mesmo dia era celebrada a memória de Nossa Senhora de Lourdes e o Dia Mundial do Doente.

Na sua apresentação, Dom Orani reforçou o que evidenciou na homilia, afirmando que a Igreja, desde o início, se preocupa com as pessoas que passam por necessidade, tanto que os próprios Apóstolos instituíram os diáconos para servir às mesas.

Hoje, observou o arcebispo, a Igreja continua com a mesma missão na busca de caminhos para a transformação social, iluminada pela “Economia de Francisco” e a Encíclica “Fratelli tutti”, que propõe a fraternidade e a amizade social como caminhos indicados para a construção de um mundo melhor.

“O tempo da Quaresma deve nos levar a atitudes concretas para que aconteça a justiça social ao nosso redor e um desses aspectos é que ninguém passe fome. Os cristãos, que já fizeram a experiência do amor de Deus, são chamados a sentir compaixão e ver como fazer para minimizar os problemas dos pobres, que são a ‘riqueza da Igreja’. Junto com a assistência emergencial, temos que pensar na promoção e na transformação social dos pobres, sendo uma presença diferenciada como Igreja para que a sociedade seja mais justa, humana e fraterna”, disse o arcebispo.

 

Carlos Moioli

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